12 agosto, 2008

EUROPA virada a Sul

A discussão sobre os mais variados sistemas de energia para uso caseiro, tem levado muita gente a emitir opiniões para variadíssimos gostos.
Na reunião do passado mês da União para o Mediterrâneo, o presidente francês Nicholas Sarkozy, lançou para discussão com fortes probabilidades de ter pernas para andar a possibilidade de uma vez por todas, se resolver a questão energética para toda a Europa.
A ideia de um grupo de cientistas, é a de construir no maior deserto quente do mundo, uma quinta de painéis solares capazes de gerar energia suficiente para abastecer toda a Europa.
Desde logo Nicholas Sarkozy e Gordon Brown decidiram apoiar publicamente este projecto, considerando esta ideia a melhor forma de responder aos críticos que dizem que a urgência de uma solução não permite soluções de carácter solar ou eólico.
Os mesmos cientistas afirmam que a recolha de raios solares em células fotovoltaicas é três vezes mais produtiva no deserto do Sahara do que no norte da Europa.
Outro especialista na matéria e funcionário do Instituto para a Energia da Comissão Europeia, Arnulf Jaeger-Walden, afirmou no fórum de abertura da Eurociência em Barcelona que basta apenas uma captação de 0,3% da luz solar do deserto do Sahara e Médio Oriente, para permitir um abastecimento a toda a Europa.
Diga-se que o espaço necessário para essa captação pode ser um pouco menos do que a área do País de Gales na velha Inglaterra.
A construção do parque solar terá um custo aproximado de 450 mil milhões de euros por ano, até 2050.
Nessa altura, a produção estimada daquela que poderá ser a maior quinta solar do mundo, é de 100 gigawatts de energia. O maior gerador nuclear só produz um máximo de 3 gigawatts.
A Greenpeace sempre atenta a estas coisas, já deu o seu aval.
O Instituto para a Energia da Comissão Europeia está fortemente empenhado neste projecto e procura reunir esforços de toda a Europa, de forma a conseguir-se este objectivo.
Esta solução poderia até ao ano de 2020, reduzir o consumo de energia em 20% e acabar com a dependência do petróleo.
Naturalmente que não será fácil este trabalho em função dos grandes interesses instalados.
Como a questão do nuclear foi recentemente abordada neste pequeno país, ainda que muito superficial e sinteticamente por dois políticos portugueses, valerá talvez a pena deixar aqui este post, à consideração.
Sendo a esperança a última a morrer, aguardemos por ela em prol da vivência do futuro dos nossos descendentes.


3 comentários:

  1. Olá amigo Zé

    Gostei deste tema. É interessante.
    Devemos pensar um pouco mais nesta situação. Oxalá os políticos mais experientes e responsáveis sintam a necessidade de lutar pela defesa da Humanidade.

    um abraço.

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  2. Como diria um grande Senhor da cultura portuguesa,"...se bem me lembro...”, a Assembleia Municipal de Almeida, ainda no mandato do Dr. Costa Reis, aprovou um protocolo com vista à instalação de energia eólica no nosso concelho.
    Estranhamente, nunca mais se falou no "assunto".
    Ou serei eu que estarei enganado?

    Foi pena terem apagado todas as actas publicadas no anterior site da Câmara Municipal, pois assim poderiamos tirar dúvidas.


    João Neves

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  3. Eu gostava que esta U.E. se voltasse para si própria, fizesse uma auto análise séria e exaustiva, e visse as assimetrias que ela própria entre os seus Estados membros.
    Virada para Sul!?. Por favor tenham "dó" e, não confundam mais ...

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