02 outubro, 2008

E DEMOS CABO DO MUNDO!

Em crónica publicada no Jornal de Notícias de 09.05.2007, o escritor Manuel António Pina recorda ler na escola o seguinte epigrama de Bocage:

Arrimado às duas portas,
Pingue boticário estava.
E brandamente acenou
A um doutor que passava.

Mal que chega o bom Galeno
Diz o outro com ar jucundo:
Unamo-nos, meu doutor,
E demos cabo do Mundo!

Propondo o autor dessa crónica, que se substituísse “boticário” por “autarca” e “doutor” por “arquitecto”, obter-se-ia (cita-se):

um panorama mais-que-perfeito do que acontece hoje em muitas cidades. A mistura explosiva de voluntarismo e ignorância de autarcas com o voluntarismo e arrogância de alguns arquitectos tem vindo a destruir a memória e ‘espírito do lugar’ de numerosos centros históricos”.



Precisamente temendo que o erro ilustrado nestes versos jocosos de Bocage pudesse acontecer em Almeida perante os sinais notórios de aparecimento de um “contentor de obras” na Praça da Liberdade, junto à Câmara, bem como uma reconfiguração de um buraco anteriormente feito na muralha, no qual se investia sem uma efectiva mais-valia de adequação dessa entrada a um centro histórico como o de Almeida, foi escrito e entregue, no final desse mesmo mês de Maio de 2007, um memorando de apelo ao Executivo para parar e reflectir, antes de mais, sobre as verdadeiras necessidades desta vila.


A resposta, tardia, veio embrulhada num convite, com elogios à mistura, de continuação de colaboração “à distância sem interferência neste grupo de trabalho” no qual tinha sido instada a participar, pelo qual dera a cara, procurando cativar todas as sinergias de amigos e estudiosos dedicados a Almeida.

A decepção de ver um executivo que prometia um dinamismo “comprometido com todos” a tomar esta opção de marginalizar qualquer tentativa de contestação, fazendo concessões unilaterais a arquitectos, foi tão profunda que não houve outra saída senão recusar o indigno ‘convite’ e afastar-me dessa colaboração com Almeida.


Mais de um ano depois, com outras advertências pelo meio perante mais evidências de autismo, tive oportunidade de comprovar nestes últimos workshops que a arrogância não apenas se manteve como ainda se acentuou.

E que o voluntarismo troante apenas confirmou um fraco servilismo, pronto a persistir (e pagar!) mais disparates.


Por essa determinação de destruição da memória e ‘espírito do lugar’ de Almeida, tenho que reconhecer que, afinal, uns e outros se tornaram autênticos merecedores da ironia dos versos de Bocage:

Unamo-nos, meu doutor,
E demos cabo do Mundo!


Um Mundo de potencial, que ainda mal despontado estava, logo se procurou atrofiar, dando prioridade à aplicação de mezinhas à toa que, venham de “boticário” ou de “doutor”, afinal não passam mesmo de banha-da-cobra… que se pretende alastrar a outros lugares do concelho de Almeida.

Com que objectivos? Cabe aos munícipes julgar!

Maria Clarinda Moreira

14 comentários:

  1. Ainda bem que estes autarcas não estão a gerir património em Atenas, na Acrópole, nem em Roma, nas termas de Caracala ou o Coliseu, nem na Muralha da China, em Éfeso, etc. Senão era mais uma fonte, um calhau à João Antero, uma pirâmide ferrugenta, um papa em tamanho natural no meio duma rotunda.
    Almeida é daqueles lugares que não necessita de obras adicionais, está lá tudo. Em cada canto é visível a riqueza histórica daquele lugar, aquele pôr-do-sol é fantástico! Aquelas muralhas permitem-nos viajar no tempo. Conselho : Poupem-nos e pensem na geração seguinte que vai certamente condenar tanta ignorância. Preocupem-se com a PRESERVAÇÃO DO PATRIMÓNIO EXISTENTE. Isso sim seria uma atitude responsável...

