27 março, 2008

28 de Março - DIA NACIONAL DOS CENTROS HISTÓRICOS


28 de Março - Dia Nacional dos Centros Históricos


Desconhece-se se Almeida comemora esta efeméride. O sítio oficial da CMA nada diz nesse sentido. É lamentável, já que Almeida e várias freguesias do concelho possuem centros e núcleos históricos cuja importância merece ser relevada, não apenas no Dia Nacional, mas em cada dia que passa.

Na verdade, é essencial comemorar as identidades locais, realçando o que é intrinsecamente das populações, não só para conhecimento dos forasteiros, mas também e especialmente para auto-estima e consciência dos habitantes que têm nos seus centros históricos a génese das suas raízes. Nunca é demais realçar essa ligação telúrica que cada um de nós tem com o local onde nasceu, viveu momentos do seu despertar ou do seu crescimento interior: são essas raízes que nos prendem à vida, aos nossos semelhantes e onde também predominam as memórias que nos acompanham durante a existência.

Pelas condicionantes dessa mesma existência, os seres vivos vão inexoravelmente desaparecendo e cada um de nós vai ficando mais fragilizado, sendo a renovação das gerações o grande contrabalanço dessas perdas. Por isso, há marcos que são (ou deveriam ser) mais perenes e importantes não só para as nossas referências pessoais mas também como testemunhos da História e da sociedade local, herança do nosso passado comum, factor de identidade, e legado aos vindouros. No entanto, tal só acontece se os conservarmos, preservando-os quando necessitam, deixando-os permanecer como símbolos de épocas que nos precederam e, portanto, fazendo parte da nossa História comum.


No concelho de Almeida, sobretudo na sua sede, os testemunhos da História constituem ainda expectativa de uma valorização económica local, já que o potencial monumental contribuiria para uma crescente atracção turística que, devidamente aproveitada, traria certamente maior bem-estar aos que ali residem. Porém, não é isso que tem acontecido, por muito que se apregoem números extraordinários de visitantes. Será, como justificam as entidades tutelares, apenas por inércia dos seus habitantes?


Ou será porque nunca houve um efectivo (e afectivo) esforço com a terra, em respeito pela sua identidade? São esses centros ou núcleos históricos que não só muitas vezes ficam votados ao esquecimento por cada um de nós, mas, pior ainda e como cada vez mais vem acontecendo, no desvairado investimento pelas entidades administrativas responsáveis (veja-se não só as intervenções na sede do concelho, mas também, por exemplo, no chamado “arranjo urbanístico” no largo da Igreja de Vilar Formoso…) ficam absolutamente descaracterizados e violados por projectos, materiais e formas discrepantes, ao gosto das modas do momento que apenas repugnam os habitantes na sua memória identificativa e repelem os desejados visitantes, por os tornarem vulgares e desfeados.


Outras vezes, com o argumento do desenvolvimento - que nunca chegará por essa via - na conivência com projectos particulares, os centros históricos ficam sujeitos a implantes lesivos por profissionais para quem a alma do lugar é apenas um pedaço de terreno onde os laços que cada um de nós tem com o ambiente não passam de sentimentalismos bacocos.

Recentemente, o centro histórico de Almeida viveu grande polémica com um edifício soberbamente erigido no coração da Praça da Liberdade, junto ao edifício da Câmara, com manifesta e expressiva discordância dos almeidenses, enquanto os técnicos continuaram a vociferar para os “leigos” que se tratava de uma “jóia, um bijou, uma preciosidade”. Hoje tem uma tabuleta afixada: “VENDE”.
- Tanta polémica… para este desfecho!

Também o “Terras da Beira” de 27.03.2008 continua a trazer notícias sobre o projecto da recuperação das Casamatas. Segundo essa fonte, enquanto a autarquia se esforça por ir directamente a Lisboa, ultrapassando o parecer negativo do IGESPAR de Castelo Branco, o seu director, Arq. José Afonso, afirma que “dói muito” ver um monumento “com aquela importância, ser tão mal tratado”. O que se passa? Se o projecto é mesmo válido, porque precisa de contornar as delegações regionais? Será apenas uma polémica entre técnicos, como outras que Almeida já presenciou, ou temos de estar prevenidos com mais obras precipitadas que em vez de valorizar apenas degradam os nossos monumentos?



