31 dezembro, 2007

A REENCARNAÇÃO DE JESUS



No passado sabado decorreu no Auditório da Câmara Municipal da Guarda, o lançamento público do livro do autor Mário Martinho, cujo título é precisamente o mesmo deste espaço.

Foi com agrado que se pode observar a quantidade de gente que encheu quase por completo aquele espaço físico.

Mais agrado ainda, quando uma maioria significativa dos presentes, pertencia ao concelho donde o autor é natural, de Almeida.

Agrado também pelo facto de haver muita gente jovem a assistir ao evento.


Programado o início para as 17 horas, o começo teve lugar 35 minutos depois.


Após uma intervenção curta mas concisa do representante da editora, a apresentação detalhada do livro,esteve a cargo de um grande homem deste distrito, cujo grau de cultura,de humanismo,de simplicidade e de honestidade são inquestionáveis, Prof. Dr. António José Dias de Almeida.

Muito me honra ainda hoje, ter sido seu aluno.


A audição foi seguida pelos presentes com uma atenção exemplar e a prova do suspense criado pelo prelector foi o facto de no final, a maioria das pessoas ter adquirido um exemplar com direito a dedicatória pelo autor.

Em todo este envolvimento, apenas três pontos negativos, que em nada têm a ver com a organização do evento, que também merece nota positiva.

A representação da Câmara Municipal de Almeida,concelho do autor,apenas vi os dois Vereadores da oposição.Não foi politicamente correcto o Sr. Presidente da Câmara não estar presente, ou pelo menos fazer-se representar por alguém de direito.Admito que houvesse outros compromissos, e quero acreditar que sim, já que não me passa pela ideia que a ausência fosse motivada por outras vertentes.

Um segundo motivo desagradabílissimo em toda esta questão,e que pessoalmente considero muito grave,prende-se com o facto de quase para a mesma hora estar marcada uma reunião da Assembleia de Freguesia da Freineda, terra natal do autor.Houve o bom senso de alguém deste órgão, ter dado um esclarecimento ao autor, mas não deixa de ser uma atitude a analisar por quem de direito.

Uma terceira questão menos agradável foi o facto de a Câmara Municipal da Guarda ter disponibilizado o espaço,mas também não se ter feito representar na cerimónia.

Enfim,parece que a cultura,uma vez tratar-se de um acto desta índole,ainda é algo que é fundamental enraizar em certas e determinadas pessoas.

Errar é humano.

O que é fundamental, é aprender com esses erros, e no futuro não voltar a suceder o que sucedeu sabado dia 29.


José Augusto Marques.


31 de Dezembro de 2007 16:38

28 dezembro, 2007

Diagnóstico à...saúde...

Que a saúde neste país não vai bem, já todos nós sabemos.

Agora aquilo a que na noite de ontem vi e ouvi no ecrã da televisão, mais concretamente no canal da TVI, foi simplesmente arrepiante.
A notícia dizia que o Ministério da Saúde tinha decidido encerrar vários SAP's e algumas maternidades de âmbito regional.A contestação por parte dos utentes era bastante significativa, aliás como se podia ver através das imagens passadas no mesmo canal.Lá iam aparecendo comentários de populares, dizendo de sua justiça e o que pensavam acerca dessa atitude.
A determinada altura da peça jornalistica, apareceu o senhor ministro, que afirmou entre outras coisas " ...o encerramento destas unidades é para bem das populações...".
Tudo o mais que a partir dali foi dito, sinceramente, não tomei mais atenção, pelo facto de ter ficado extarrecido com tal afirmação.

