24 julho, 2008

DIRECÇÃO REGIONAL DA CULTURA DESCONHECE INTERVENÇÃO NAS CASAMATAS DE ALMEIDA



Existem formas diversas de resolver problemas com origem em divergências de opinião. No entanto não tenhamos dúvidas que a via do diálogo é a que melhores resultados originará. Mas esse diálogo tem que ser encarado à partida com humildade, com respeito pelas opiniões dos antagonistas, muita prudência e sensatez. Não será tudo isto que terá faltado neste confronto entre a Câmara Municipal de Almeida e o IGESPAR?

Quem vai vencer este confronto? O actual executivo Câmarário? O IGESPAR? Quem será o vencedor?
Quem já estará a perder é Almeida...disso não tenho dúvidas nenhumas.
Lamento.

Ora leiam este artigo publicado no Jornal Terras da Beira.


Terras da Beira - Edição de 10-07-2008

Direcção Regional da Cultura desconhece a intervenção nas Casamatas de Almeida

A Direcção Regional de Cultura do Centro em Castelo Branco desconhece que tipo de intervenção é que está a ser feita nas Casamatas de Almeida, onde a autarquia quer instalar o Museu Militar. A instituição, a que está afecto aquele monumento, recebeu no ano passado um projecto de recuperação do espaço, que recebeu um parecer negativo e nunca mais voltou a receber qualquer outro.

O director dos serviços em Castelo Branco da Direcção Regional da Cultura do Centro, José Afonso, garante que aquele organismo «não tem a mínima responsabilidade em atrasos» relacionados com a instalação do Museu Militar nas Casamatas de Almeida.
O arquitecto prestou este esclarecimento ao TB depois do presidente da Câmara Municipal de Almeida, Batista Ribeiro, ter acusado aquele organismo de falta de resposta em relação a determinados aspectos daquele projecto, que a autarquia pretendia abrir ao público este mês.

José Afonso garante que a resposta ao projecto apresentado pela autarquia, em finais de Julho do ano passado, foi dada no dia seguinte.

O parecer a essa intervenção foi «negativo», como evidencia José Afonso e garante que não voltou a dar entrada nos serviços qualquer outro projecto para as Casamatas. «Sabem perfeitamente que o meu parecer foi negativo. O assunto foi a Conselho Consultivo que me deu razão», sustenta.
O dirigente da Direcção Regional de Cultura do Centro desconhece por isso que tipo de intervenção é que está a ser feita naquele monumento.

José Afonso diz estar «absolutamente convicto» da sua posição que defende «para bem do monumento».

De recordar que o presidente da Câmara Municipal de Almeida admitiu ao TB que tinha contornado os serviços de Castelo Branco e recorrido ao presidente do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR) para dar seguimento à obra de requalificação das Casamatas.

Mas para além do IGESPAR, as obras terão também de ter o aval da Direcção Regional de Cultura do Centro, instituição a que está afecta o monumento. «Não podem intervir sem o projecto vir à Direcção Regional da Cultura do Centro», assegura o arquitecto.
José Afonso entende que «o caminho que se está a seguir não só está a atrasar brutalmente todo este processo, como está a criar problemas».
Aquele responsável censura o percurso da obra de recuperação das Casamatas: «Começa-se com uma metodologia, depois salta-se para outra, contesta-se, faz-se outro projecto a meio... há qualquer coisa que não esté bem nisto. Até no meu ponto de vista de cidadão», sublinha.

O arquitecto entende que «neste clima [de acusações aos serviços de Castelo Branco] não se vai a lado nenhum. Temos de trabalhar em equipa. Não é por haver um projectista contratado pela Câmara que o parecer das entidades se vai alterar», avisa. José Afonso alerta que «há circuitos administrativos e competências» a cumprir.

O dirigente da Direcção Regional de Cultura volta a dizer que lhe «dói muito ver o monumento a ser molestado» e sublinha que a musealização «não pode, nem deve atentar contra o momento». «Esse é um princípio sagrado das regras do património. É preciso saber que o monumento está acima da musealização. O espaço em si já é objecto de musealização», alerta. «Pode lá não ter nada, o vazio das suas salas vale por si», defende.

José Afonso vinca ainda que é a musealização que tem de se submeter ao monumento e não o monumento à musealização. "É aquilo que querem fazer e eu acho que isso é uma inversão absoluta dos valores e das regras".