Por tudo isto, e muito mais, o Dia Nacional dos Centros Históricos em Almeida deve ser uma data não apenas para reflexão sobre os locais históricos mas sobretudo para uma consciencialização exigente junto de nós próprios e particularmente junto das entidades administrativas, não deixando intervir sem o conhecimento público naquilo que apenas lhes está confiado por um mandato político.

Será que já não é mais do que tempo de gritar que “o rei vai nu”?


Rui Brito da Fonseca

CASAMATAS DE ALMEIDA


Em entrevista ao Jornal Terras da Beira, o Director do IGESPAR (ex-IPPAR) critica fortemente a intervenção que a Câmara Municipal de Almeida está a fazer na impermeabilização das Casamatas, para ali ser instalado o futuro Museu Histórico-Militar.
Perante estas afirmações de José Afonso, Director do IGESPAR, importa colocar aqui várias questões, nomeadamente:
- Diz aquele responsável que a opção da autarquia provocou danos (ou está a provocar?) no imóvel, nomeadamente no refechamento de juntas e aberturas de vãos entre as várias casamatas.
- Afirma José Afonso que "dói muito ver um monumento com aquela importância ser tão mal tratado".
- O processo foi mal conduzido pela Câmara (ou não?) ao ser apresentado o novo projecto ao IGESPAR em Lisboa, sem dar conhecimento à Delegação de Castelo Branco, que é quem superintende estes assuntos no âmbito da Beira Interior.
- A Câmara Municipal de Almeida tem um acordo com o Exército para instalar nas Casamatas um Museu Militar, entretanto a obra não está a ser acompanhada pelo Director tutelar dos Museus Militares, a quem cabe a última palavra.
Meus Senhores algo se passa que ninguém entende e ninguém sabe ou está devidamente esclarecido. O que tem a dizer de tudo isto o Sr. Arquitecto João Campos, actual consultor da Câmara Municipal de Almeida. Se este Senhor não serve para bem servir Almeida e o seu Património, porque não foi já demitido?
Voltaremos em breve com mais esclarecimentos sobre este tema...pois é tempo de se dizer basta no que se refere às autenticas agressões a que o nosso património tem vindo a ser sujeito.
Até breve.
João Neves

26 março, 2008

Feira Medieval em Castelo Mendo


Sábado 5 de Abril

Festim Medieval e Espectáculo de Fogo sobre lendas da terra – Lenda das Amoreiras de
D. Dinis e dos bichos-da-seda.




Dia 6 de Abril - Domingo

10h – Abertura do Arraial
11h – Cortejo do Almotacem e do Meirinho
12h – Danças e Bailias
13h – Comeres e Beberes nas tabernas do mercado
14 h- Auto dos Histriões
15h – Malabarismo e acrobacias
16h- Torneio de armas a cavalo
17h - Exercício de falcoaria
18 - Juízo de heréticos
19- Encerramento da feira