Como é possível afirmar-se que o encerramente de serviços, em tempos concedidos para benefício dessas mesmas pessoas, hoje se retirem, alegando o mesmo benefício?
Residindo nós em zonas tão longe do poder de decisão, e conhecedores da verdadeira realidade de dificuldades acrescidas em todos os sectores e muito particularmente no da saúde, pelo facto da maioria dos nossos conterrâneos serem de idade já mais avançada, logo com maior necessidade de cuidados médicos,o encerramento desses serviços vem-nos beneficiar?
Como?
Então aquelas pessoas que na sua maioria recebem uma pensão de reforma tão baixa, e outros nem isso sequer,podendo ir ao serviço de urgências no seu concelho,têm que passar a deslocar-se a outros centros mais populosos.
Qual a distância entre a residência e o local da prestação de serviço?
Qual o custo em termos de transporte?
Quanto tempo demora entre o início do serviço e o fim?
Comparemos a qualidade do serviço prestado no centro local e o prestado no centro mais populoso.
Poderiamos fazer várias comparações e acabariamos por chegar sempre à mesma conclusão.
Eu sei que somos um país de gente pobre, e parece que cada ano que passa somos ainda mais,mas também sei que somos um país de gente iluminada, e com cada ideia....
Quando tanto se fala na Europa, e com tanto sucesso, ainda por cima conseguido nos últimos tempos com a Presidência da mesma, nós, meros cidadãos deste pequeno país e do interior, acabamos por ser os parentes pobres de tudo isto.
Será que podemos dizer: " Porreiro, pá!!!" ou teremos que dizer outra coisa que eu penso, mas por uma questão de educação não digo?
Reflitamos.

José Augusto Rodrigues Marques

28 de Dezembro de 2007 10:05

26 dezembro, 2007

A Critica em reflexão.

Já que nos encontramos numa época propícia à reflexão, gostaria de deixar aqui umas palavras a todos aqueles que de uma ou outra forma são críticos e/ou criticados.
Quando nos propomos abraçar determinados projectos, sabemos desde logo à partida que nos estamos a expor às mais diversificadas críticas vindas dos mais diversos sectores.
Também sabemos que essas mesmas críticas podem ter duas vertentes, as negativas e as construtivas. Mas não deixam por isso de ser críticas. Sabendo que nos iremos expor publicamente, temos que conviver com essa forma de actuação.Tenho um amigo que diz que gosta que falem dele, nem que seja bem, mas que falem.
Ora quando alguém nos critica ainda que seja pela negativa, devemos analisá-la, e extrair da mesma o que de bom tem, já que isso nos pode permitir obter uma mais valia junto desses críticos.
Será que tem mais interesse uma critica, seja ela qual for e venha de onde vier, ou será que tem mais interesse uma palmadinha nas costas daqueles que concordam incondicionalmente com tudo o que fazemos?
Agradar a todos e por tudo, é senão muito difícil,diria,quase impossível. Então,devemos esperar que alguém não concorde, manifeste o seu desagrado e se assim for entendido, corrigir a forma de actuação.
A democracia funciona assim mesmo. E só quem não for democrata, é que entende a critica como parte negativa numa opinião pessoal, inviabilizando desta forma o relacionamento social e consecutivamente pessoal, para não falar do institucional.
Critica, é a 3ª pessoa do singular, do presente do indicativo do verbo criticar, sendo por sua vez sinónimo de examinar, apreciar, censurar, maldizer e exprobrar, que por sua vez pode significar ainda, fazer censura a, repreender ou lançar culpas em rosto a.
É matriz dizer que os vencidos devem respeitar os vencedores, mas não deixa de ser verdade também, que os vencedores devem respeitar os vencidos.Se para os vencedores lhes cabe o poder da decisão sobre todos os actos, para os vencidos, cabe-lhes a divergência de opinião e a critica. O que me parece que pode caber a ambos, são as ideias.
Pois bem, a uns e a outros, aproveitem o que de melhor podem, por forma a que cada vez mais no conjunto consigamos melhorar em tudo.

José Augusto Marques

23 dezembro, 2007

Aline disse...

Eu concerteza que tb vou lá estar, alias, eu sou privilegiada uma vez moro msm ao pé da nossa famosa fogueira....

Desejo um FELIZ NATAL A TODOS os ALMEIDENSES e N ALMEIDENSES.

Aline
23 de Dezembro de 2007 20:15

Filipa Serra disse...

Eu de certeza que não ía faltar, mas este ano calhou-me mal e não vou poder estar aí .
No entanto, não vou faltar à noite da passagem de ano.
Bom Natal para todos os Almeidenses e amigos.

Bjks da Fil

José Augusto Marques disse...

