24 abril, 2008

25 DE ABRIL DE 1974 - DIA DA LIBERDADE




25 de Abril de 1974







Nesta data, nunca é demais recordar este homem...O Capitão de Abril.

O Homem que me ensinou com o seu exemplo de vida, os caminhos da liberdade e o significado de ser um homem livre.

Até um dia...Capitão!



SALGUEIRO MAIA


Militar, capitão de Abril: 1944-1992




RUMO AO CARMO

Antes do meio-dia, pelo posto de comando, Salgueiro Maia é informado de que Marcelo Caetano está no Carmo. Deixando forças a guardar os ministérios, avança para lá. Quando entra no Rossio, aparece-lhe pela frente uma coluna militar com uma companhia de atiradores que o Governo enviara para fazer frente aos revoltosos. O Capitão salta do seu jipe e vai perguntar ao comandante da coluna o que está ali a fazer. É-lhe respondido que tem ordens para o prender, mas que está com a Revolução. E também esta coluna é integrada nas forças que avançam para o Carmo.

As edições especiais dos jornais começam a circular. O Rossio, a Rua do Carmo, todo o percurso, está cheio de populares que vitoriam os soldados. Os cravos vermelhos começam a ser enfiados nos canos das G-3. É cerca de 12,30. Diz o capitão: «No Carmo, ao chegar houve desde senhoras a abrir portas e janelas para colocar os homens nas posições dominantes sobre o Quartel, até ao simples espectador que enrouquecia a cantar o Hino Nacional. O ambiente que lá se viveu não tem descrição, pois foi de tal maneira belo que depois dele nada de mais digno pode acontecer na vida de uma pessoa».


Após a intimação para que a guarnição se renda e entregue Marcelo Caetano, não sendo obedecido, Maia recebe ordem do posto de comando para abrir fogo sobre o edifício.


Porém, ele sabe que as granadas explosivas das autometralhadoras num largo apinhado de gente irão provocar centenas de mortes.

Manda disparar armas automáticas para a parte superior do Quartel .

Entra uma primeira vez dentro do edifício, mas não consegue a rendição. Entra uma segunda vez e exige falar com o Presidente do Conselho. Numa antecâmara, Rui Patrício chora como uma criança e Moreira Baptista olha, ausente, o infinito. Deixemos que ele nos descreva o seu diálogo com Marcelo Caetano:
«Marcelo estava pálido, barba por fazer, gravata desapertada, mas digno.
Fiz-lhe a continência da praxe e disse-lhe que queria a rendição formal e imediata. Declarou-me já se ter rendido ao Sr. General Spínola, pelo telefone, e só aguardava a chegada deste para lhe transferir o Poder, para que o mesmo não caísse na rua! Estive para lhe dizer que estava lá fora o Poder no povo e que este estava na rua. Declarou esperar que o tratassem com a dignidade com que sempre tinha vivido e perguntou o que ia ser feito dele. Declarei que certamente seria tratado com dignidade, mas não sabia para onde iria, pois isso não me competia a mim decidir. Perguntou a quem competia. Declarei que a «Óscar». Perguntou quem era «Óscar». Declarei ser a Comissão Coordenadora. Perguntou-me quem eram os chefes. Declarei serem vários oficiais, incluindo alguns generais, isto para que ele não ficasse mal impressionado por a Revolução ser feita essencialmente por capitães.


Perguntou-me ainda o que ia ser feito do Ultramar. Declarei-lhe que a solução para a guerra seria obtida por conversações. Toda esta conversa, tida a sós, teve por fundo o barulho do povo a cantar o Hino Nacional e o Está na hora».

Depois, pouco antes das 18.00, chega Spínola, que embora tenha dito a Marcelo nada ter a ver com o Movimento, rapidamente assume ares de «dono da guerra», no dizer de Salgueiro Maia.



Às 19,30, Marcelo, Moreira Baptista e Rui Patrício entram numa viatura blindada que encostou a traseira à porta de armas do Quartel. Na confusão que se estabelece, com a multidão a gritar «assassinos!», e com os militares a proteger os homens do regime da ira popular, Henrique Tenreiro que deveria também seguir preso no transporte blindado, mistura-se com os populares e escapa-se, gozando mais umas horas de liberdade.



