
No passado sabado decorreu no Auditório da Câmara Municipal da Guarda, o lançamento público do livro do autor Mário Martinho, cujo título é precisamente o mesmo deste espaço.
Foi com agrado que se pode observar a quantidade de gente que encheu quase por completo aquele espaço físico.
Mais agrado ainda, quando uma maioria significativa dos presentes, pertencia ao concelho donde o autor é natural, de Almeida.
Agrado também pelo facto de haver muita gente jovem a assistir ao evento.
Programado o início para as 17 horas, o começo teve lugar 35 minutos depois.
Após uma intervenção curta mas concisa do representante da editora, a apresentação detalhada do livro,esteve a cargo de um grande homem deste distrito, cujo grau de cultura,de humanismo,de simplicidade e de honestidade são inquestionáveis, Prof. Dr. António José Dias de Almeida.
Muito me honra ainda hoje, ter sido seu aluno.
A audição foi seguida pelos presentes com uma atenção exemplar e a prova do suspense criado pelo prelector foi o facto de no final, a maioria das pessoas ter adquirido um exemplar com direito a dedicatória pelo autor.
Em todo este envolvimento, apenas três pontos negativos, que em nada têm a ver com a organização do evento, que também merece nota positiva.
A representação da Câmara Municipal de Almeida,concelho do autor,apenas vi os dois Vereadores da oposição.Não foi politicamente correcto o Sr. Presidente da Câmara não estar presente, ou pelo menos fazer-se representar por alguém de direito.Admito que houvesse outros compromissos, e quero acreditar que sim, já que não me passa pela ideia que a ausência fosse motivada por outras vertentes.
Um segundo motivo desagradabílissimo em toda esta questão,e que pessoalmente considero muito grave,prende-se com o facto de quase para a mesma hora estar marcada uma reunião da Assembleia de Freguesia da Freineda, terra natal do autor.Houve o bom senso de alguém deste órgão, ter dado um esclarecimento ao autor, mas não deixa de ser uma atitude a analisar por quem de direito.
Uma terceira questão menos agradável foi o facto de a Câmara Municipal da Guarda ter disponibilizado o espaço,mas também não se ter feito representar na cerimónia.
Enfim,parece que a cultura,uma vez tratar-se de um acto desta índole,ainda é algo que é fundamental enraizar em certas e determinadas pessoas.
Errar é humano.
O que é fundamental, é aprender com esses erros, e no futuro não voltar a suceder o que sucedeu sabado dia 29.
José Augusto Marques.
31 de Dezembro de 2007 16:38