26 comentários:

  1. Esta novela do IGESPAR e da Câmara Municipal de Almeida,já está a ultrapassar os limites da razão.
    A Câmara acusa o IGESPAR e este acusa a Câmara.
    Alguém nesta contenda não tem razão, o que quer dizer que está a mentir.
    Há que apurar a verdade o mais rápido possível e depois de uma conclusão,aguardar a demissão voluntária de quem faltou à verdade.
    ALMEIDA é que não pode perder.

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  2. "...a via do diálogo é a que melhores resultados originará."; é uma verdade que perfilho em todos os campos em que haja necessidade de decisões mais abrangentes ou mais sensíveis (como é o caso)e já também o afirmei, que para este "caso" SÓ o diálogo, aberto, sério,inter partes, é que resolverá este assunto, senão andar-se-à no diz que disse, e depois aquilo não é bem assim, e uma panóplia de recíproca pseudo argumentação a fovor e contra, em suma, tempo perdido.
    Acredito que as partes envolvidas Câmara Municipal de Almeida e IGESPAR, sejam capazes de se sentarem à mesa, e discutirem nem que seja em dois dias para aferirem com calma todos os aspectos técnicos que estão em questão; daqui e como simples cidadão que gostaria de ver as Casmatas devidamente recuperadas e que estas querelas já quase nada me dizem, pois quer queiramos quer não, acho que haverá também (não sejamos inocentes)um pequeno braço de ferro político, o que não deveria acontecer; POR FAVOR, SR.PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE ALMEIDA, E SR. DIRECTOR REGIONAL DO IGESPAR (Castelo Branco) exorto-os a que na bonita Vila de Almeida, se sentem à mesa e de olhos nos olhos, resolvam a questão.

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  3. Eis uma afirmação do Terras da Beira:
    "De recordar que o presidente da Câmara Municipal de Almeida admitiu ao TB que tinha contornado os serviços de Castelo Branco e recorrido ao presidente do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR) para dar seguimento à obra de requalificação das Casamatas."

    Pergunto:
    Não foi a mesma pessoa que contornou a Comissão Politica Concelhia do PSD de Almeida para se afirmar como candidato à Câmara?

    Qual será a próxima?

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  4. Este folhetim entre a Câmara de Almeida e o IGESPAR,pelos vistos terá que durar mais alguns meses.
    Na realidade a candeia está completamente virada das avesas.
    Não me parece que a Câmara tenha razão na sua postura,até porque o seu Presidente conforme afirma o jornal TB,contornou Castelo Branco e foi directamente a Lisboa.
    As coisas entre instituições não se resolvem assim. Isto só demonstra uma falta de sensibilidade política e de desconhecimento das normas mínimas de convivência social.
    Certamente o sr. Presidente da Câmara não gostaria que nenhum dos seus Directores Administrativos o ultrapassa-se nas suas competências.
    Outra questão que pode surgir é o quanto já foi gasto entre todas estas tricas? Quantas idas a Lisboa e outros lugares já foram feitas por causa deste assunto? Quantas pessoas foram envolvidas? E o custo dessas pessoas para a autarquia?
    É nestas alturas que se nota a falta de alguém com experiência de vida,bom senso e cultura democrática para apaziguar um relacionamento institucional demasiado enfermo.

    A conclusão a tirar disto tudo até agora,é que é ALMEIDA,os Almeidenses e todo o seu património que está a perder.
    As perdas colectivas,as gafes institucionais,o delapidar de tudo o construído últimamente até agora,começam a ser demasiado para um concelho tão pequeno.
    Só temos uma posição que assumir, é dizer alto e bom som, BASTA,DEMITAM-SE!!!!

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  5. A gente ainda vai aguentando algumas coisas,mas os desastres começam a ser mais que evidentes.
    Só se pode encontrar uma palavra adequada a toda esta situação que é a incompetência.
    Mas quem votou neles estava à espera de quê?
    A arrogância do presidente aliada à inexperiência dos outros todos,só poderia terminar neste desgoverno absurdo.
    Qualquer dia vamos ter eleições.
    Espero que as pessoas se possam redimir.