A época que estamos a viver é por excelência um período onde se fala muito de paz, de amor, de fraternidade, de solidariedade, etc, etc..
Natal deveria ser todos os dias, frase já demasiado gasta, mas que convém sempre ir recordando.
Mas será que vale a pena andarmos a falar destas coisas quando no dia a dia não praticamos nada disto? Será que vale a pena andarmos aos beijos e abraços uns aos outros, quando depois em ambiente mais restrito só criticamos negativamente os outros?Será que vale a pena...Será que vale a pena...
A atitude hipócrita deve de uma vez por todas ser enterrada para bem de todos.
Atitudes menos dignas não nos levam a lado nenhum e muito menos nos definem como pessoas sérias e honestas.
Atitudes menos dignas só nos definem como pessoas repugnantes e com falta de carácter.
A nossa credibilidade como Homens consegue-se no dia a dia com atitudes honestas e justas. Mas quando de dia somos uns e durante a noite assumimos outra postura, então não passamos de "farrapos" aos quais não devemos dar importância.
Que a noite da fogueira sirva para refletir, para aquecer os corações e mudar de atitudes.
Que a noite da fogueira sirva também para reconciliações, para convívio verdadeiro e fraterno.
E a fogueira não pode servir também para ali queimarmos todos os males maiores e menores? As atitudes menos dignas? As arrogâncias? As hipocrisias?
Lembremo-nos que as confraternizações, sejam elas à volta da fogueira, sejam à volta de umas mesas, se não forem acompanhadas de sinceridade, acabam por se transformar, veladamente, em "briefings" ao bom estilo Iraquiano.

Aceitem da minha parte o desejo de um SANTO NATAL.

José Augusto Marques
19 de Dezembro de 2007 21:25

Mário Martinho

Senhor João Neves.

Não estarei presente com o vosso grupo, na vossa fogueira de Natal, porque estarei com o meu, na Feineda!
Como, aliás, faço todos os anos e de onde retiro um enorme prazer.

Passei por aqui, apenas para o felicitar pelo seu espaço e pela coragem e frontalidade com que fala de assuntos que a todos dizem respeito, e, ao que parece, melindram muita gente.

Prometo no início do ano voltar e acrescentar textos mais substanciais do que este.

Faz-me uma ENORME confusão o medo, o pavor, a subserviência que grande número dos nossos conterrâneos têm dos nossos "munícipes"...
Para eles, apenas uma palavra, assumam-se e quando tiverem oportunidade... votem em consciência!!

Saudações cordiais.

Feliz Natal.

Mário Martinho (Jr.)
18 de Dezembro de 2007 17:17

14 dezembro, 2007

BOAS FESTAS

UM NATAL CHEIO DE ALEGRIA E SAÚDE
Mas, neste Natal de 2007, deixo um desafio a todos:
Na noite de 24 vamos encher a Praça de Almeida,vamos estar todos, toda a gente do Concelho, todos os Almeidenses, à volta da FOGUEIRA da Junta de Freguesia de Almeida.
Vamos fazer daquela fogueira, a fogueira de todos os habitantes do Concelho de Almeida...nós que vivemos aqui junto à fronteira...no interior bem interior do País... temos que marcar a diferença no que diz respeito às tradições, ao convivio, à confraternização...e nada melhor que estarmos à volta da fogueira também.
VAMOS ENCHER A PRAÇA, Á VOLTA DA FOGUEIRA.
Aguardamos os vossos comentários promentendo a vossa presença.
Eu vou estar lá...e você?
Vamos a isso!
Feliz Natal 2007

30 novembro, 2007

Uma questão de principios...