    ResponderExcluir
  2. É incontornável menos boa a gestão que está ainda a ser feita no Municipio de Almeida, aos mais diversos níveis com especial realce para a "falta de carinho e sensibilidade" para com o Património Histórico do Concelho e nomeadamente do da Vila de Almeida.
    É incontornável que existem pessoas que chegadas ao Poder Local Democrático, pouco fazem uso desse item, e então concentram "ideias" e iniciativas(!?), arranjam "consultores"(!?), desfiguram o que deve ser a figura de actuação de um Autarca: seguro, sóbrio, mas sobretudo eficaz naquilo que de maior necessidade o Concelho tem.
    Será que a sistemática perda de População Residente, o sistemático aumento do envelhecimento da População Residente, a não fixação de pessoas, e actividades, quem passa, está, ou de vez em quando vê, o rico Património a ser molestado com recuperações (!?) no minimo de eficácia e acerto arquitectónico adequadas, com placas a perpetuar nomes de pessoas que ainda gerem o Municipio (esta então ...), "convivências" entre edificados antigos, e "coisas" de linhas direitas, como é exemplo maior o "mamarracho", continuado com aquelas pirâmidezinhas junto às portas de Sto. António, tudo acontece no Concelho Almeida, e mais acho do que muito acontece é porque é de alguma forma consentido, por algumas entidades do Estado Português, e também por falta de participação das pessoas abdicando de participarem na discussão daquilo que lhe s respeito, e dando assim de bandeira a "força"(??) aos sabedores do burgo.
    Já uma vez penso eu, deixei uma pergunta deste tipo:
    SENHORES MEMBROS DO EXECUTIVO DA CÂMARA MUNICIPAL DE ALMEIDA, acham que o Municipio de Almeida está a ser gerido em consonância com a sua História (onde englobo o vasto e rico Património), que acham da desertificação ou despovoamento (como queiram) do nosso Concelho, agravada(o) pelo novo surto de emigração, que acham da não fixação sustentada de actividades económicas que modifiquem o panorama económico do Concelho; enfim, que acham do Concelho de Almeida, para das "obras"(???) que tem deixado fazer?.
    O Concelho e os Almeidenses merecem mais mas sobretudo melhor gestão autárquica,; ah, até temos uma Equipa de Juvenis no Nacional da categoria e nem um campo relvado se tem, os Bombeiros têm as instalações que todos conhecemos, e etc..
    Com o máximo respeito, deixo dito: a continuar-se assim, que iremos contar ou mostrar aos vindouros, ou a quem nos pergunte quando passar ... ... algures?.

    ResponderExcluir
  3. Boa tarde!