Após a rendição de Marcelo Caetano e a sua saída do Quartel, pode dizer-se que a Revolução estava ganha, embora, ali perto, na Rua António Maria Cardoso, os agentes da PIDE, encurralados como feras dentro da sua sede, disparassem das janelas, matando cinco pessoas
As únicas mortes verificadas durante o 25 de Abril.

A noite iria ser longa.
Muita coisa iria passar-se até que nos ecrãs da televisão os Portugueses tivessem ocasião de ver a Junta de Salvação Nacional, com uns senhores empertigados, com um vago ar de golpistas sul-americanos, viessem, armados em «donos da guerra», ditar as leis de uma Revolução para a qual nada tinham contribuído, deixando na sombra os jovens oficiais que, como Salgueiro Maia, tudo tinham feito, que tudo tinham arriscado.




E DEPOIS, O ADEUS

Naquele dia do princípio de Abril de 1992, no cemitério de Castelo de Vide, quatro presidentes da República (António de Spínola, Costa Gomes, Ramalho Eanes e Mário Soares), vêem descer à terra num modesto caixão o corpo de um dos homens que mais contribuiu para que tivessem podido ascender à mais alta magistratura da Nação.


No dia 4, Fernando Salgueiro Maia fora vencido pela doença.


«O gajo ganhou», dissera ele a um oficial da EPC, referindo-se ao cancro quando se convenceu do carácter terminal da sua doença.

Quem é este homem, vencedor de batalhas, de revoluções, que agora desce à terra, em campa rasa, ao som do «Grândola, Vila Morena»?

Nasce ali, em Castelo de Vide, em 1 de Julho de 1944. Muito novo, fica órfão de mãe. Faz os estudos primários em São Torcato, Coruche, e os secundários no Colégio Nun'Álvares de Tomar e no Liceu Nacional de Leiria. Em 1964, ingressa na Academia Militar.
«Filho de uma família de ferroviários, é a situação de guerra nas colónias que me permite o acesso à Academia Militar, pois o conflito fez perder as vocações habituais, e assim a instituição foi obrigada a abrir as suas portas», diz-nos ele em «Capitão de Abril».

Dois anos depois, apresenta-se na Escola Prática de Cavalaria.

Depois, a guerra.

Porém, tudo se pode resumir a uma breve legenda: Salgueiro Maia, soldado português que à frente de 240 homens e com dez carros de combate da EPC avançou em 25 de Abril de 1974 sobre Lisboa, ocupou o Terreiro do Paço levando os ministros de um regime ditatorial de quase 50 anos a fugir como coelhos assustados, cercou o Quartel do Carmo obrigando Marcelo Caetano a render-se e a demitir-se.


Atingiu o posto de tenente-coronel, recusou cargos de poder.

SALGUEIRO MAIA,

é o mais puro símbolo da coragem e da generosidade dos capitães de Abril.



E quase tudo terá ficado dito.





Joao Neves
____________________
Nota: Este texto foi elaborado com base em diversos depoimentos de intervenientes no 25 de Abril. Entre estes destacamos o livro de Salgueiro Maia «Capitão de Abril», editado pela Editorial de Notícias e a 4ª edição de «Alvorada em Abril», de Otelo Saraiva de Carvalho, também da mesma editora.

17 abril, 2008

18 de Abril - DIA INTERNACIONAL DOS MONUMENTOS E SÍTIOS

A propósito do Centro de Estudos de Arquitectura Militar de Almeida

A Porta Exterior de Santo António foi recentemente alvo de adaptação do seu espaço para a criação de um Centro de Estudos de Arquitectura Militar, denominado de CEAMA. De lamentar que tenha demorado tanto tempo a ser implementado, pois já as conclusões do I Simpósio Internacional de Arquitectura Militar Abaluartada, realizado em Almeida em 1989 (ver fotos), apontavam para a criação de um Centro onde se pudesse estudar e dinamizar essa área específica do saber…


Reconhecendo que mais vale tarde do que nunca, não queria, no entanto, deixar de registar alguns reparos que penso pertinentes, resultantes das obras de adaptação, de forma a prevenir a persistência de erros em intervenções no património histórico de Almeida.