José Augusto.
Li atentamente o teu artigo e, a minha desilusão acerca de determinadas pessoas, por quem tinha consideração e até estima, é um facto...é o que sinto...enfim...
Eu estive realmente num almoço que serviu para me informarem da renúncia do Dr. Costa Reis, e da candidatura de Baptista Ribeiro e José Alberto Morgado às eleições autárquicas de 2005, sendo até informado que era um facto irreversível (um aviso feito por pura precaução?...só?..então porquê???).
Mas, também sabes que, de imediato te telefonei para saber qual seria a tua posição como Presidente da Comissão Concelhia. Aí então fui informado por ti, que o Presidente da Comissão Concelhia não sabia de nada do que se estava a passar.
Também sabes da minha revolta e da minha posição na altura perante os factos: elementos estranhos à estrutura do PPD/PSD estarem a elaborar uma candidatura, à revelia da mesma estrutura partidária, nomeadamente, dos seus próprios militantes, era inadmissível!
E a minha revolta, pelo desprezo e falta de respeito que os militantes "mereceram" de quem só podiam receber gratidão, foi clara. Será que quem andou anos a defender uma equipe, sem pedir nada em troca, não merecia outro tratamento?...Ou não, José Augusto?
Mas, eu continuo a afirmar que a tua posição, como Presidente da estrutura partidária concelhia, devia ser firme, imediata e coerente.
Será que quem defende posições justas e sérias não pode andar na politica?
Em defesa dos militantes e da postura de seriedade do partido, tu devias ter feito tudo para que os estatutos do PPD/PSD fossem cumpridos.
Mas também sabes que esse meu sentimento de revolta, não impediu que cumprisse com os meus deveres, como militante do PPD/PSD, durante a campanha eleitoral e mesmo enquanto deputado na Assembleia Municipal.
Mas sabes porquê?
Porque para mim, para além das questões politico partidárias, para além dos partidos, estão principios de vida. Principios que vou defender enquanto por cá andar: a ética,a lealdade, a justiça, a seriedade e a honestidade, o respeito pelo próximo, principalmente pelos mais humildes.
Eu quero ter o orgulho de dizer que a minha honra merece confiança.
Eu quero que os meus filhos saibam e conheçam os principios que o pai defende e respeita. Eu quero que os meus filhos nunca se envergonhem da postura do pai, como homem.
Estão aqui algumas das razões porque não me sinto bem como militante, não me sinto bem neste ambiente politico partidário. Ambiente de constante subserviência e de seguidismo, só por interesses particulares e materiais.
Até onde iremos chegar com esta espécie de politica?
Agora até se utiliza outra táctica ou ainda não te apercebeste...? Que é colocar nas estruturas partidárias pessoas de confiança, que só saberão dizer que sim, que sejam uma correia de transmissão das vontades...ou ainda não te apercebeste?
Perante este panorama politico...que vontade terei, ou poderei ter em ser militante?
Ou estarei a dizer algo de novo?
Eu cá por mim...continuo a lutar por querer os mais competentes e sérios, imaginativos e com ideias novas, na liderança dos destinos do nosso Concelho...
Mas sempre com muita seriedade, lealdade, ética e respeito pelo próximo.
E tu sabes que é verdade...sabes que a minha postura sempre foi esta, ou não?
Um abraço, Companheiro.
João Neves

26 novembro, 2007

José Augusto Marques disse...

Referenciando o artigo "Eça de Queiróz - Ano de 1867" o ex-Presidente da Comissão Politica Concelhia do PPD/PSD disse:



João Neves e demais...

Ao ser alertado por alguns amigos, que me informaram do artigo publicado neste Forum, e no qual de alguma forma era visado, venho voluntáriamente esclarecer algumas dúvidas.

Na altura, e vou reportar-me só à questão das Autárquicas de 2005, eu era o Presidente da Comissão Política Concelhia do PSD.

Ano e meio antes das eleições, numa reunião da Comissão Política Distrital na qual tinha assento por direito,abordei a questão dos candidatos às eleições Autárquicas de 2005, uma vez que alguns meios de comunicação social locais já começavam a falar do tema e dos possíveis candidatos.Não foi dado grande enfase à minha questão.Nessa mesma altura, e numa conversa de rotina que tive com o Prof. Baptista Ribeiro, afirmei-lhe que era minha convicção que o Presidente da Câmara na altura, Dr. Costa Reis, não se iria recandidatar. Assim sendo, ele Prof. Baptista, seria o melhor candidato que o PSD poderia apresentar a essas mesmas eleições.

Debatida esta questão muito mais tarde no seio da Distrital, a Presidente da altura afirmou que só tinha dois ou três concelhos onde a questão ainda não estava devidamente definida. Questionada por mim sobre Almeida, nada me foi dito, mantendo-se assim a incógnita.

