28 outubro, 2011

Orçamento de Estado 2012 -Câmara de Almeida com endividamento excessivo

"Sem terem aumentado a dívida pública, de repente 103 autarquias com as contas em ordem ficaram em incumprimento. Significa que em 2012 terão de pagar faturas adicionais, com que não contavam.

Para o fazerem, esses municípios terão de subtrair a verba a outros fins. E caso o não façam, o poder central cortará no ano seguinte a transferência de montante equivalente.
As Câmaras agora no vermelho juntam-se às 76 que já estavam acima dos limites de endividamento - e por lá vão continuar, mas com mais encargos por liquidar.
Tudo acontece por causa do Orçamento do Estado para o próximo ano, que fixa novo limite ao endividamento das autarquias: passou de 125% do montante de um conjunto de receitas (entre elas impostos municipais e transferências do Fundo de Equilíbrio Financeiro) para 62,5% desse total.


Municípios em endividamento excessivo por causa do OE de 2012


Albufeira, Alcochete, Aljustrel, Almeida, Alvaiázere, Amares, Angra do Heroísmo, Arcos de Valdevez, Arganil, Arraiolos, Arruda dos Vinhos, Avis, Azambuja, Barcelos, Barrancos, Barreiro, Beja, Bombarral, Cabeceiras de Basto, Câmara de Lobos, Caminha, Cantanhede, Carrazeda de Ansiães, Castro Daire, Chamusca, Chaves, Entroncamento, Estarreja, Estremoz, Évora, Ferreira do Alentejo, Ferreira do Zêzere, Funchal, Golegã, Gondomar, Gouveia, Grândola, Guarda, Horta, Lagos, Lisboa, Lousã, Madalena, Maia, Manteigas, Mértola, Mira, Miranda do Corvo, Moita, Monção, Monforte, Nisa, Óbidos, Odivelas, Olhão, Oliveira de Frades, Oliveira do Bairro, Ourém, Palmela, Paredes de Coura, Penafiel, Penela, Peniche, Peso da Régua, Pinhel, Ponta do Sol, Ponte da Barca, Porto de Mós, Porto Moniz, Póvoa de Lanhoso, Póvoa de Varzim, Ribeira de Pena, Rio Maior, Sabugal, Santa Maria da Feira, Santa Marta de Penaguião, Santarém, Santiago do Cacém, São João da Pesqueira, São Pedro do Sul, Santiago do Cacém, Serpa, Sertã, Sesimbra, Setúbal, Silves, Sobral de Monte Agraço, Soure, Sousel, Tomar, Valença, Valpaços, Velas, Vidigueira, Vila de Rei, Vila do Bispo, Vila do Conde, Vila Nova de Cerveira, Vila Nova de Famalicão, Vila Nova de Paiva, Vila Praia da Vitória, Vila Real de Santo António, Vila Verde e Vila Viçosa."...

in Expresso - 28.10.2011

link:
http://aeiou.expresso.pt/orcamento-do-estado-atira-103-camaras-para-o-vermelho=f682854

6 comentários:

  1. Como é que era o slogan para as autárquicas em Almeida?... Qualquer coisa como "Manter o Rumo" e "Se não for... Quem cuidará de nós?" Aí está a resposta. Só quem andasse distraído é que não via há muito tempo para onde se caminhava.

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  2. "...Só quem andasse distraido é que não via há muito tempo para onde se caminhava..."
    Completamente de acordo. Mas desconfio, será do meu mau feitio, que isso do andar distraido não é defeito mas feitio.Valha-nos aqui na nossa paroquia, não se poder recorrer, quando dá mais jeito, ao passado porque aqui não foi presidente de camâra o bandido do "Socrates", nem o partido dos gays "P. socialista".
    Assim, resta-nos esperar que os esqueletos começem a sair dos armários...