Aparentemente, o mais gritante são as pirâmides de vidro e aço implantadas no exterior da Porta, assentes sobre o lajeado granítico que foi construído à prova de bomba. Como se vê, as ditas pirâmides não podem deixar de ficar mesmo integradas com a robustez do granito, pois a sua fragilidade, apesar de à prova do bom senso, não o é à prova de bomba…



Mas continuando…O piso no interior da porta, foi substituído por seixos rolados escuros, possivelmente do Rio Côa, argamassados com cimento, quando se sabe que, no original, a calçada era de quartzo leitoso e não tinha qualquer tipo de argamassa.

…O piso lateral, constituído por blocos graníticos com desgaste e patina seculares, foi agora revestido com placas alisadas de granito, contrastando uma vez mais, com o aspecto vetusto do conjunto.

…As maciças portas de carvalho também bem antigas, foram simplesmente serradas, aplicando roletes não devidamente enquadrados e aberrantes: as portas eram sólidas e fechadas, e não arregaçadas, pois desse modo não seriam à prova de tiro de arcabuz, como originalmente construídas.

… A canalização de esgoto aplicada em plástico colorido destoa no antigo rasgo construído para efeitos de esgoto do lado de fora das Portas. Sendo anacrónica, não custava muito disfarçá-la melhor.

Mas há mais: não houve cuidado em preservar na Praça talvez o único indício visível da ocupação pelas forças francesas, já que o presumível graffiti / gravação sulcada na pedra deixado pelas tropas napoleónicas (ver fotos antiga e actual) que existia no interior da Porta, foi simplesmente apagado por jacto de areia destruidor, tendo a quase totalidade dos pormenores irremediavelmente desaparecido.



… E, como ficou evidenciado na inauguração realizada em Agosto de 2007, foi pena terem-se esquecido da função de um algeroz de esgoto de águas pluviais o que como documenta a foto, com uma chuvada imprevista… inundou o interior da Porta, obrigando os convidados a deslocarem-se aos pulinhos e em bicos de pés. Logo na inauguração! Mas, por incrível que pareça, o erro perdura até hoje… no mesmo ponto, como se não fossem cair mais chuvadas!


Tendo em conta uma intervenção tão pontual, e com gastos de dinheiro alegadamente para valorizar o património, é de lastimar a falta de sensibilidade e cuidado nesta multiplicidade de pormenores - caracterizadores da abordagem feita.

Assim, aos poucos, vai a praça-forte de Almeida sendo desvirtuada da sua singularidade, perdendo a sua vetustez, ao sabor de intervenções pouco consentâneas com a sua histórica e patrimonial valia, que é - não nos esqueçamos- TODO O SEU CONJUNTO. Intervenções estas que vão sendo sempre decididas à revelia dos almeidenses e sem uma abordagem multidisciplinar que pudesse efectivamente contribuir com o mínimo de ponderação e conhecimento para a preservação e revalorização do património histórico da Praça-forte de Almeida, que, a despeito da possibilidade ou não de classificação pela UNESCO, assim vai ficando cada vez mais empobrecida, incaracterística e vulgar.

Por isso, no Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, além de um direito e dever de cidadania, registo estes reparos, em nome de uma capacidade cívica, interventora, tão diferente do “deixa andar” e, porque não dizê-lo, numa expressão de contestação, que julgo partilhada por muitos cidadãos de Almeida e do país, para um acto de afirmação: NÃO À CONTINUAÇÃO DESTE TIPO DE INTERVENÇÃO NO NOSSO PATRIMÓNIO!.