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  6. "O arquitecto entende que «neste clima [de acusações aos serviços de Castelo Branco] não se vai a lado nenhum. Temos de trabalhar em equipa. Não é por haver um projectista contratado pela Câmara que o parecer das entidades se vai alterar», avisa. José Afonso alerta que «há circuitos administrativos e competências» a cumprir."
    Desculpem (não tinha lido com calma, a entrevista) mas, a ser assim, só reforço a ideia de que as pessoas de direito se sentem à mesa tão breve quanto possível; acho que até é uma exigência institucional de ambas as partes, face às responsabilidades que têm perante a hierarquia, e perante o universo de Eleitores (que, se calhar estes, quase nada saberão destes trocadilhos).
    Penso que, e reforçando a ideia básica do comentário anterior, é de que vivendo em Democracia, como é que ainda se passam estes "fenómenos"?. Assim sendo, como é que as pessoas no Séc. XXI (ano 2008) abdicam, de ter actos Democráticos, sejam eles quem forem?.
    Repito: uma jornada de trabalho séria e com vontade de conclusão, na Vila de Almeida, ainda que até em dois dias, acredito que resolveria o assunto ... definitivamente.

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  7. A "novela" aproxima-se do fim...e mais uma vez vamos ver como ficam aqueles que se fazem passar por paladinos da perfeição..talvez como ficaram com o folheto do "nós para vós" ou "vós para nós"...

    Para um pensamento equilibrado bastaria que se pensasse o seguinte: Será que o Sr. José Afonso gosta mais de Almeida do que os que são de cá? Será que o Sr. José Afonso defende mais Almeida do que o executivo de ALMEIDA?, espanta-me ver pessoas que tentam passar a ideia que o Sr, José Afonso quase que nem dorme por causa das casasmatas de Almeida e o Executivo a unica coisa que deseja é colocar dinamite nas casasmatas...talvez até em toda a muralha!!! Desculpem-me a expressão mas por vezes é deplorável ler opiniões que de sério nada têm...

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  8. Quando um assessor qualquer, com formação maior ou menor e pessoa respeitável e honesta, manda mais que o Presidente da Câmara, o resultado só pode ser este.
    Eu não tenho nada contra o Arquitecto João Campos, mas não pode pôr e dispor, ao seu belo prazer, do monumento da NOSSA TERRA como ele o faz. As funções de um assessor não são essas, as suas opiniões não podem ter força de lei. As funções de um assessor são de informar, aconselhar, alertar, dar opiniões, mas nunca substituir o executivo ou o seu Presidente, eleitos pelo Povo, nas suas deliberações.
    E já agora gostaria de colocar aqui um par de questões: quem paga os honorários do Senhor assessor da Câmara Municipal de Almeida, Arquitecto João Campos? E os livros por ele escritos sobre a Vila de Almeida, em exposição em lugares públicos, quem paga tudo isto? Não faço a mínima ideia, mas gostaria de saber!
    Por muito que este Senhor Arquitecto goste de Almeida, não tem o direito de fazer o que quer e o que lhe apetece da nossa terra.
    Se o Senhor Presidente da Câmara de Almeida não é capaz de lhe dizer tudo isto, pois o Povo de Almeida é: chega Senhor Arquitecto, o Senhor não manda em nossa casa.

    Um Almeidense (e não me identifico por motivos óbvios!)

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  9. Agora já começo a entender tudo.
    Com que então assessores!!!!!
    Senhor Presidente da Câmara de Almeida, o Senhor está a desiludir-me completamente.
    Por um lado não tem a humildade e o saber suficientes para reunir à sua volta os seus Companheiros de Partido que neste momento estão desavindos e uni-los outra vez, por outro lado deixa que alguém estranho ao Executivo da Câmara, estranho à nossa terra, decida a seu belo prazer. Quem diria!
    A não ser que comungue na perfeição com tudo o que esse Senhor assessor tem feito (isto sou eu a pensar alto!), e então já perceberia, caso contrário ficaria muito desiludido com o Presidente da Câmara de Almeida.

    Quero agradecer aos Proprietários deste blog o facto de o terem criado, prestarem este serviço informativo e permitirem este diálogo.

    Lamento que o Praça Alta se tenha “ausentado” dessas funções, mais parecendo um qualquer órgão informativo da autarquia local.

    J.C.C.G.

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  10. Os meus parabéns aos donos deste blog pelo trabalho que estão a prestar ao Povo do Concelho de Almeida.

    Não entendo a ausência do Senhor Mário Martinho e do Senhor Rui Brito, cujos escritos e opiniões eu gostava muito de ler e que, inexplicavelmente, deixaram de o fazer. Será que os Administradores do Almeida Fórum também já estão desavindos? Será que a ausência destes Senhores do blog tem como pano de fundo a demissão do João Neves de Militante do PSD?
    Se realmente estes Senhores andam também de candeias às avessas, lamento muito, pois o vosso (ou nosso?) Almeida Fórum já é a minha primeira leitura matinal, mesmo antes do meu jornal habitual.