20 março, 2008


Um abraço do
João Neves

09 março, 2008

MOVIMENTO CÍVICO DO CONCELHO DE ALMEIDA

Movimento Cívico do Concelho de Almeida

Há algum tempo atrás escrevi, neste espaço, um artigo cujo título era “A RIVALIDADE VILAR FORMOSO/ALMEIDA E AS ALTERNATIVAS POLÍTICAS PARA O CONCELHO DE ALMEIDA”. Foi um tema que suscitou alguma discussão não só no Almeida Fórum como noutros blogues da região. Como habitualmente, apareceram as perguntas retóricas, inquisidoras e despropositadas acerca do que o “Sr. Mário Martinho (Jr.) (e companhia) já fez pelo nosso concelho”.
Antes de escrever concretamente sobre o título deste artigo gostaria de dizer a essas pessoas que, em lugar algum, eu disse ou escrevi que já fiz isto ou aquilo pelo concelho de Almeida. Jamais arvorei a condição de “iluminado”, como foi insinuado, nem me auspicio “salvador da pátria” algum, como outros comentaram. No entanto, e que fique claro, penso pela minha cabeça! Tenho as minhas ideias e sei analisar o rumo que para este nosso concelho tem sido traçado.
É triste que os fanatismos partidários de algumas pessoas tenham o poder suficiente para lhes toldar as ideias e ofuscar a realidade nada encorajadora a que o concelho está votado…

Faz-me confusão que não se entenda que querer o melhor para o concelho, debater ideias, tentar congregar esforços para se encontrar uma saída para esta zona, não tem de ser, invariavelmente, uma procura de protagonismo ou de anseio por um “tacho”. Ou não se entenda, ou não dê jeito entender!

Já deu para ver, pelos comentários recorrentes, que uma das forças políticas do concelho está incomodada com a possibilidade, ainda que remota, de se constituir uma terceira lista autárquica. Da mesma forma é possível ver que, pelo silêncio estratégico e por alguns dos comentários anónimos encomendados, a outra força política tem estado a “esfregar as mãos” com tal perspectiva.

Acredito que ainda seja cedo para ambas as posições!

Como conclusão do meu artigo acima referido, deixei, na altura, questões no ar, por um lado acerca da capacidade das duas forças políticas que habitualmente se nos apresentam a votos para inverterem a situação de pobreza do nosso concelho, e por outro lado sobre a pertinência e capacidade dos que não se identificam com as anteriores se “sentarem a uma mesa e pensarem num rumo melhor para este concelho”.

É aqui que “encaixa” este artigo que agora escrevo.

Um movimento cívico é constituído por um conjunto de pessoas com o objectivo de defender uma causa, defender ideais, lutar contra uma qualquer injustiça, fazer ouvir opiniões de um grupo de cidadãos ou simplesmente de reunir informação, ideias e capacidades que possam ajudar ou acrescentar uma perspectiva nova aos decisores em funções. É desta forma que tem de ser entendido o conceito de movimento cívico.
Muito raramente um movimento cívico surge com o objectivo primário de criar uma alternativa política ou de permitir uma candidatura seja a que eleições forem. Estes casos são pontuais, embora, por ventura, possam ser os mais conhecidos pelo mediatismo de que se revestem. São exemplos destes movimentos cívicos os criados em torno das candidaturas de Manuel Alegre e Helena Roseta em eleições recentes.
No outro prato da balança podemos encontrar centenas de movimentos cívicos cujos objectivos não passam por candidaturas a coisa alguma. São exemplos destes movimentos cívicos os seguintes: “Avisar toda a gente”, “Movimento cívico pela linha do Tua”, “Movimento cívico em defesa do Mercado do Bolhão”, “Movimento porta 65 fechada”, entre muitos outros.

Numa linha intermédia dos dois tipos anteriores existem outros movimentos cívicos cujo objectivo central não se reveste de uma obrigatoriedade de criação de uma lista política alternativa, mas que, se assim for necessário, esteja em condições de a apresentar. É exemplo destes movimentos, o movimento cívico “Pensar Fânzeres”. E, relativamente a este último, parece-me pertinente apresentar um extracto da explicação da sua formação, datada de 2005:

MOVIMENTO CIVICO “PENSAR FÂNZERES”
Porque é urgente um rumo, uma ambição para a Vila de Fânzeres. Porque é urgente mudar, mudar para evoluir, um grupo de cidadãos fanzerenses, independentes e de diversos quadrantes políticos decidiu constituir o Movimento Cívico "PENSAR, FÂNZERES".
O Movimento Cívico "PENSAR, FÂNZERES" surge da necessidade de "agitar" os fanzerenses face à inoperância e inércia reinante na Vila, de modo a ser um veículo das suas reivindicações junto do poder local e central, a fim de proporcionar-lhes uma maior qualidade de vida.