Muito mais tarde vim a saber, por terceiros, que as coisas já tinham sido faladas, mas em ambiente restrito e do qual eu, óbviamente, não fiz parte.
Numa reunião no gabinete do Presidente da Câmara, já muito em cima do calendário eleitoral, na qual estava eu, o Prof. Batista e o Dr. Costa Reis, por este, foi-me dito que não se iria recandidatar e que seria o Prof. Baptista o candidato à Câmara. Disse-lhe que essa já era a minha ideia à muito tempo e que eu já tinha demonstrado isso ao Prof. Batista.

A nível local, penso que tu foste uma das poucas pessoas mais bem informada sobre o assunto, uma vez que foste convidado para um almoço a quatro, em Espanha, no qual te foi dado conhecimento de outros nomes a englobar a lista e do qual eu só posteriormente tive conhecimento.
Como afirmas no texto original, é verdade que enquanto responsável pela estrutra do PSD concelhia, deveria ter sido no mínimo informado da decisão da elaboração da lista, mas não fui. Porquê? Não sei. Seria no mínimo o dever, não para commigo, mas para com o partido.

Aquando da apresentação pública da candidata do PSD à Câmara da Guarda, o Presidente do partido Dr. Marques Mendes esteve na Guarda. Sei que antes do objectivo principal da visita, organizou numa das salas uma reunião, e na qual endereçou o convite ao Prof. Baptista Ribeiro para ser o candidato oficial do Partido à Câmara de Almeida.
Sei quem esteve presente, mas a concelhia não foi convidada. Porquê?
Ficaram sem efeito as palavras da Presidente da Distrital, quando dizia que os candidatos nunca serão convidados sem a presença da concelhia.

Se aquela era a forma de actuar dos quadros do partido, então podemos agora, melhor compreender o motivo pelo qual o PSD na oposição, não conseguia melhorar nas sondagens à opinião favorável dos portugueses.
Felizmente o Dr. Marques Mendes já lá vai.
Mas outros lhe hão-de seguir os passos, se continuarem a actuar da mesma forma, políticamente falando,claro.

Amigo João.
Muito mais haveria para deixar neste espaço, mas...

Só espero de não ter que voltar, para este tema.
Virei por e/ou para outros.
Para finalizar quero deixar expresso o meu apreço pelo espaço.
E faço votos para que o mesmo sirva para debate dos temas interessantes para o desenvolvimento do nosso concelho ALMEIDA.

José Augusto Marques

26 de Novembro de 2007

16 novembro, 2007

Os Senhores Anónimos...

A mim, os Senhores(as) Anónimos que enviam comentários para os Blogs, não me escandalizam, pelo facto de não se identificarem.
De forma alguma.
Eu acho que têm todo o direito de se pronunciarem ou de darem a sua opinião...desde que seja com correcção, como será lógico.

Agora, o que me preocupa...isso sim, preocupa-me imenso, é o facto de quererem expressar a sua opinião e, por qualquer motivo, não se poderem identificar... talvez com receio de sofrer represálias. Isso sim, é que me preocupa!

Porque é um sinal que NÃO HÁ LIBERDADE suficiente, que permita expressarem as suas ideias...
Porque podem ser prejudicados...neste ou naquele trabalho... ou perder um possivel emprego...
Neste aspecto sim... preocupa-me que um cidadão do meu País, tenha mêdo da...liberdade de expressão!

Eu sei o que isso é...pois já sofri na carne por querer ser um homem livre e de tomar as atitudes que a minha consciência dita...e reparem que não foi antes de Abril de 74...já é história muito recente!
Até pelo facto de publicar este blog...tão "novinho" ainda, e já estou a "sentir" alguns sinais de...eu ia a dizer...autoritarismo...ou será...de "défice democrático"...como dizem os nossos políticos?

Portanto, Senhores Anónimos, os vossos comentários são bem vindos, desde que, repito, sejam feitos de uma forma correcta. Venham eles.

Um abraço a todos.