    Estava hoje a tomar o pequeno Almoço quando preso a determinadas imagens que passavam na televisão, me apercebi de um edifício moderno junto de uma edificação antiga. As imagens eram relativas a Santiago de Compostela.
    Numa busca pela internet, percebi que esse edifício era o "Centro de Arte Comtemporânea de Santiago de Compostela" que fica junto a um convento, denominado convento de São Domingos, cujas origens arquitectónicas ainda existentes, remontam ao Séc. XIII.
    Para meu espanto, descobri que este novo edifício com linhas geométricas e contrastantes com o conjunto, foi construído por um português, o arqº. Siza Vieira.
    A semelhança deste edífício pelas suas linhas geométricas, pela utilização de pirâmides de vidro e pedra no seu terraço e miradouro, numa relação com os edifícios que se propõem contruir e algumas das intervenções realizadas em Almeida são impressionantes!!
    Será isto apenas uma tentativa de a galiza se aproximar ainda mais de Portugal ou será que alguns arquitectos, em Portugal, têm afinal como idolo e revelação de uma "verdade única" o tão falado arqº. Alvaro Siza?
    O mais interessante é que na procura de imagens na net não é possível encontrar claramente a relação entre o espaço moderno e o espaço antigo. Ora há imagens de o centro de arte comtemporânea ora apenas imagens do tal convento! E o conjunto, o que é feito dele? O que é feito da chamada quarta dimensão da arquitectura na relação de espaços? Será que não se percebe que uma coisa não funciona com a outra??
    Será que Almeida tem, para alguns, um complexo de afirmação? Quer Almeida rivalizar, tal como outras tantas terras, com polos arquitectónicos de arte contemporânea em seu centro histórico?. Mas Almeida é o quê? Como é que Almeida se vai definir no futuro? Como uma Praça de guerra abaluartada com uma evolução urbana que vai desde o medieval até ao séc. XIX, com muita história para contar, ou como mais um lugar moderno e chique possibilitado por um tipo de intervenção vulgar em qualquer cidade do mundo?
    Será que o esforço colectivo de centenas de pessoas, que permitiram a contrucção da fortaleza abaluartada de Almeida desde o Séc.XVII até ao Séc XIX, se pode sobrepôr a uma vontade individual, de um conjunto de personalidades que se lembraram de dotá-la deste tipo de intervenções, num conjunto de anos, no século XXI?
    Sendo uma terra de oportunidades, estará Almeida a favorecer ou a possibilitar a projecção de interesses individuais àqueles que deveriam ser colectivos e de interresse de cada um de nós?
    Será que os mesmos ainda não pensaram, ou não tiveram acesso à História, para perceber a sua condição de pequenez no mundo e que a sua presença ou passagem por Almeida será sempre inferior à própria história e grandeza de Almeida, mesmo que proventura Almeida viesse a desaparecer?

    Basta deste tipo de intervenções, basta deste tipo de políticas!
    O caminho de Almeida deve ser único, porque Almeida é única!.

    Só isso!

    ResponderExcluir
  4. MAIS UMA VEZ, aviso que comentários com insultos, palavrões, difamações de pessoas ou grupos não serão publicados.
    Este aviso é feito nesta altura, porque, e por exemplo, só no que diz respeito a este post, já foram rejeitados 8 (oito) comentários. Infelizmente, todos estes comentários rejeitados continham algum conteúdo ou ideias com valor para o debate em causa, mas porque continham termos menos próprios, não foram aceites. Entretanto, se os autores dos mesmos fizerem o favor de os alterar, extraindo os tais termos menos próprios, pois teremos todo o prazer em os publicar. Cá espero por eles.
    Podemos comentar o que entendermos, mas SEMPRE COM CORREÇÃO.

    Saudações.

    João Neves

    ResponderExcluir
  5. A minha forma democrática e de muitos outros felizmente, muito para além de convicções partidárias diferentes da minha, mas revelando-se sempre, levam-me a dizer o que penso, o que sei, o que aprendi, e o que falo com muitos, e quando algo que penso esteja menos bem e possa contribuir positivamente em prol do que está mal, antes de escrever com esferográfica ou caneta de aparo, ou directamente teclando no periférico chamado, teclado (peça importante de um equipamento informático), reflicto, e tento sómente passar para a escrita o que de mais interesse possa ter do pouco que sei.
    O Concelho de Almeida que ninguém duvide, é uma terra de oportunidades ... ainda não sustentadamente exploradas; primeiro (penso eu) desevolvimento e depois crescimento.
    Pequenez no Mundo é pensamento desses mesmos, dos pequenos sem visão de futuro e de cultura democrática, e que de uma forma avulsa vão desejando com a sua forma de estar, tornar os outros mais pequenos e com visão passageira do Concelho de Almeida; nunca quis nem quero, que o meu pensamento e forma de estar na sociedade seja ... único.
    Sem sombra de dúvida que o Concelho de Almeida e os Almeidenses, são maiores que a pequenez de alguns, que ... paciência, são assim mesmo.
    Eu não privo nem me privarei de ter opinião.
    Um sincero Bem Haja a TODOS os Almeidenses.