É engraçado, que lido o extracto, e fazendo o exercício de trocar os “fanzerenses” pelos almeidenses, ficamos com a noção exacta de que, pelas mesmas razões, é premente a criação do “Movimento Cívico Pensar Almeida”, que, com este ou outro nome, congregue pessoas, cidadãos, vontades e capacidades de todos os quadrantes políticos e/ou ideológicos, de todas as freguesias, idades e motivações, para que se PENSE a sério o concelho de Almeida.

Reitero a ideia de que um movimento cívico no concelho de Almeida e em prol do concelho de Almeida não tem de forçosamente ter o objectivo de se constituir, à posteriori, como uma lista eleitoral alternativa. O que tem obrigatoriamente é de ajudar a pensar o futuro do concelho, debater, alertar, intervir… Em último caso, deverá estar preparado para se apresentar aos eleitores.

Poder-se-á, então, colocar a questão: “Mas, afinal, um movimento cívico deste tipo deverá ou não criar, a seu tempo, uma lista eleitoral que represente as suas ideias e convicções?”

A resposta a esta questão está na posse das duas forças políticas habituais do concelho. São elas que, com os seus actos e projectos farão com que surja ou não a tal alternativa. Sim, porque, em primeira instância, um movimento cívico que pretende impulsionar o desenvolvimento de um concelho só poderá ser visto pelas forças políticas como um aliado que defende a mesma causa.

É de todo o interesse de qualquer partido político com aspirações no concelho o aproveitamento das ideias e opiniões que possam surgir das pessoas com capacidade que possam vir a integrar este movimento. É importante ouvir. É importante saber escutar uma abordagem diferente da nossa para um mesmo problema.

Esta congregação de esforços seria o ideal, porém, face aos clubismos que permanentemente se têm manifestado, não acredito que esta interacção venha a ser efectiva.

Falta exactamente um ano para vermos no que vai dar esta abordagem…

Em síntese, considero indispensável, possível e favorável, a criação de um movimento cívico que pense com seriedade e abnegação no futuro do concelho de Almeida.
Considero que existem pessoas dos vários quadrantes politico-ideológicos suficientemente capazes e disponíveis para levar este projecto avante de uma forma competente e estruturada.
Considero, ainda, que está na hora de avançar!

Pelo concelho de Almeida, pelas suas gentes, por TODOS NÓS!

Mário Martinho (Jr.)

08 março, 2008

HOMENAGEM

Vamos dedicar uma página todos os meses, a uma Associação e/ou Instituição do Concelho de Almeida, com artigos, imagens, histórias e demais comentários, em jeito de homenagem, contribuindo assim para que o esforço que tem sido prestado pelo Voluntariado da nossa região fique registado. Vamos correr o Concelho e fazer todo o possível para não nos esquecermos de nenhuma instituição, associação ou iniciativa da chamada sociedade civil.


Iniciamos esta página com uma associação que já não está no activo, mas que nunca foi “abatido ao efectivo”, ou seja, em qualquer altura se pode dar-lhe vida.
Começo por esta Associação, porque é uma associação que me deixou imensas saudades, porque faz parte da minha história de vida e da história de vida de muitos e muitos de vós, porque ainda hoje, quando se fala dela, muitos olhos se humedecem, com saudade... muita saudade.

Refiro-me à

SECCÇÃO DESPORTIVA DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE ALMEIDA.



Quem não se lembra da sigla S.D.B.V.A.?

Quem não se recorda do MELHOR CLUBE DO DISTRITO DA GUARDA?

Sim, o melhor Clube do Distrito da Guarda, eleito por vontade da Associação de Futebol da Guarda.
Não fomos nós que o afirmámos. Foi o Distrito que por quase unanimidade o afirmou na altura. Para que conste.

