24 julho, 2008

DIRECÇÃO REGIONAL DA CULTURA DESCONHECE INTERVENÇÃO NAS CASAMATAS DE ALMEIDA



Existem formas diversas de resolver problemas com origem em divergências de opinião. No entanto não tenhamos dúvidas que a via do diálogo é a que melhores resultados originará. Mas esse diálogo tem que ser encarado à partida com humildade, com respeito pelas opiniões dos antagonistas, muita prudência e sensatez. Não será tudo isto que terá faltado neste confronto entre a Câmara Municipal de Almeida e o IGESPAR?

Quem vai vencer este confronto? O actual executivo Câmarário? O IGESPAR? Quem será o vencedor?
Quem já estará a perder é Almeida...disso não tenho dúvidas nenhumas.
Lamento.

Ora leiam este artigo publicado no Jornal Terras da Beira.


Terras da Beira - Edição de 10-07-2008

Direcção Regional da Cultura desconhece a intervenção nas Casamatas de Almeida

A Direcção Regional de Cultura do Centro em Castelo Branco desconhece que tipo de intervenção é que está a ser feita nas Casamatas de Almeida, onde a autarquia quer instalar o Museu Militar. A instituição, a que está afecto aquele monumento, recebeu no ano passado um projecto de recuperação do espaço, que recebeu um parecer negativo e nunca mais voltou a receber qualquer outro.

O director dos serviços em Castelo Branco da Direcção Regional da Cultura do Centro, José Afonso, garante que aquele organismo «não tem a mínima responsabilidade em atrasos» relacionados com a instalação do Museu Militar nas Casamatas de Almeida.
O arquitecto prestou este esclarecimento ao TB depois do presidente da Câmara Municipal de Almeida, Batista Ribeiro, ter acusado aquele organismo de falta de resposta em relação a determinados aspectos daquele projecto, que a autarquia pretendia abrir ao público este mês.

José Afonso garante que a resposta ao projecto apresentado pela autarquia, em finais de Julho do ano passado, foi dada no dia seguinte.

O parecer a essa intervenção foi «negativo», como evidencia José Afonso e garante que não voltou a dar entrada nos serviços qualquer outro projecto para as Casamatas. «Sabem perfeitamente que o meu parecer foi negativo. O assunto foi a Conselho Consultivo que me deu razão», sustenta.
O dirigente da Direcção Regional de Cultura do Centro desconhece por isso que tipo de intervenção é que está a ser feita naquele monumento.

José Afonso diz estar «absolutamente convicto» da sua posição que defende «para bem do monumento».

De recordar que o presidente da Câmara Municipal de Almeida admitiu ao TB que tinha contornado os serviços de Castelo Branco e recorrido ao presidente do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR) para dar seguimento à obra de requalificação das Casamatas.

Mas para além do IGESPAR, as obras terão também de ter o aval da Direcção Regional de Cultura do Centro, instituição a que está afecta o monumento. «Não podem intervir sem o projecto vir à Direcção Regional da Cultura do Centro», assegura o arquitecto.
José Afonso entende que «o caminho que se está a seguir não só está a atrasar brutalmente todo este processo, como está a criar problemas».
Aquele responsável censura o percurso da obra de recuperação das Casamatas: «Começa-se com uma metodologia, depois salta-se para outra, contesta-se, faz-se outro projecto a meio... há qualquer coisa que não esté bem nisto. Até no meu ponto de vista de cidadão», sublinha.

O arquitecto entende que «neste clima [de acusações aos serviços de Castelo Branco] não se vai a lado nenhum. Temos de trabalhar em equipa. Não é por haver um projectista contratado pela Câmara que o parecer das entidades se vai alterar», avisa. José Afonso alerta que «há circuitos administrativos e competências» a cumprir.

O dirigente da Direcção Regional de Cultura volta a dizer que lhe «dói muito ver o monumento a ser molestado» e sublinha que a musealização «não pode, nem deve atentar contra o momento». «Esse é um princípio sagrado das regras do património. É preciso saber que o monumento está acima da musealização. O espaço em si já é objecto de musealização», alerta. «Pode lá não ter nada, o vazio das suas salas vale por si», defende.

José Afonso vinca ainda que é a musealização que tem de se submeter ao monumento e não o monumento à musealização. "É aquilo que querem fazer e eu acho que isso é uma inversão absoluta dos valores e das regras".

17 julho, 2008

OBVIAMENTE...RENÚNCIO!


Depois de todas as peripécias, um tanto ou quanto sombrias, ocorridas no processo de escolha da equipe candidata às últimas eleições autárquicas, que originaram uma posição da minha parte em defesa de todos os Militantes do PSD.

Depois do vexame a que fui sujeito pelo Senhor Presidente da Comissão Politica Concelhia de Vilar Formoso do Partido Social Democrata, incluindo uma tentativa de agressão da sua parte, quando cumpria o meu dever de militante nas últimas eleições para o Presidente do Partido.

Depois de recorrer do facto para o Presidente da Assembleia da Secção de Vilar Formoso do PSD, não tendo reciprocidade nem tentativa da sua parte para resolver estes factos que são graves, limitando-se a enviar-me uma carta a informar-me que tinha ouvido o dito senhor.

Depois de recorrer ainda para o Conselho de Jurisdição Distrital do PSD da Guarda, sobre os factos ocorridos, não obtendo qualquer resposta.

Depois ainda de ter dado conhecimento à Comissão Politica Distrital do PSD da Guarda sobre todos os factos ocorridos e supracitados, mais uma vez sem receber qualquer resposta.