    ResponderExcluir
  6. Os Almeidenses sejam eles do lado de cá ou do de lá,têm mais do razão para não andar satisfeitos com a actual Câmara Municipal.
    Ouvi por aí dizer que já têm dívidas,algumas até de há uns meses. Se isto é verdade então temos todos que saber onde é que o dinheiro foi gasto.
    E isso de andarem a querer destruir a imagem que Almeida tem no Mundo, tem que parar de uma vez por todas, caso contrário ainda alguém vai ser chamado depois à responsabilidade por isso.

    Eu sou de cá.

    ResponderExcluir
  7. Houve um amigo que me chamou a atenção para consultar este blogue.
    Demorei algum tempo a ver todos os temas e a ler os comentários.
    Como sou amigo do Sr. Presidente da Câmara,e não o vou chamar de Toninho porque não me ficava bem,custou-me muito ler tudo o que li. Acreditei sempre que um dia depois de tantos anos ao lado do Dr. Reis,seria o seu delfim.
    Pergunto-me se as criticas são justificadas. Quis ver com os próprios olhos todos os "erros" que eram apontados. Visitei recentemente Almeida demoradamente.
    Na realidade existem obras que nunca deveriam ter passado do papel para o fisico. Então aquela casa junto à Câmara é de facto desprestigiante para quem autorizou a sua construção.
    Almeida tem um valor histórico incalculável. É preciso continuar a preservar e divulgar todo este património. Mas tirando uns arranjos urgentes nas muralhas como limpar as figueiras e negrilhos,não a devirtualizem mais,não lhe façam mais nada.
    Algo de errado deve ter sucedido para que o Sr. Presidente da Câmara assuma determinadas posturas. Para mudar estamos sempre a tempo. Qua assim suceda para bem de todos os Almeidenses e muito particularmente de Almeida.
    Acredito que não há ninguém no Mundo que queira mais a Almeida do que os seus próprios filhos.
    Ouça-mo-los.

    ResponderExcluir
  8. Fico muito contente por ver de novo uma senhora com amor por Almeida defender o que de melhor por cá temos.
    Também estou certa de que se a Té fosse viva,nada disto se estaria a passar. Que saudades nos deixou.
    Não consigo compreender a atitude de pessoas que com ela lidaram durante anos a fio e sabendo o que ela pensava de certas alminhas,hoje tenhamos que aguentar tanta ignorância e mau carácter.
    Almeida tem que ter gente que faça jus à sua vontade férrea de ser uma Vila histórica com pergaminhos.
    Se alguns homens,de críticos ferverosos passaram a peões de brega e se venderam por uns lugares para familiares e amigos,e outros acabam por falar mas sempre a olhar para o lado,então sejamos nós as mulheres de Almeida a levantar a voz e dizer: BASTA DE TANTA MALVADEZ!

    ALMA ATÉ ALMEIDA!!!!!

    ResponderExcluir
  9. Vim aqui só para dizer algumas verdades ao Senhor Presidente da Câmara de Almeida.
    Antes de mais, eu estive no Workshop e ouvi-o muito atentamente.Senhor Presidente, a democracia não existe só no acto de votar. A democracia não se pratica só nas duas semanas de campanha eleitoral. A Democracia vive-se no dia a dia. Pratica-se quando se ganha uma qualquer eleição e quando se perde essa mesma eleição.
    Os seus actos nestes anos de mandato, impondo o que lhe dá na real gana,sem consultar quem o elegeu para o poder, não demonstram espirito democratico.
    O seu discurso fleumático, cheio de sinais preocupantes ditatoriais, deixaram-me preocupado.
    O Senhor não pode receber das mãos de quem está agora a desprezar mais um voto de confiança.
    O Senhor vai perder, Senhor Presidente.
    Com essa postura só pode perder.

