08 março, 2011

CARNAVAL SEM MÁSCARAS


No seguimento do anterior post neste Fórum sobre as dificuldades de que o órgão da AM funcione de forma mais transparente, venho complementar os factos ocorridos numa sessão ordinária que motivaram entrega de declaração de voto por discordância do conteúdo da respectiva acta, excluída dos anexos, conforme aqui relatado. Lamento a pouca alternativa que resta, esgotadas que foram as tentativas de clarificar e apelar junto do Presidente da AM para que o assunto fosse tratado no âmbito da própria Assembleia, como seria de esperar numa situação normal. Preparem-se para a extensão do post, mas a apresentação sucinta serve de pasto a deturpações. E para isso, já basta! Só lê quem quer, mas que o façam com calma…

Os factos reportam-se a um livro da Colecção do Bicentenário da Guerra Peninsular, da autoria do Eng. Ángel de Luis Calabuig, intitulado “Las Fortificaciones de la Raya – La Prueba de Fuego”. A obra, fruto de vários anos de trabalho, foi oferecida ao município para publicação, o que aconteceu ainda durante o período em que a signatária colaborou com todo o entusiasmo numa série de iniciativas culturais, incluindo a coordenação dessa colecção.

Contudo, chegou ao seu conhecimento que a obra, lançada em 2007, apesar da procura, até pelo interesse acrescido de nuestros hermanos nela, não se encontra disponível, por alegados “erros de impressão”.



Estranhando o facto, por nunca ter recebido reclamação nesse sentido e sabendo que, a verificarem-se, a própria gráfica teria sido responsabilizada, o que também não acontecera, constatou que esta anomalia estava associada a uma outra que também lhe causara admiração: a fotografia da capa do livro fora repetida numa edição posterior de uma Revista CEAMA (nº2), em 2008, o que parecia indiciar que havia intencionalidade de fazer confundir a procura das publicações, já que não é normal para edições totalmente distintas da mesma instituição a escolha da mesma imagem para capa, antes o contrário, para acentuar a diferença de autores e conteúdos na mira de captar a atenção dos potenciais compradores e leitores.






Como documentos ilustrativos dessa inquirição sobre o livro não se encontrar à venda, sem razão válida tanto quanto se sabia, ainda que pago com dinheiros públicos, além da exibição das referidas obras, foi apresentada cópia do valor do orçamento e indicação de aprovação do mesmo no valor de 4.305,00 euros para 1.500 exemplares, consoante confirmação para execução.

Nenhum destes pormenores pareceu impressionar muito os presentes da AM, provavelmente achando muito normal que o seu Presidente mande publicar obras com dinheiros públicos e depois opte por não as colocar à venda se assim o entender, pois além de pouco habituados a qualquer contestação, quando ela surge, infalivelmente esperam que acabe pulverizada numa rajada de argumentos exaltados que procure descredibilizar a pessoa que levanta objecção.

Foi o que aconteceu nessa sessão de 30 de Setembro, onde a paciência da signatária em demonstrar as evidências esbarrou com a indiferença e incómodo do tempo roubado à ordem do dia normal, aliviada quando no período de resposta, em que o Presidente da CMA admitiu que o livro efectivamente não se encontra à venda por decisão sua, reforçando essa decisão com o argumento de que a signatária apenas pretendia “autoproclamar e arvorar” (sic) uma condição de que não correspondia à realidade pelo facto de naquela obra lhe ser feita menção como coordenadora dos serviços culturais da Câmara.

Baralhando os dados, o Presidente ignorou que a menção não fora feita pela própria mas pelo autor na sua página de “Agradecimientos" e, alertado disso, afirmou nem se recordar, que só tivera tempo de ver o livro no próprio dia do lançamento, ignorando ainda que a mesma apenas correspondia a uma fórmula de cortesia de um autor estrangeiro, grato pelo cuidado posto no acompanhamento técnico da edição da sua obra, tal como tivera ocasião de explicar por carta ao Presidente, quando este, num momento pós-colaboração, manifestara censura sobre esse pormenor, sem que alguma vez ocorresse à signatária que viesse a servir de motivo para que o livro não se encontrasse à venda…


Não satisfeito, foi ainda utilizada mais uma tentativa de rebaixamento, acrescentando o qualificativo de “moralmente pouco digno” para a referência em público do que chamou de “carta particular” enviada à signatária - quando a mesma lhe chegara assinada pelo próprio Presidente da CMA, em papel timbrado e correio registado, constituindo por isso uma afronta injuriosa e despropositada que apenas poderia visar o desvio de atenção do essencial da questão.