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  3. Maria Clarinda Moreira6 de novembro de 2011 às 09:52

    DECLARAÇÃO- antes da Ordem dos Trabalhos da AM 26.09.2011
    Lamento o acidente sofrido pelo Presidente da Câmara, expressando votos de completo restabelecimento, lamentando ainda a sua ausência nesta Assembleia decorrente desse infortúnio. No entanto, tenho também a lamentar a sua postura de prepotência que, conforme verifiquei recentemente aquando da Recriação Histórica de Almeida de 2011, mantém uma obra editada com dinheiros públicos vedada ao conhecimento dos interessados através do armazenamento de ca. de 1500 exemplares, por não querer ver admitido o reconhecimento do autor na sua totalidade. Refiro-me à obra “Las fortificaciones de la Raya – La Prueba de Fuego”, do Eng. Ángel de Luis Calabuig, como precisamente há um ano trouxe conhecimento a esta Assembleia.
    Lamento ainda que essa forma de actuação dê cobertura e autoridade a um consultor contratado pela C.M.A., o Arq. João Campos, para molestar os convidados do município no último seminário da Recriação Histórica, gritando com o próprio autor, e fazendo-se ouvir por todos os presentes próximos, no final de uma das sessões, que a pessoa com quem (Eng. Ángel de Luis Calabuig) estivera a conversar por breves instantes “era responsável pela não continuação de colaboração científica” referindo-se despropositadamente à signatária desta declaração.
    Os factos não são verdadeiros como bem o demonstra a utilização da imagem de capa deliberadamente igual para iludir a procura da edição anterior – o que foi ditado pela coordenação da revista CEAMA, sob responsabilidade do próprio Arq. João Campos. Além dos factos não corresponderem à verdade, colocam o município numa situação embaraçosa e nada digna. Um município que deposita tanta confiança num consultor que decide afrontar quem entende e quando entende, desvirtuando factos e deixando convidados em situação constrangedora, não merece credibilidade nem grangeia respeito.
    Por outro lado, é o mesmo município que mantém uma edição engavetada, impedida de venda, o que, além de constituir um acto de censura e repressão recordando tempos julgados sanados pelo governo democrático, é um acto de má gestão financeira de dinheiro público.
    Cometendo estas atrocidades e dando cobertura a outras de índole relacionada, como esta que se verificou recentemente, Almeida dá passos directos para o alçapão da total incredulidade – com a agravante de sermos nós – contribuintes pagantes e constantemente depenados a ter de pagar por este tipo de desvario e para vergonha dos membros desta Assembleia se nada fazem para pôr cobro a este tipo de situação.
    Almeida, 26.09.2011 M. Clarinda Moreira

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  4. Maria Clarinda Moreira6 de novembro de 2011 às 09:53

    DECLARAÇÃO DE VOTO relativo a pedido de empréstimo bancário

    Enquanto puder observar o erário público a ser desbaratado, nomeadamente em paletes de granito, em obras não urgentes e mal pensadas, que não representam qualquer incentivo ao desenvolvimento económico do concelho e são ainda lesivas e descaracterizadoras do Património Histórico; enquanto o poder executivo local insiste em apregoar que não perderá nenhum fundo comunitário para continuar a fazer obras desse teor, sem medir bem o esforço financeiro e a sangria dos valores não comparticipados que o Estado Português, ou seja, nós os contribuintes, terá de continuar a suportar, NÃO contarão com o meu voto favorável a um pedido de empréstimo para resolução de problemas de tesouraria.

    Os problemas de tesouraria previnem-se com uma gestão adequada aos recursos que se possui. É isso que nos está a ser pedido – e imposto com grandes dificuldades para todos nós. Não vamos contribuir para o descalabro financeiro dos pedidos de empréstimo bancário que as gerações presentes e futuras terão de liquidar.

    26.09.2011

    M. Clarinda Moreira

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  5. Em época de Natal aqui fica uma sugestão para o executivo camarário relativamente à obra “Las fortificaciones de la Raya – La Prueba de Fuego”, do Eng. Ángel de Luis Calabuig, «que se mantém como uma edição engavetada, impedida de venda, o que, além de constituir um acto de censura e repressão recordando tempos julgados sanados pelo governo democrático, é um acto de má gestão financeira de dinheiro público.» Há muita gente que certamente teria interesse nessa obra! Alguns desconhecem as razões de estar ainda encaixotada aguardando não se sabe qual destino. Alguns não estão interessados nisso, pois o valor da obra certamente ultrapassa essa questão. O Inverno por estes lados é húmido e frio, e não vão os caixotes ganhar humidade! Porque não, já que o dinheiro está gasto, colocar a obra, neste Natal, de modo gratuíto à disposição do público leitor! Pelo menos, assim, seria dado destino à obra e o investimento financeiro não cairia completamente em saco roto!

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