Rui Brito da Fonseca

15 abril, 2008

Agenda Cultural

Acabei de receber mais uma agenda cultural, a segunda do corrente ano.
Como sempre, dei-lhe uma vista de olhos procurando de alguma forma encontrar as principais novidades para este trimestre.
Não me vou pronunciar acerca do conteúdo da mesma. Cabe a quem a elabora definir os temas ali a inserir e destacar.
Em minha opinião, a Câmara Municipal terá que distribuí-la em tempo oportuno, para que as pessoas a possam consultar antes do início do trimestre. É que receber a mesma já passados 10/12 dias, alguns dos eventos já decorreram. Neste por sinal, havia alguns de interesse significativo.
Seja quem for que tem a responsabilidade da impressão da agenda, não pode cometer erros como os verificados nesta edição, principalmente de escrita.
É uma imagem negativa para a própria Câmara.
Aproveitando ainda este espaço, aconselho a que alguém verifique os números de telefone ali inscritos, como pertença de associações. Se ligarmos, para alguns, vamos encontrar pessoas no outro lado da linha que nada têm a ver com a associação.
O motivo principal deste meu apontamento prende-se com dois factos.
O primeiro para a realização de uma visita guiada ao Património do Concelho de Almeida, a primeira. A pergunta que se me afigura de imediato e perante o que se encontra inscrito na agenda, é a quem se destina esta visita? A toda a população do concelho? Aos mais idosos? Aos jovens? Aos alunos do Básico? A estrangeiros?
Estas perguntas surgem-me apenas e só, porque a visita está marcada para o dia 24 de Abril, quinta-feira, dia de trabalho normal para a maioria das pessoas.
O dia a seguir (25 de Abril), até é feriado nacional. E porque não ao domingo? Pessoalmente não posso participar, e como eu, certamente mais pessoas.
Boas razões terão havido para que seja a 24, quinta-feira.
O segundo motivo que me leva a escrever sobre a agenda cultural da Câmara Municipal de Almeida, relaciona-se com a declaração do senhor Vice-Presidente da Câmara.
Atentos ao segundo parágrafo do texto, podemos ler “…..neste trimestre, vos convidamos….”. Vos convidamos? Aceitaria de bom grado a expressão se a mesma fosse dirigida a pessoas de convivência diária ou de confiança pessoal. A questão fundamental é que uma agenda deste tipo e com estas características, certamente ultrapassa fronteiras concelhias, regionais e se provávelmente até nacionais.
Tratar as pessoas por vos, é que me parece falta de decoro.
Não menos grave do que esta questão, temos a afirmação do penúltimo parágrafo.
Termina assim: “….roteiro gastronómico direccionado fundamentalmente para os Restaurantes de Almeida, Vilar Formoso e Concelho.”
Uma pergunta me surge: Almeida e Vilar Formoso não pertencem ao Concelho?
Numa agenda que se pretende e diz cultural, não pode haver afirmações como estas.
Há que corrigir no futuro. E antes da saída da mesma, deve ser feita uma leitura de correcção para evitar gralhas simples, mas que dão uma imagem negativa.
Penso que não é isso que o Executivo pretende.

Câmara de Almeida acusa Arq. José Afonso de inoperância

Câmara de Almeida Acusa Director do IGESPAR da Beira Interior de “inoperância”

Noticia publicada in “Terras da Beira” em 10/Abril/2008.

“O presidente da Câmara Municipal de Almeida, Baptista Ribeiro, confirmou ao Terras da Beira que teve de recorrer aos serviços do IGESPAR em Lisboa para poder avançar com as obras de impermeabilização das Casamatas. A “inoperância” do director regional estava a comprometer a instalação do Museu Histórico-Militar e a utilização de fundos comunitários.”

Penso que será útil e de extrema importância que esta “discussão” se esclareça, com a maior brevidade possível, pelos intervenientes. Pelos vistos será uma discussão entre o Director do IGESPAR e o Presidente da Câmara de Almeida.

Os habitantes de Almeida e até do Concelho, devem saber a verdade toda, uma vez que foram feitas afirmações, de ambos os lados, que eu considero bastante graves, no que respeita ao património arquitectónico e cultural de Almeida.

Diz aquele Semanário “…o Director do IGESPAR, disse ao TB que discordava “profundamente” daquilo que foi feito e que lhe “dói muito ver um monumento com “aquela importância” ser tão “mal tratado”…”.
Por sua vez o Sr. Presidente da Câmara de Almeida “…diz que as afirmações foram feitas de “forma leviana e irresponsável”… afirmando até que “…se José Afonso não pedir desculpas, o presidente da Câmara de Almeida assegura que irá exigir a demissão do arquitecto do cargo que ocupa no IGESPAR…”.

Penso que por respeito aos habitantes deste Concelho se deve apurar a verdade.

Pelo nosso lado resta-nos afirmar que esperamos que desta discussão na “praça pública”, não resulte em quaisquer prejuízos para Almeida, para o seu Concelho e para o nosso Património Cultural.

Pela minha parte termino, e porque já ouvi e li que à para aí projectos de “esplanadas”, “lagos ou lençóis de água” a construir no NOSSO património, com um apelo: POR FAVOR, NÃO MEXAM NO NOSSO MONUMENTO. Por favor não acrescentem nada ao nosso Monumento. LIMPEM-NO E RESTAUREM-NO SIMPLESMENTE, mas de resto, fiquem quietinhos. Não lhe toquem. Ele não precisa de mais nada. Por favor.