Essa situação intolerável, que já tivera repercussões em sessões anteriores, forçou a signatária a perguntar como se deveria classificar então a atitude do Presidente da CMA com semelhantes alegações, quando ele mesmo se prestara a entregar a carta da signatária a terceiros, essa sim pessoal, fazendo uso de uma advertência nela contida que preferiu ignorar, incluindo-se, bem como colaboradores próximos, num rol de testemunhas de acusação, em que se moveram para uma queixa-crime que o Tribunal de Almeida acabaria por mandar arquivar.

Instalada a confusão, decorrente do aceso do debate, o Presidente da AM não propiciou o esclarecimento da questão, cumprindo a ameaça de suspender a sessão, impedindo também a oportunidade de os presentes e os redactores da sessão compreenderem e redigirem devidamente a respectiva acta.

A retoma da reunião, após curto intervalo, seguiu a agenda prevista rotineira, procurando pôr uma pedra de silêncio em cima do assunto. O desfecho, com tais incidentes de deturpação constantes, mais sugere perseguição por alegadas motivações pessoais, como de resto convém à imagem junto dos mais fiéis acólitos, do que a legítima defesa da verdade perante as pessoas que confiaram o seu voto, o que deixa evidente que de pouco serve uma oposição que se vê rodeada de um muro de indiferença e de abnegado - ou forçado - sentido de acomodamento. Contudo, como não sou política de carreira, nem tenho ambições pessoais desse nível, e sempre dei a cara perante o povo de Almeida em tudo quanto colaborei de coração, mantenho-me de consciência tranquila e determinada a levantar a voz quando necessário para que atitudes deste jaez deixem de acontecer, sobretudo porque me envergonharia mais o silêncio do que afinal o cumprimento de um dever assumido.

Por isso, deixei passar o tempo e decidi expor ao Presidente da AM todos os factos, com conhecimento ao próprio Presidente da CMA, enviando-lhes carta pormenorizada e pedindo a sua intervenção para que um assunto tão vergonhoso fosse resolvido em Almeida, já que nenhuma obra paga com dinheiros públicos é “censurada” desta forma e impedida de chegar aos interessados, depois de ter sido um trabalho oferecido ao município por um autor dedicado.

Nenhum dos destinatários se dignou responder ou sequer reagir verbalmente a essa carta datada de 27.11.2010. Obviamente, o que transpareceu do episódio na versão da acta da AM não passa de uma caricatura, o que motivou a entrega da minha declaração de voto, justificativa da discordância da versão dos factos. Já no final da sessão de Dezembro inquirira o Presidente da AM sobre a recepção da minha carta, obtendo como resposta que “não tinha que o referir”. Agora, em Janeiro de 2011, foi o assumir de que essa declaração de voto, não iria ser publicada. Pois parece-me que é demasiada afronta seguida. Mesmo que entenda que a grande maioria dos almeidenses prefira dormir em cima do assunto, não me parece decente que um município, com tanta falta de recursos, deva tratar deste modo o investimento que é feito para o valorizar! E persuadida disso, entendo que o mínimo a fazer é não o permitir. Publico aqui, o que não posso ver tratado no órgão competente. Os almeidenses podem decidir ignorar na mesma. Mas a vergonha de uma enormidade de um acto de censura, capricho e desperdício de um investimento dedicado ao bem patrimonial comum, em pleno século XXI, após a extinção da Inquisição há séculos, ficará com quem o consente!



Maria Clarinda Moreira

10 comentários:

  1. "nenhuma obra paga com dinheiros públicos é “censurada” desta forma e impedida de chegar aos interessados, depois de ter sido um trabalho oferecido ao município por um autor dedicado."

    Depois de lêr atentamente, várias questões se devem pôr:

    - onde estão os 1.500 exemplares do livro que custou, dos nossos blosos 4.305,00 euros?
    - como é que ainda se permite tamanho despotismo da parte um eleito pelo povo?
    - a quem recorrer perante um caso destes?
    - e a oposição não existe?
    - qual o papel dos Membros Eleitos pelo Partido Socialista? será que se abstêm mais uma vêz? até quando?
    - será que o CDU ou os Membros Eleitos por esta coligação estão solidários com estas atitudes do Senhor Presidente da A.M. de Almeida?
    - será que não haverá mesmo nenhuma alternativa ao poder instalado nesta Autarquia?