João Neves

EÇA DE QUEIRÓZ - ANO DE 1867

“Ordinariamente todos os ministros são inteligentes, escrevem bem, discursam com cortesia e pura dicção, vão a faustosas inaugurações e são excelentes convivas.
Porém, são nulos a resolver crises. Não têm a austeridade, nem a concepção, nem o instinto politico, nem a experiência que faz o estadista. É assim que há muito tempo em Portugal são regidos os destinos políticos.
Política de acaso, política de compadrio, politica de expediente.
País governado ao acaso, governado por vaidades e por interesses, por especulação e corrupção, por privilégio e influência de camarilha, será possível conservar a sua independência?”

(Eça de Queiroz, 1867 in “O Distrito de Évora”)




Este escrito foi feito por Eça de Queiroz há 140 anos.
Quem o leia atentamente pode perfeitamente afirmar, a “pés juntos”… que foi escrito hoje.
Nada de mais actual podia ser dito…

Quando ouvimos referências aos políticos ou à politica do género de… “são uns mentirosos”… “eu não quero nada com a política” … “é tudo uma uma podridão” ou…“isso são todos iguais…é uma cambada…”, já não é novidade nenhuma, pois penso que a esmagadora maioria dos portugueses já as proferiu, e de certeza que alguns comentários serão ainda mais “apimentados”.

O nosso regime politico é democrático, baseado na representação parlamentar.
A base deste regime são os partidos políticos.
Por sua vez, a estrutura base dos partidos políticos, são os seus militantes.
Até aqui estamos todos de acordo…
E na prática…como será?
Será que os militantes dos nossos partidos têm poder? Será que são, ao menos, respeitados?
Será que os órgãos partidários, representativos dos seus militantes, têm poder ou serão respeitados?
Será que esses mesmos militantes têm influência na eleição dos seus representantes para os altos cargos da Nação e/ou até da sua região?
Não…claro que toda a gente sabe que não!
Não há ética, não há respeito, não há lealdade, não há honestidade…enfim não existe princípios que sirvam de exemplo a quem quer que seja!


Para que servem os militantes partidários? Simplesmente para legitimar as atitudes de outros que estão no poder partidário.

Os militantes dos nossos partidos servem única e exclusivamente para dar cobertura às actuação de quem quer estar no poder e/ou perpetuarem-se nesse mesmo poder. Já nem para as campanhas eleitorais são necessários.

Situemo-nos nas últimas eleições autárquicas de 2005..... por exemplo.

Quem esteja identificado ou atento à vida politica e social no nosso Concelho e concretamente ao PPD/PSD sabe como foi elaborado o processo de escolha da equipe candidata às eleições autárquicas em 2005.
O anterior Presidente da Câmara, pessoa digna, honesta e que merece todo o meu respeito, resolveu à última da hora, já em época de “pré-campanha eleitoral”, que não se iria redandidatar… o que estaria dentro do seu direito.

O que não pode fazer, não deve fazer e não é de forma alguma ético, é:

Não sendo militante do PPD/PSD, ao tomar a posição de não se recandidatar, deliberar que não se candidata mas…vejam bem…apresento-vos o meu substituto e o seu adjunto. E está deliberado e não há discussão!
Nada de mais caricato. É contra os estatutos do PPD/PSD e terá até alguns indícios, parece-me a mim, de autoritarismo…no mínimo!
Não se auscultam os órgãos partidários concelhios – a Comissão Concelhia do PPD/PSD não foi ouvida –, a estrutura Distrital não sabia de nada (palavras da então Presidente da Distrital da Guarda), não se ouvem os militantes, não se quer saber qual a opinião dos militantes de base. Atitude tomada por pessoas que me merecem todo o respeito, mas que não agiram com correcção quando, ainda por cima, nenhum deles era militante do PPD/PSD.
Que trapalhada!!!! E o Senhor Presidente da Concelhia “deixa passar” um situação destas? E a Senhora Presidente da Distrital da Guarda…assobia para o ar?
O que aconteceu foi uma atitude, no mínimo, típica de uma monarquia: ou seja..do género.. meus senhores eu abdico da coroa, mas estes senhores são os meus “herdeiros” directos…e os senhores “comem e calam”.

Em suma não se respeitaram os militantes do partido, passou-se um atestado de incompetência aos militantes...ofendem-se militantes que, por mais humildes que sejam, merecem todo o respeito...não se respeita os principios da democracia! Mas...e será só uma questão de respeito?