João Neves

09 abril, 2008

Assim....não.

No início desta semana fomos confrontados na comunição social com declarações proferidas por um destacado dirigente do Partido Socialista, acusando o Partido Social Democrata de " troca tintas".
Como militante, por enquanto, não posso deixar de manifestar o meu protesto pela ofensa feita.
Se o Partido Socialista quisesse atingir alguém em particular, deveria ter falado no nome da(s) pessoa(s) e não falar na globalidade, porque naquele partido ainda há gente séria, honesta e de palavra.
Recordo-me aquando da campanha eleitoral das últimas Legislativas o que nos foi prometido.
Não haveria aumento dos impostos, não haveria portagens nas SCUTS, etc, etc.
O Povo acreditou e votou maioritáriamente no Partido Socialista.
Eu pergunto se tivessem dito que assim que fossem eleitos aumentariam os impostos, passaria a haver portagens nas SCUTS, não haveria os tais 150.000 postos de trabalho para os recém licenciados, que o desemprego aumentaria, que a maioria dos SAPs sofreriam as reformas que foram feitas, enfim, tudo o mais que nós sabemos.
Será que o POVO teria votado maioritáriamente como o fez? É uma dúvida que tenho.
Na minha terra, na minha região, a uma pessoa que não cumpre o que promete, que falta à palavra dada, não se lhe chama troca tintas, dá-se-lhe um nome muito pior que eu não vou mencionar aqui, só por uma questão de educação e respeito.
Atirar uma pedra para o telhado do vizinho, quando o nosso é de vidro, não me parece uma falta de respeito, nesta situação, atrever-me-ia a dizer que se trata de falta de cultura democrática.
Assim....não.
José Augusto Marques

07 abril, 2008

MULTIUSOS...afinal em que ficamos?????

João, como é um assunto de grande importância para a nossa terra, e sabendo que és um homem que buscas as verdades dos factos, gostaria que desses a este tema o ênfase que merece.

Abraço.

Mas em que ficamos?

De A Máscara a 3 de Abril de 2008 às 11:21 (Blog AmigoPiri)

Cá para mim era um quilo e meio de multiusos em cada freguesia…!Em Almeida não se construiu primeiro um multiusos porque a Junta de Freguesia da altura não foi capaz de encontrar um terreno para o efeito! Porque Almeida não tem um multiusos?! Uma pergunta simples. Dá pena que anos após ano, teimosamente, se celebre a Feira do Fumeiro naquela data e naquele lugar! Eu sei que a teimosia tem um objectivo. Espera-se que os festejos de Pinhel acabem e os Carnavais de cidade Rodrigo mudem a data!!!!!!!!!!!! Quanto ao Picadeiro, quando o Piri fizer uma montagem de uma cobertura para aquele espaço, a responsável do mesmo, fará a obra! Lindo!
Abraço.

O blog do Castelo responde a uma critica efectuada pelo comentador "A MÁSCARA", referente a construção de um multiusos em Almeida.

Sexta-feira, 4 de Abril de 2008.

Prémio do comentário politicamente mais desonesto:
«Em Almeida não se construiu primeiro um multiusos porque a Junta de Freguesia da altura não foi capaz de encontrar um terreno para o efeito! »
Autor desta preciosidade: Máscara

Comentário do Blog do Castelo:
Este é o excerto de um comentário da autoria do Máscara a um dos posts do blogue Amigopiri .
É certo que os blogues acolhem tudo, a verdade e a mentira, o elevado e o soez, a ideia clara e o objectivo escuso, as boas intenções e a as segundas intenções, a postura digna e o oportunismo rasca. Talvez esteja aí, nessa potencial dualidade, a força da blogosfera democrática, apesar do descrédito que alguns insistem em lhe instilar.
Esta frase do Máscara cuja classificação deixo ao vosso alvedrio aqui fica, sem mais comentários da minha parte.