    ...ou teremos que procurar outra fora do quadro politico-partidario vigente?
    ...e assim vai o nosso Concelho...cada vez mais pobre...cada vez mais triste...cada vez mais cinzento...

    João Neves

    ResponderExcluir
  2. "Quem vê caras não vê corações"

    ResponderExcluir
  3. Maria Clarinda Moreira10 de março de 2011 às 23:49

    PERANTE TODOS, O SENHOR PRESIDENTE DA AM, NA ÚLTIMA SESSÃO DE JANEIRO DE 2011, QUANDO INSTADO A RESPONDER SOBRE OS MOTIVOS DE SUPRESSÃO DA DECLARAÇÃO DE VOTO DA ACTA A ESTE PROPÓSITO, COMENTOU FINALMENTE A CARTA RECEBIDA, CONSIDERANDO-A “INQUALIFICÁVEL”. TRANSCREVO AQUI A PARTE FINAL, JÁ QUE A PRIMEIRA PARTE É SEMELHANTE AO RESUMO PUBLICADO NESTE POST, PERMITINDO QUE OS ALMEIDENSES POSSAM JULGAR POR SI O QUE É INQUALIFICÁVEL…
    “(…)
    Suspendendo assim a sessão sem permitir aos membros serem devidamente esclarecidos após os equívocos gerados pela contra-argumentação, mantendo por resolver a questão fulcral de não colocação à venda de uma obra publicada, com explicações pouco válidas perante a exposição minuciosa dos factos pela signatária, é actuar com prejuízo do município e ferir a credibilidade do bom funcionamento dos órgãos institucionais.

    Quanto à acusação de “utilização de questão particular”, ao contrário do que se procurou fazer passar, a contestação da signatária é ditada por firme convicção e indignação quanto a uma decisão que considera totalmente errada, lesiva e injusta. Para muitos a não colocação à venda de um livro pode, à primeira vista, parecer uma trivilialidade, mas essa atitude, bem como a justificação apresentada nessa sessão revestem-se de grave e profundo significado sobre a forma de procedimento dos representantes máximos do município:

    • O que foi pago, 4.305,00 euros de dinheiros públicos, não é um montante desprezível, sobretudo para um desfecho destes. Essa verba foi inutilmente gasta quando pelo menos poderia estar aplicada noutros sectores onde falta faz.
    • O orçamento, negociado de forma muito favorável por o conteúdo se ter revelado excedentário em relação às páginas inicialmente previstas sem prejuízo da sua qualidade, constituía uma oportunidade para um encaixe financeiro com a sua venda: é o único livro da Colecção do Bicentenário em língua espanhola abordando as fortificações de ambos os lados da Raia, com o que isso representa de interesse relativamente aos turistas e estudiosos vizinhos que visitam Almeida, o que o torna apelativo e procurado pelos dois lados da fronteira.

    (continua…)

    ResponderExcluir
  4. Maria Clarinda Moreira10 de março de 2011 às 23:54

    (continuação)

    • É uma inqualificável desconsideração e fonte de descrédito para o rumo que o município gosta de apregoar a sua aposta de política cultural, que um trabalho minucioso de anos, oferecido por um autor ao município, seja tratado desta forma: concebido como um livro comemorativo do Bicentenário, foi posto durante efeméride a um canto, escondido, impossível de ser divulgado, por um capricho inadmissível e sem fundamento apesar dos dinheiros públicos gastos na sua impressão.

    • As razões do Presidente da CMA para não o ter à venda revelam desconhecimento quanto aos procedimentos habituais em matéria de respeito pelo direito de autor: a rubrica em causa é assinada pelo autor, portanto da sua responsabilidade, além de que os motivos atidos não possuem qualquer razoabilidade.

    • A acusação de que a coordenadora de edição visava “autopromover arvorar” uma posição que não possuí, como justificação para impedimento de venda, demonstra ainda uma visão distorcida de “quem não é por mim é contra mim” que é necessário erradicar sob pena de manutenção de ambiente atrofiador de mentalidades e comportamentos. A diferença de opinião não deve ser motivo para retaliações deste tipo nem para desconsiderações tão graves, como as que se verificam nesta forma de fazer política. O trabalho foi conseguido com o melhor dos empenhos por todos os intervenientes e nenhum deles, especialmente o autor, que ofereceu o seu estudo, merecem um tratamento destes.