Obviamente não me resta outra atitude que não seja a minha renúncia de Militante do Partido Social Democrata.

Esta atitude surge depois de ter feito todos os esforços, como acima referi, para que este processo fosse resolvido dentro do PSD, de forma a defender o bom nome do mesmo. Tal atitude não foi assim entendida pelos actuais senhores detentores do poder no Concelho de Almeida e no Distrito da Guarda. Só me resta então, e em defesa da minha dignidade, abandonar,com muita pena e até mágoa, o Partido Social Democrata.

Aos Militantes Sociais Democratas do Concelho de Almeida vai o meu abraço e reconhecimento pela forma como sempre fui acarinhado e respeitado.


João Neves

05 julho, 2008

Nulidade......para quem?

No passado dia 29 de Junho no canal 1 da RTP, após o Telejornal das 20 horas, tivemos mais um momento do Prof. Marcelo Rebelo de Sousa.
Sempre que possível, procuro ouvi-lo.
Desta vez, conseguiu surpreender-me negativamente a determinada altura da sua intervenção.
Referindo-se ao actual Ministro da Agricultura, classificou-o negativamente, chegando ao ponto de afirmar que era uma “nulidade”.
Não satisfeito com a afirmação, ainda esclareceu o significado da palavra que empregou no âmbito do mundo universitário.
Para nós comuns cidadãos deste país, nulidade, é sinónimo de falta de aptidão ou talento, insignificância, ninharia, pessoa que não tem mérito nenhum, entre outras coisas.
Com todo o respeito que me merece o Prof. Marcelo e as suas opiniões, devo dizer que neste caso não concordo nem subscrevo a ideia.
O Ministro da Agricultura, é ainda hoje o cidadão Jaime de Jesus Lopes Silva, Almeidense e de quem sou amigo desde os tempos de escola primária e do Externato Frei Bernardo de Brito (anos 60).
O Jaime (como era conhecido entre os amigos), sempre foi uma pessoa educada, respeitadora e acima de tudo um aluno exemplar. Já nessa altura sobressaía em relação aos demais, e por isso chegou onde chegou.
Não havendo outras, esta razão é mais do suficiente para não reconhecer ao Prof. Marcelo capacidade de análise em relação a uma pessoa, com a qual certamente nunca terá falado e muito menos convivido.
Nós, Almeidenses, devemos estar orgulhosos pelo facto de podermos contar com um conterrâneo num cargo político tão importante quanto o de Ministro. Mas não devemos sentir esse estado de alma, só pelo Jaime. Devemos sentir o mesmo pelo facto de o actual Procurador-geral da República ser também cidadão deste concelho. E que dizer do Prof. Eduardo Lourenço?
Nulidade, não se pode dizer que seja uma palavra forte ou fraca.
Vale o que vale no contexto em que for inserida.
E neste caso depreendo que foi proferida como classificação política.
Analisando a área em que nos envolvemos, ou seja a Europa, verificamos que muitos dos países que hoje fazem parte do global, incluindo alguns provenientes da antiga Europa de Leste, os seus cidadãos vivem em melhores condições do que nós portugueses.
Recentemente a OCDE classificou Portugal num dos lugares últimos de uma tabela.
Não bastando isto, o Primeiro Ministro afirmou recentemente numa entrevista também ao canal 1 da RTP que o abrandamento económico que se verifica actualmente, deve levar-nos a sentir maiores dificuldades nos próximos anos.
Para mim, é uma preocupação muito grande pelo facto de vir de quem vem. Não me esqueço que José Sócrates, sempre foi uma pessoa optimista e afirmava aos quatro ventos que o País estava numa recuperação jamais vista nos últimos anos. Lá está o velho lema dos políticos, o que hoje é verdade, amanhã pode ser mentira.
Enfim…
Mas esta situação arrasta-se de há uns anos a esta parte.
Hoje estão uns no poder, amanhã estão outros, e quando se substituem arranjam sempre uns lugarezitos em empresas com ou sem comparticipação estatal.
Com o aproximar das próximas eleições, no PPD/PSD já se estão a perfilhar os da “velha guarda” para consegui um lugar ao Sol.
Será que vamos voltar ao mesmo? E nós cidadãos comuns, a ver passar o futuro ao lado.
Então, pegando na palavra do Prof. Marcelo, “nulidade”, pergunto se não se poderá aplicar a quase todos os políticos que até hoje tiveram responsabilidades governativas.
Ou então, porque não, a todos nós quantos já votamos nesses políticos. Sim, porque perante a incapacidade qualitativa de melhorar o País à semelhança dos europeus, deveríamos era “correr” com esta classe política.

Para terminar, vou deixar aqui uma sugestão.

De forma a contrariar a ideia do Prof. Marcelo, e como forma de nos solidarizarmos com o Ministro Almeidense Jaime Silva, demonstrando-lhe o nosso sentimento fraterno, porque não endereçar um convite ao Sr. Ministro para uma visita oficial à sua terra? Porque não a convocação de uma Assembleia Municipal extraordinária, órgão máximo do concelho, para o receber e demonstrar-lhe que independentemente da cor política a que cada um de nós possa estar ligado, no que diz respeito ao concelho de Almeida e aos Almeidenses espalhados por aí, estamos todos solidários e coesos.
Atenção, que as eleições ainda não estão à porta, por isso não se corre o risco de colagem política.
Que se faça luz sobre algumas mentes……