A MÁSCARA Responde:

De a máscara a 6 de Abril de 2008 às 23:18 (Blog do Castelo)

...Ti, só agora tive possibilidade de ver o teu comentário de sexta-feira, 4 de Abril e não podia deixar de responder.Reparei que o meu comentário provocou-te alguma emotividade! Parece que ficaste um pouco chateado?!
Até posso compreender tal atitude.
Será que foi uma reacção à consciência que te assalta, sempre que se fala em multiusos, e ela te diz que nem tudo foi feito para que Almeida tivesse um?!
Ti, podes pintar as coisas com as aguarelas literárias e com as ironias que tiveres (e tens muito), que não mudam a realidade e a verdade dos factos.
Eu estava presente nessa Assembleia Geral em que o Presidente da Câmara da altura, agora Presidente da Assembleia (Costa Reis), disse mais ou menos o seguinte, dirigindo-se a ti: “Senhor Presidente da Junta, arranje-me um terreno hoje que eu faço-lhe o pavilhão multiusos amanhã.”
Passado todo este tempo muitas interrogações podem ser feitas!O desafio teve apenas como motivo a luta partidária?!A Junta não conseguiu arranjar o terreno?!Depois de responder a estas duas perguntas muitas outras se podiam fazer.
Mas uma coisa é certa, Almeida não tem, nem é prioridade do actual Presidente da Câmara, um pavilhão multiusos e continua a fazer actividades à chuva!
Considero que foi um fracasso político da Junta, como outros, por não ter aproveitado o momento.
Mas já por várias vezes dei comigo a pensar se esta obra, para mim fundamental, como tive oportunidade de o dizer na última campanha política, não será para Vós uma obra secundária!
É que nunca vi nenhuma acção, com força capaz, de a reivindicar!
Para terminar agradeço a imagem do personagem triste, ingénuo e sonhador… Uma imagem que deveras me assenta bem! Ingénuo enquanto inocente, mas puro!

Abraço

P.S. - Este artigo foi-nos enviado por um Anónimo. Porque consideramos que é assunto de interesse primordial para a Freguesia de Almeida, e porque transcreve realmente os escritos nos dois Blogs citados, aqui o publicamos.

04 abril, 2008

Porque os blogs também podem ter esta função...

A pedido do Agrupamento de Escuteiros 1071, de Ferreira do Alentejo,
agradeço que façam passar esta mensagem para todos os vossos contactos.

A SARA MARIA ARSÉNIO FRANCO de 7 anos,
residente em Ferreira do Alentejo,
precisa urgentemente de encontrar um dador de medula
com as seguintes características:

G.S. - A POSITIVO - 2ª FASE - HOSPITAL D. ESTEFÂNIA

Vamos esgotar esforços para tentar ajudar esta criança a encontrar um dador compatível!


Basta reenviarmos este mail e fazer com que ele chegue ao maior número de pessoas possível.