    Para concluir, o somatório de factos e o reiterado esforço de “apagamento” e distorção relativamente às intervenções da signatária na AM suscitam a seguinte reflexão: até um passado não muito distante, a signatária foi conotada como simpatizante e apoiante do executivo no poder, apesar de a sua vontade e especificidade, desde sempre, se terem restringido a limites da área da dinamização sócio-cultural, e nunca da esfera política. Nesse período de tempo, recusou epítetos de “Consultora”, “Comissária” e outros semelhantes, porque apenas desejava prestar, de forma discreta, alguma colaboração. A ruptura trouxe decepção, mas também uma consciência mais atenta e decidida quanto aos desvios daqueles que, por estarem no poder por vontade do povo, procedem como estando acima das próprias pessoas que as elegeram. O papel que cumpre agora à signatária como membro da Assembleia Municipal implica, entre outros, a responsabilidade de, se e quando existirem, criticar os desmandos de autoritarismo, distorção, desperdício e cinismo. Os factos aqui trazidos merecem essa denúncia e crítica. É isso que foi e está a ser feito. Nada mais.

    Por tudo isto, espera a signatária uma atitude mais cooperante por parte do Presidente da AM de forma que o assunto possa ser resolvido dentro do próprio município que criou esta situação, e não tenha o mesmo de ser levado a instâncias reguladoras superiores para que a obra em questão, paga com dinheiros públicos, não permaneça impedida de disponibilização ao público interessado, sem motivo que o justifique.

    Os melhores cumprimentos”,
    M. Clarinda Moreira

    ResponderExcluir
  5. Doutora Clarinda Moreira, permita que a considere como uma Joana d'Arc ou mesmo como a padeira de Aljubarrota.
    Ainda bem que há gente na assembleia municipal com a qualidade da senhora. Que falta lá faz outro amigo meu. Seriam debates maravilhosos.

    ResponderExcluir
  6. O que aqui é publicamente denunciado constitui um muito grave procedimento não só do Presidente da Câmara como do Presidente da Assembleia Municipal.
    Trata-se da violação das mais elementares regras da democracia, da liberdade de expressão e da boa administração dos dinheiros públicos, já para não falar nos princípios morais que atitudes deste tipo encerram: - É UMA VERGONHA!!!
    O que fazem os Almeidenses em geral e os que estão na Assembleia Municipal, em particular a este respeito? Se a Oposição não faz nada, mais valerá desistir e ir para casa, ou ir beber umas imperiais para o café mais próximo. Já que dos membros da AM da mesma cor política que a Câmara, pouco ou nada se espera além de uns améns, dormir umas sonecas e ir almoçar que se faz tarde.

    Almeida é bem o espelho da Nação: -não levantes ondas pois enquanto “ele” vai correndo é melhor assim…
    Enquanto isto, uns chamados dirigentes políticos, a troco de empregos a munícipes, familiares e amigos, vão fazendo o que querem na sua quinta.
    Ah, que saudade de Celestes Patananas que levantaram logo forquilhas em 1929 quando extinguiram a comarca da Vila de Almeida!... Em 2011, a maior parte dos Almeidenses vão-se deixando andar, permitindo que os políticos locais os tratem como labregos, pois até se dão ao luxo, por birra, de esconderem livros pagos com dinheiros públicos, numa atitude a lembrar o Índex ou uma Comissão de Censura para os acomodados munícipes.

    …E andou-se a fazer um 25 de Abril?!!!...

    Almeidense não bovino

    ResponderExcluir
  7. Fora do contexto, atrevo-me a publicar a seguinte noticia, esta sim devia estar na preocupação do Senhor Presidente da A.M. e do Executivo da Câmara Municipal...ou estarei enganado?...a ver vamos...

    "Futuro mapa autárquico pode ter menos mil freguesias

    Governo não exclui a hipótese de vir também a extinguir municípios ou a relocalizar outros


    Arranca amanhã, terça-feira, o debate público em torno da redução do número de freguesias em Lisboa, de 53 para 24, quando são já vários os municípios disponíveis para rever o mapa autárquico. O Governo aproveita a "embalagem" lançando, para já, sete debates até ao Verão.
    Dezasseis de Abril, na Universidade do Minho. É esta a data e o local marcado pelo Governo para dar o toque de partida do debate que servirá de base ao futuro regime legal de criação, fusão e extinção de freguesias e a uma reforma administrativa que vinha há muito sendo adiada e que António Costa, presidente da Câmara de Lisboa, tentou, em 2005, enquanto ministro da Administração Interna."