Não é assim que se dignifica a politica nem os políticos.

E eu continuo a perguntar…e os militantes servem para quê?

Por existirem este tipo de atitudes, é que os políticos e a politica no nosso País têm a fama que têm.

Quando se conquista o poder desta forma.

Quando sabemos que os votos se conquistam à custa de promessas de emprego, ou de outro género qualquer.

Quando sabemos que a maior preocupação que os nossos dirigentes partidários têm constantemente é… com as próximas eleições. E é logo no dia seguinte à vitória, que se começa a pensar nas próximas eleições. Não se pode perder a competição. Há que ganhar de qualquer forma...

...quando é esta a forma de estar dos "nossos" politicos...que outra opinião estaríamos à espera do povo português?

E a oposição…cumprirá com o seu dever? Estará a desempenhar convenientemente com as funções que o povo lhe conferiu?
Não estará, preguiçosamente, à espera também das próximas eleições?
Que contribuição já deu ou está a dar para que a nossa gente viva melhor?

Não estará o nosso sistema eleitoral viciado?

Termino... afirmando… mais uma vez…que a minha intervenção politica aumenta cada vez mais... mas... no entanto, a minha militância (infelizmente!) vai diminuindo.

Até para a próxima.

Cordiais saudações.

João Neves

20 outubro, 2007

Almeida em debate...

Entrámos em Almeida pelas Portas de S. Francisco, numa tarde soalheira com temperaturas de verão. Procuramos um local para cavaqueármos, para convivermos, acompanhados pelo habitual café.
Depois de percorrermos os arruamentos da Vila, chegámos à conclusão que não estava nenhum estabelecimento aberto. Não se via vivalma…um deserto... Depois do desapontamento, chegámos à conclusão que a única solução seria deslocarmo-nos a Vilar Formoso…para tomarmos então, o nosso café...

Almeida está assim... Cada vez mais deserta... A desertificação do interior do país pode constatar-se em Almeida... É um exemplo claro dessa desertificação.
Se quisermos ser realistas…Almeida está a transformar-se, dia a dia, numa vila deserta…sem gente…com as suas majestosas muralhas cheias de arbustos enormes, com árvores a crescerem ao longo das suas muralhas…monumento grandioso mas muito mal cuidado, sujo e a degradar-se...com autênticos “atentados” a serem efectuados por um qualquer "iluminado"... um monumento sobre o
qual, no entanto, não nos cansamos de enaltecer, pela sua grandiosidade.



Mas as muralhas de Almeida, o monumento em si, com toda a certeza que não tem culpa de nada do que lhe está a acontecer...do que está a acontecer à sua Vila, às suas gentes e ao seu futuro.
Está a ficar deserta porque a politica em prática neste País para aí a empurra. Porque depois de eleitos democraticamente, a primeira coisa que os nossos políticos fazem no dia seguinte a serem eleitos, é pensar em vencer as eleições dali a 4 anos de mandato.

Porque há um deserto de ideias, uma falência completa em matéria de imaginação, de pragmatismo, de sapiência. Porque os nossos políticos não estão na politica activa com espírito de missão. Porque não procedem “com honestidade politica” …como eles por hábito dizem.

Façam-se duas simples perguntas aos residentes no Concelho de Almeida:

- O que pensa da politica?
- O que pensa dos políticos?

As respostas são óbvias…
Porque será?
Porque há incompetência, deslealdade…falta de muito carácter…de seriedade…de verdade...porque há uma carência enorme de valores humanos, de verdadeiros líderes regionais e nacionais.
Por outro lado, porque sobra muita vaidade, muito aventureirismo, muito materialismo…ganham-se eleições recorrendo a promessas variadas…e… a máxima de “…Fátima, futebol e fado…” está de novo em prática…a máxima do antigo regime voltou para ganhar eleições.

Por tudo isto, penso que a minha militância politica tende a diminuir cada vez mais, mas a minha intervenção politica tende a aumentar… e vai aumentar.


Por tudo isto, este Blog pode ser útil.

Por tudo isto, penso que devemos todos debater Almeida e o seu Concelho.

Espero que seja útil.


João Neves