Contactos: 966083327/ 968589896


03 abril, 2008

POR ONDE ANDA A DEMOCRACIA

Mário Crespo. Jornalista

Pronto!
Finalmente descobrimos aquilo de que Portugal realmente precisa: uma nova frota de jactos executivos para transporte de governantes.
Afinal, o que é preciso não são os 150 mil empregos que José Sócrates anda a tentar esgravatar nos desertos em que Portugal se vai transformando.
Tão-pouco precisamos de leis claras que impeçam que propriedade pública transite directamente para o sector privado sem passar pela Partida no soturno jogo do Monopólio de pedintes e espoliadores em que Portugal se tornou.
Não precisamos de nada disso.
Precisamos, diz-nos o Presidente da República, de trocar de jactos porque aviões executivos "assim" como aqueles que temos já não há "nem na Europa nem em África".
Cavaco Silva percebe, e obviamente gosta, de aviões executivos. Foi ele, quando chefiava o seu segundo governo, quem comprou com fundos comunitários a actual frota de Falcon em que os nossos governantes se deslocam.Voei uma vez num jacto executivo.
Em 1984 andei num avião presidencial em Moçambique.
Samora Machel, em cuja capital se morria à fome, tinha, também, uma paixão por jactos privados que acabaria por lhe ser fatal.
Quando morreu a bordo de um deles tinha três na sua frota. Um quadrimotor Ilyushin 62 de longo curso, versão presidencial, o malogrado Antonov-6, e um lindíssimo bimotor a jacto British Aerospace 800B, novinho em folha.
Tive a sorte de ter sido nesse que voei com o então Ministro dos Estrangeiros Jaime Gama numa viagem entre Maputo e Cabora Bassa.
Era uma aeronave fantástica.
Um terço da cabina era uma magnífica casa de banho. O resto era de um requinte de decoração notável.
Por exemplo, havia um pequeno armário onde se metia um assistente de bordo magro, muito esguio que, num prodígio de contorcionismo, fez surgir durante o voo minúsculos banquetes de tapas variadíssimas, com sandes de beluga e rolinhos de salmão fumado que deglutimos entre golinhos de Clicquot Ponsardin. Depois de nos mimar, como por magia, desaparecia no seu armário.
Na altura fiz uma reportagem em que descrevi aquele luxo como "obsceno".
Fiz nesse trabalho a comparação com Portugal, que estava numa craveira de desenvolvimento totalmente diferente da de Moçambique, e não tinha jactos executivos do Estado para servir governantes.Nesta fase metade dos rendimentos dos portugueses está a ser retida por impostos. Encerram-se maternidades, escolas e serviços de urgência.
O Presidente da República inaugura unidades de saúde privadas de luxo e aproveita para reiterar um insuspeitado direito de todos os portugueses a um sistema público de saúde.
Numa altura destas, comprar jactos executivos é tão obsceno como o foi nos dias de Samora Machel.
Este irrealismo brutalizado com que os nossos governantes eleitos afrontam a carência em que vivemos ultraja quem no seu quotidiano comuta num transporte público apinhado, pela Segunda Circular ou Camarate, para lhe ver passar por cima um jacto executivo com governantes cujo dia a dia decorre a quilómetros das suas dificuldades, entre tapas de caviar e rolinhos de salmão. Claro que há alternativas que vão desde fretar aviões das companhias nacionais até, pura e simplesmente, cingirem-se aos voos regulares.
Há governantes de países em muito melhores condições que o fazem por uma questão de pudor que a classe que dirige Portugal parece não ter.Vi o majestático François Miterrand ir sempre a Washington na Air France.Não é uma questão de soberania ter o melhor jacto executivo do Mundo.
É só falta de bom senso. E não venham com a história que é mesquinhez falar disto.
É de um pato-bravismo intolerável exigir ao país mais sacrifícios para que os nossos governantes andem de jacto executivo.
Nós granjearíamos muito mais respeito internacional chegando a cimeiras em voos de carreira do que a bordo de um qualquer prodígio tecnológico caríssimo para o qual todo o Mundo sabe que não temos dinheiro.

Mário Crespo, escreve à 2ªf no JN

02 abril, 2008

DESMENTIDO DIA DOS ENGANOS

Claro que era brincadeira do 1º de Abril essa do metro de superfície em Almeida!

Não vai haver nenhum metro, nem vídeo vigilância ...por ora, mas é verdade que a obra arquitectónico-decorativa da estação do dito metro existe, e está lá. Exactamente como na foto e no sítio indicado!

Provavelmente, terá escapado de qualquer rede de metropolitano e foi parar à Praça-forte que dá pelo nome de Almeida, construída e reconstruída entre o séc. XVII e XIX, mas que há quem teime em a modernizar à força com essas importantes mais valias...

Tal como se anuncia com o projectado espelho de água à entrada das Portas de S. Francisco.

- Ó S. Francisco, vê lá bem o que vão fazer perto das tuas portas!

Quando Almeida tiver todas essas modernidades, vai ver os turistas a duplicar, pois todos quererão ver estações de metro, pirâmides de vidro, espelhos de água, candeeiros de campo de futebol, granitos e mais granitos polidos e casas tipo tupperware.Viva tantos modernismos!
Agora sim! Almeida vai entrar no futuro!

01 abril, 2008

METRO DE SUPERFICIE EM ALMEIDA


A foto apenas mostra em antecipação o que será o metro de superfície, que brevemente começará a ser construído em Almeida. Contudo, uma das estações já está construída. Fica junto às Casamatas, perto da Roda dos Expostos. Se o leitor ainda não a descobriu é porque não tem visitado Almeida ultimamente…

Mas para além deste grande melhoramento que será o metropolitano de superfície, esperam-se ainda em breve mais valias, como a construção de um lago à entrada nas Portas de S. Francisco e também um sistema de videovigilância, para proteger os turistas nas ruas desertas em Almeida, do mais moderno que há, muito semelhante ao que se está a instalar nas grandes cidades do litoral. Parabéns a todos!