    Telma Roque

    Jornal de Noticias – 14/03/2011

    ResponderExcluir
  8. Entretanto assiste-se à complacência, quando não à subserviência, de uma oposição representada maioritáriamente pelo Partido Socialista que se limita a abster-se com receio que o seu eleitorado fuja.
    Assiste-se a um silêncio aberrante de um Partido Socialista que se limita a observar o que se vai passando ao seu redor...indiferente...esquecido das suas responsabilidades como oposição...esquecido das esperanças de mudança de um povo que em si votou.
    ...enfim...um Partido Socialista que nada diz, neste ou noutro sitio qualquer...talvez por não parecer serem da sua familia...um Partido fragmentado que ao fim de tantos anos de perder eleições atrás de eleições...ainda não aprendeu que fora do seu seio familiar também existe gente inteligente,capaz e com coragem...
    ...este espaço sempre esteve aberto à discussão livre, aberta, sem qualquer tipo de reservas...se existe uma oposição que se diz válida e necessária...não vejo onde nem para quê, pois mantém um silêncio...vergonhoso,desprestigiante e triste.
    Assim, apetece-me afirmar que felizmente nem o Almeida Forum muito menos os seus autores sofrem de qualquer doença contagiosa...
    ...enfim, Dra. Clarinda...se de um lado chove...do outro...nem isso...
    E assim vai o nosso Concelho...triste...cinzento e silencioso...por muitas festas e festinhas que se realizem...
    Enfim...vamos tendo alma...até Almeida...

    João Neves

    ResponderExcluir
  9. ...já agora...para quando a gravação das Assembleias Municipais...quem tem mêdo que as mesmas sejam gravadas?...pelo menos neste aspecto a Assembleia de Freguesia de Almeida está a demonstrar mais evolução.
    Acho que já é tempo de utilizar esta forma de registo que já nem se poderá afirmar seja de "novas tecnologias".
    Sugestão: não haverá por esta digna Assembleia Municipal um membro que se lembre de levar um pequeno gravador?...penso que ainda existem gravadores a preços muito convidativos...

    João Neves

    ResponderExcluir
  10. Considerando-me uma interessada no mundo da “net”, e nomeadamente com o que se passa na minha região, mais concretamente no meu concelho, devo dizer que sou visitante assídua deste blogue.

    Nunca postei nenhum comentário.
    Li, reli e voltei a ler o actual texto e outros relativamente ao mesmo teor, e acabei por me decidir a iniciar a minha escrita de comentarista neste espaço.
    Não sou porque nunca o fui, uma provocadora. Também não o serei aqui. Está no meu princípio de Mulher.

    Relativamente ao tema em questão só gostaria de acrescentar que não conheço pessoalmente as pessoas em causa, seja a autora do texto, sejam os visados.
    Como militante do Partido Social Democrata (PSD) devo dizer que estou um pouco surpreendida com o descrito. Não coloco em dúvida a(s) afirmação(ões) da autora. Sou capaz de entender a postura do Presidente da Assembleia Municipal. Não compreendo a decisão da Câmara Municipal em não colocar o livro à venda.

    A única afirmação que posso fazer com conhecimento de causa, até pelas minhas lides de pessoa envolvido na política, é que no PSD não é hábito atitudes destas. Além de serem contraproducentes, são decisões que em nada abonam em favor da Democracia e das pessoas que as tomam.
    Com decisões como a descrita, o, ou os responsáveis, não se credibilizam perante os seus próprios eleitores e opinião pública em geral, quando do conhecimento desta.

    Para finalizar, pergunto ainda qual será o pensamento do autor do livro perante tudo o que se está a passar? E o que pensarão também as pessoas que com ele colaboraram na sua feitura? Ainda por cima o autor é espanhol.

    Caberá a todos os elementos da Assembleia Municipal, pugnar para que este assunto se resolva o mais rápido possível, sensibilizando os responsáveis pela decisão final. Caso contrário, sempre existem órgãos competentes no PSD para apresentar um relatório sobre o assunto, de forma a que o partido possa colaborar no diálogo para a solução, em bem dos munícipes, do concelho, da região e finalmente da Democracia.
    Assim espero.

    Maria Esteves Pinto

    ResponderExcluir