    Quanto aos Senhores Arquitectos que vivem não sei onde, não queiram usar Almeida para fazerem os seus curriculuns.
    Façam o favor de pegarem nas vossas estátuas, nos vossas obras primas, nas vossas maravilhas e levem-nas para a vossa terra, coloquem-nas nos vossos quintais ou onde quiserem. E façam um favor aos Almeidenses: vão-se embora e vão pregar a outras freguesias. Ainda não repararam que eles, os Almeidenses já estão fartos?

    Anónimo

    P.S. - João Neves, agora foi bem escrito. Não disse nenhuma asneira, mas que tive muita vontade tive. Abraço.

    ResponderExcluir
  10. Já mais do que uma vez vim a este espaço escrever algo e sempre acabei por chamar a atenção para um pequeno grande problema. Vejo muita gente contestar a pessoa A ou a B. Com ou sem razão, mas isso também não é significativo.
    Através dos média vemos muito político opositor ao Governo pedir a demissão do sr. Ministro tal e do qual. Até dá a impressão que mudando de Ministro se muda de política. Errado. A directriz é do Partido que sustenta o Governo e quem tem a responsabilidade máxima de coordenar as pessoas para a aplicação da política governativa é o Primeiro Ministro. Mas também não é pedindo a demissão deste que se consegue alterar o rumo dos acontecimentos. Só é possível isso,se nas próximas eleições votarmos num outro partido que não o do Governo.
    O mesmo se passa no que diz respeito às autarquias,embora aqui o problema seja um pouco diferente.
    Pelo menos no que se passa em Almeida,nota-se que o partido que sustenta o poder não é tido nem achado para qualquer assunto. Os dirigentes partidários são autênticos robots. São incapazes de dar um murro na mesa e dizer aos senhores autarcas que a sua actuação não está de acordo como interesse da política defendida pelo Partido. A não ser que entendam que está tudo bem e então de facto deixem andar o barco para a frente. E se assim é,então eu aqui mesmo peço desculpa por este meu pensamento.
    Mas atenção que já ouvi falar o sr. Presidente da Concelhia do PSD de Almeida e não me pareceu lá muito satisfeito com o que se está a passar e a forma como está a ser tratado.
    Ora a igualdade nas duas situações Governo/Autarquia,é o facto de os insatisfeitos poderem nas próximas eleições mudar o sentido de voto. Aí sim,vamos acertar as contas com as pessoas que pensando ser os donos e senhores do pensamento tratam os demais como ignorantes.
    Ah! Convém ir relembrando a todos que também temos que penalizar aqueles que ainda ontem se indignavam com os do poder,e hoje almoçam à mesma mesa e até lhes vão fazendo certos e determinados elogios. Esses,são sem sombra de dúvida os mais perigosos. É que tanto estão com uns como com outros. Eu chamo-lhes "pelintras".
    No próximo ano vamos ter 3 actos eleitorais. Se todos são importantes,há uns que são mais do que outros. Fazendo jus ao título deste espaço,entendo que as autárquicas são para nós Almeidenses,importantíssimas.
    Reflitamos,analisemos,comentemos e não tenhamos medo se assim o entendermos,de mudar o sentido do nosso voto.
    Para aqueles que pretendem fazer de nós,humildes cidadãos deste concelho,criados ou servos,não contem comigo.Serei vosso OPOSITOR.

    ResponderExcluir
  11. Eu gostaria de fazer aqui algumas perguntas, mesmo sabendo que a arrogância e a humildade da actual Câmara de Almeida não lhe deixa responder, a respeito ao tema deste post e do anterior e respeitante às agressões que estão a fazer ao nosso património:

    1 – Quem paga os livros e demais edições, cujo autor é o Sr. Arquitecto João Campos?

    2 – Quem paga esses novos mamarrachos das estatuetas que estão a fazer em quantidades
    e a espalhar por este Concelho?