Muitos de nós, recordam-se concerteza da movimentação, no Estádio de Almeida,nos dias de treinos, de mais de 100 atletas, a sua esmagadora maioria jovens de tenra idade. Meninos que faziam as nossas delicias ao evoluírem no campo, com as suas habilidades natas, que “obrigavam” a encher de gente o estádio de Almeida e a lotarem os autocarros para irem ver os seus meninos a Coimbra, a Viseu, Aveiro, Vila Real, Porto ou Guimarães e outros locais do País.
Quando digo aqui, que este Clube esteve representado no Campeonato Nacional Português, nos 3 escalões, ou seja em Iniciados, Juvenis e Juniores numa mesma época,e por diversas vezes, claro que não digo nada de novo para muitos de nós. Que orgulho ver o nome do nosso Clube e reportagens dos seus jogos, nos Jornais de maior tiragem nacional

Todos nós nos lembramos de ver em Almeida, a jogar contra os nossos rapazes, o Porto, o Guimarães, o Boavista, a Académica e outros emblemas de referência no desporto nacional. Quem não se recorda de ver evoluir em Almeida os Campeões do Mundo de Riad, Fernando Couto, Victor Baía, Morgado, João Pinto,etc,etc.
Eu recordo-me de ver , por exemplo, alguns destes Campeões do Mundo de Riad a darem os parabéns a alguns dos nossos jovens atletas, pelas suas qualidades, pois tinham acabado de realizar um jogo enorme contra o Porto.
Recordo-me com muita saudade de todos os nossos meninos, das suas partidas, das muitas alegrias que as suas vitórias como Campeões do Distrito da Guarda nos proporcionavam.
Como era agradável ver a evolução que os nossos meninos demonstravam de dia para dia.
Claro que cada um de nós tem imensas imagens, gravadas no cérebro, de passagens que hoje nos fazem emocionar.
Quem não se recorda dos nossos Dirigentes, que se dedicavam quase diariamente ao clube.

Da marcação das linhas do nosso “relvado” com cal viva,o terreno completamente congelado pela geada, logo pela manhã, aos Sábados e depois do jogo se realizar à tarde, lá vinham os Dirigentes acompanhados do dedicado e enorme Zé Monaito, para tornar a marcar o Campo, pois no Domingo às 11 horas havia outra vez jogo de outra equipe, e depois deste jogo…torna outra vez a marcar o campo porque no Domingo à tarde havia jogo dos Seniores.
Quem não se recorda dos jogos do bingo, com a sala da antiga velhinha Sede dos B.V.A. cheia de gente, a comer o seu caldo verde e as espetadas preparadas por homens que (alguns deles…) nunca tinham cozinhado na vida, temperadas pelo Telmo Fragoso, auxiliado por muitos outros. Eu recordo-me com muita saudade do convívio que se gerava nestas noitadas que por vezes duravam até às 3 ou 4 da manhã. Eu recordo-me com um sorriso do Manuel Vaz, do nosso Toninho, do Barata e de tantos outros a servirem à mesa os nossos atletas, o jantar confecionado por eles próprios.
Claro que é importante lembrar as esposas dos nossos Dirigentes, pois elas também estavam na Sede do Clube aos Domingos, para ajudar no que fosse preciso, principalmente no que respeita à cozinha e à limpeza das instalações.
Ainda hoje eu faço as minhas espetadas de carne de acordo com o tempero que o Telmo Fragoso e o Manel Vaz me ensinaram.

Deixo aqui um desafio.

Todos nós temos uma história, uma brincadeira, uma passagem cheia de emoção para contar.
Vamos compartilhar com todos tudo o que temos para recordar.

Mandem-me tudo isso que têm para contar para registar aqui e passe a ser património comum.
Mandem-me as fotos que gostariam de ver publicadas. Contem aqui as "partidas" que pregavam uns aos outros.Mandem-me os nomes para ficarem aqui referenciados.

Aqui ficam os primeiros nomes que, eu tomo a liberdade de começar a publicar, gente que fez parte dessa grande obra que foi a Secção Desportiva dos B.V. de Almeida.