    3 – Quem foram os projectistas, para além do Arquitecto Marujo,de todos estes mamarrachos, quem foi o autor do memorial aos mortos das invasões francesas e já agora qual foi a empresa fornecedora das pedras para estes mamarrachos todos?
    Será só coincidência?

    4 – Quantos mortos das Invasões Francesas estavam sepultados no local do Cemitério velho, local onde pretendem implantar o tal mausoléu?

    Não serão perguntas suficientes para que se exija a quem de direito uma investigação séria?

    Esperemos pela resposta.

    ResponderExcluir
  12. Vamos ser razoáveis...
    O acesso ao computador é uma evidência dos nossos dias!
    Há pessoas que passam horas em frente ao PC ficando sem tempo para sentir o sol, espreitar o mar ou simplesmente saborear uma simples refeição.
    Ficam porque o computador é um mundo e porque está sempre à mão e porque o mesmo não tem reacções é pacifico e acata quase tudo.
    Correm-se riscos que não quero enumerar antes lembrar que ao homem foi dada a razão e a emoção para que juntas se unissem em função do razoável.
    Por tudo isto são horas de deixar de rodeios e com a máxima seriedade nos centrarmos nos problemas efectivos duma povoação que sofre ataques sucessivos de arquitectura desajustada à sua condição de fortaleza antiga e esculturas idiotas despropositadas e de consequências desastrosas para um turismo que exige cada vez mais qualidade deixando a população cada vez mais só e envelhecida enganada e quase sem forças para lutar contra a maré.
    Sejamos razoáveis e deixemo-nos de lutinhas idiotas e poliquices baratas e façamos um esforço sério em função de uma ALMEIDA MELHOR!

    Tiago Madeira

    ResponderExcluir
  13. Eu também acho que as obras que a Câmara Municipal pretende realizar em Almeida, não têm nexo nenhum, não têm utilidade nenhuma e pelos vistos são contra a vontade do povo.
    Mas, também acho que não é caso de vida ou de morte, não é uma hecatombe que origine este alarmismo de alguns comentaristas.
    Eu penso que mentes alteradas, inquietas e com os nervos à flor da pele, não podem originar soluções correctas.
    Também penso que os autores do projecto e o Senhor Presidente da Câmara de Almeida não ganham nada em colocar o povo contra eles próprios. Têm que ter um pouco mais de humildade e ouvir o que diz a população, dos humildes. Porque não? A humildade fica sempre bem e é apanágio dos grandes líderes.

    Por fim penso que todos os Almeidenses, povo que sempre primou pela união, pelo bairrismo e pelo amor à sua terra, têm que se sentar a uma mesa e conversarem com calma, sem qualquer tipo de preconceito e chegarem a uma conclusão. O Povo de Almeida nunca precisou de ninguém para resolver os seus problemas, não será agora que o vai necessitar.
    Apelo pois ao Senhor Presidente da Câmara para conversar com esta gente.
    Apelo também aos Almeidenses que ponderem e conversem com o poder autárquico.
    Só assim é que toda esta gente, vizinhos da mesma Vila, muitos deles até familiares uns dos outros, poderão viver em paz e resolver os seus problemas com a devida calma.
    Almeida merece.
    Tem a palavra o líder politico deste Concelho: o Senhor Presidente Baptista Ribeiro, como homem de bem que é.

    Alma até Almeida

    ResponderExcluir
  14. Aprecio alguém que sempre acaba por deitar uma pouca de água na fervura para acalmar os ânimos.
    Mas daí até sentar as pessoas e procurar o diálogo,parece-me um passo demasiado agigantado para um dia ser realidade. Para que isso suceda é necessária a atitude democrática por parte das pessoas.Pelo menos de algumas.
    Quando se tomam posições como as assumidas no workshop, creio ser um pouco difícil um dia chegar a um entendimento. E se um dia isso se verificar,tenho a certeza de que será por interesse particular e nunca pelo colectivo. O que é pena.

    Um abraço para os verdadeiros Almeidenses.

    ResponderExcluir