Mandem-me por e-mail o nome de:

Um Dirigente
Um Treinador
Um Atleta

Será emocionante e agradável ver esta lista a crescer com os nomes que me forem enviando.

E não se esqueçam das histórias. Começo por uma pequena mas hilariante história:

“…de regresso a casa depois de um jogo de Seniores, salvo erro, em Fornos de Algodres.
A noite já tinha caído, e estava um nevoeiro cerrado.
O Ti Emídio estava concentrado na condução do velhinho autocarro.
Os restantes atletas passavam o tempo de diversas formas, uns a dormir, outros na conversa, na brincadeira uns com os outros.
Estávamos perto do cruzamento de Leomil…
De repente só se ouve uma voz, um berro enorme: “OLHÁ VACA!”…
E o Tí Emídio não está para modas…travões a fundo…um sarrabulho enorme…autocarro parado e o Tí Emídio a perguntar: “Aonde???”… e o Victor Almeida…com uma voz “inocente”...de mansinho... a dizer: “Ali…”, e apontava para um sinal de trânsito triangular com uma vaca desenhada… Claro que o autor da exclamação e da indicação da dita vaca, foi o próprio Victor Almeida.
Eram assim os nossos rapazes, brincalhões, sempre prontos para uma partida - e que partidas…não é Jorge Tiago?…não é Tibério?

Aqui vão os primeiros nomes postados por mim:



DIRIGENTES

António Augusto Ferreira (Toninho)
Américo Gaspar
Prof. Alberto Vilhena de Carvalho
Dr. Carlos Pereira


TREINADORES

Prof. Zé Vaz
Carlos "Palanca"
João Neves
Victor do Pereiro (Vitó)
Fausto

ATLETAS

Victor Correia (Vitó)
Zé Fernando (Albano)
Sino (Alcino Morgado)
Nuno Matias


Era assim a SECÇÃO DESPORTIVA DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE ALMEIDA
Era este o MELHOR CLUBE DO DISTRITO DA GUARDA.


João Neves

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

O Dia Internacional da Mulher é celebrado a8 de Março. É um dia comemorativo para a celebração dos feitos económicos, politicos e sociais alcançados pela mulher.A ideia da existência de um dia internacional da mulher foi inicialmente proposta na viragem do Séc. XX, durante o rápido processo de industrialização e expansão económica que levou aos protestos sobre as condições de trabalho. As mulheres empregadas em fábricas de vestuário e industria textil foram protagonistas de um desses protestos em 8 de Março de 1857 em Nova Iorque, em que protestavam sobre as más condições de trabalho e reduzidos salários.
Existem outros acontecimentos que possam provar a tese como o incêndio na Fábrica da Triangle Shirtwaist, que também aconteceu em Nova Iorque, em 25 de março de 1911, onde morreram 146 trabalhadoras. Segundo esta versão, 129 trabalhadoras durante um protesto teriam sido trancadas e queimadas vivas. Este evento porém nunca aconteceu e o incêndio da Triangle Shirtwaist continua como o pior incêndio da história de Nova Iorque.



Muitos outros protestos se seguiram nos anos seguintes ao episódio de 8 de Março, destacando-se um outro em 1908, onde 15.000 mulheres marcharam sobre a cidade de Nova Iorque exigindo a redução de horário, melhores salários, e o direito ao voto. Assim, o primeiro Dia Internacional da Mulher observou-se a 28 de Fevereiro de 1909 nos Estados Unidos da América após uma declaração do Partido Socialista da América. Em 1910, a primeira conferência internacional sobre a mulher ocorreu em Copenhaga, dirigida pela Internacional Socialista, e o Dia Internacional da Mulher foi estabelecido. No ano seguinte, esse dia foi celebrado por mais de um milhão de pessoas na Áustria, Dinamarca, Alemanha e Suiça, no dia 19 de Março. No entanto, logo depois, um incêndio na Fábrica da Triangle Shirtwaist mataria 140 costureiras; o número elevado de mortes foi atribuído às más condições de segurança do edifício. Além disto, ocorreram também manifestações pela Paz em toda a Europa nas vésperas da Primeira Guerra Mundial. Na Rússia, as comemorações do Dia Internacional da Mulher serviram de estopim para a Revolução Russa de 1917. Depois da Revolução de Outubro, a feminista bolchevique Alexandra Kollontai persuadiu Lenin para torná-lo num dia oficial que, durante o período soviético permaneceu numa celebração da "heróica mulher trabalhadora". No entanto, o feriado rapidamente perderia a sua vertente política e tornar-se-ia numa ocasião em que os homens manifestavam a sua simpatia ou amor pelas mulheres da sua vida — um tanto semelhante a uma mistura dos feriados ocidentais Dia da Mãe e Dia dos Namorados. O dia permanece como feriado oficial na Rússia (bem como na Bielorússia, Macedónia, Moldávia e Ucrania), e verifica-se pelas ofertas de prendas e flores dos homens às mulheres (quaisquer mulheres). Quando a Checolováquia integrou o Bloco Soviético, esta celebração foi apoiada oficialmente e gradualmente transformada em paródia.
No Ocidente, o Dia Internacional da Mulher foi comemorado durante as décadas de 1910 e 1920 mas esmoreceu. Foi revitalizado pelo feminismo na década de 1960. Em 1975, designado como o Ano Internacional da Mulher, a Organização das Nações Unidas começou a patrocinar o Dia Internacional da Mulher.

07 março, 2008

Professores, Ministra e o Governo da Nação



No passado dia 6 de Março, o canal de televisão pública RTP, decidiu convidar para uma entrevista oportuna e interessante à partida, a Ministra da Educação, Dra Maria de Lurdes Rodrigues.
Sabendo que tanto o Benfica como o Sporting no mesmo horário estavam a jogar para as competições europeias com direito a transmissão televisiva, tornava-se óbvio que a escolha de canal era difícil.
Por questões de interesse, em minha casa a RTP ganhou a partida. A questão da avaliação dos professores, ultimamente, tem sido o calcanhar de Aquiles do Governo da Nação. Mas outras áreas têm merecido forte contestação, tanto por parte da população, como de dirigentes sectoriais de outros organismos e também por parte dos partidos da oposição.


Pergunto a mim próprio, se a política que o Ministério da Educação e nomeadamente a senhora ministra está a fazer, foi ou não decidida pelo Partido Socialista antes do sufrágio eleitoral? A política que o Governo do Partido Socialista está a fazer neste momento, foi ou não a que apresentou no seu programa eleitoral aquando das últimas eleições legislativas? Afinal o Governo do Partido Socialista está ou não a cumprir a promessa eleitoral que sufragou a todos os portugueses?


Haverá razoabilidade no pedido público da demissão/substituição de qualquer ministro? A política de qualquer ministro é ou não decidida pelo Governo em geral?
Se assim for, e estou certo que sim, o pedido de demissão de qualquer ministro, solicitado tanto por manifestantes como por partidos da oposição, está desprovido de conteúdo qualitativo. A pedir demissão, deveria ser a do Governo pela política anti-social praticada para com os mais desfavorecidos.


Mas se atendermos às sondagens publicadas acabamos por verificar que a maioria dos portugueses continua de pedra e cal com o Partido Socialista, logo com a política praticada pelo Governo.


Não obstante esta questão, tenhamos em linha de conta as declarações feitas pelo senhor Presidente da República relacionadas com a política desenvolvida pelo Governo.

Recentemente também o líder da oposição afirmou que o PSD ainda não está preparado para assumir funções governativas.


Não vislumbrando no horizonte outra alternativa a este Governo, nem inclusivamente dentro do próprio Partido Socialista ao próprio líder, parece que nas próximas eleições legislativas o Engº José Sócrates, vai poder passear pela avenida da vitória e não me surpreenderia que conseguisse de novo uma maioria absoluta.


Uma dúvida me assalta, de toda a gente contestatária, quantos não vão de novo voltar a votar no Partido Socialista?

José Augusto Marques