    Para terminar esta minha primeira intervenção quero aqui repudiar a fraca ou mesmo nula intervenção dos partidos da oposição, principalmente o Partido Socialista. Afinal as pessoas que votaram em vós foi para quê?
    Nas próximas eleições vamos ajustar contas, pois pelo exemplo de inactividade e de nula intervenção e oposição ao poder que estão a dar, olhem, que fiquem lá estes pois pelo menos dão festas para os Almeidenses se divertirem (eu disse Almeidenses, não disse habitantes do Concelho de Almeida).

    Até à próxima.

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  11. Caro Anónimo anterior

    Estou atento a tudo o que diz respeito a Almeida e particularmente à salvaguarda do seu Património Histórico, o qual constitui elemento intrínseco da identidade e desenvolvimento económico e social dos Almeidenses.

    Infelizmente o mesmo está a sofrer rudes golpes, porventura irremediáveis, por parte das entidades decisoras, o que contribui cada vez mais para a destruição do conjunto monumental da Praça Forte.

    As minhas intervenções pretendem que essa acção de lesa e desvirtuação do Nosso Património, cessem e haja o bom senso de discutir todas as intervenções porventura julgadas convenientes, pelos cidadãos de Almeida. Naturalmente com recurso a equipas de peritos que possam visualizar todas as implicações que as propostas intervenção possam acarretar. De outro modo o Nosso(s) Monumento(s), estão à mercê de entidades que mal aconselhadas o(s) farão vulgarizar.

    Não destruam o que é uma jóia única e orgulho de todos nós! “De “boas” intenções está o inferno cheio”!

    PS
    Apesar de me encontrar neste momento bem longe de Portugal (vide último número da Praça Alta) não quis deixar de lhe responder.
    Cumprimentos

    Rui Brito da Fonseca

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  12. Ao anónimo de 25 de Julho às 21.11h.

    Sei que este espaço faz respeitar a educação e o bom senso por isso corro o risco do Sr. João não me editar este comentário não querendo dizer com isto que vou ser mal educado.

    Existe uma GRANDE diferença entre liberdade de expressão, democracia e a má fé, a falta de dignidade e a falsidade.

    Na vida social o pior que nos pode acontecer é apunhalarem-nos pelas costas, é termos no nosso seio companheiros da onça. Pessoalmente é me facil descobrir estas almas perdidas, almas que não conhecem o sigificado de palavras como fidelidade e orgulho pessoal, não pensem estas almas que são muito inteligentes e que são admiradas pelo que aqui escrevem. Mesmo os "inimigos politicos" do executivo não dão muito crédito a estas almas perdidas pois se um dia forem poder tambem sabem que estas mesmas almas poderão fazer exactamente o contrário.
    Para terminar não se deixem levar pelas insinuações asquerosas e caluniosas que esta alma perdida aqui deixou em relação ao arquitecto João Campos, o homem não anda aqui por dinheiro podemos não concordar com alguns trabalhos dele mas isso não dá o direito a que se ponha em causa a sua dignidade enquanto homem e profissional, não é qualquer pessoa que é consultor para a O.N.U.
    No fundo o comentário de dia 25 às 21.11h não passa de uma grande anedota mas com toques de malvadez.

    ANTÓNIO MANUEL ALBANO SOARES

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  13. Ao Sr. J.C.C.G:

    Opiniões todos nós somos livres de as ter. Agora afirmações que não correspondem à verdade é preciso ter cuidado ao proferi-las.
    Diz o Sr. que o "Praça Alta" se tem ausentado deste "assunto". Pura MENTIRA!!! Foi o Praça Alta que publicou uma entrevista com o Sr. Presidente da Câmara abordando toda a polémica que envolve o projecto das Casamatas e outros que se vêm desenvolvendo em Almeida.
    Foi o Praça Alta que publicou por exemplo artigos de opinião do Dr. Rui Brito (a quem desejo pessoalmente uma óptima estadia em Timor), criticando muitas das obras em curso em Almeida e apresentando soluções alternativas.
    É o Praça Alta que nunca vedou a ninguém, repito, ninguém, a explanação das suas opiniões sobre qualquer assunto que diga respeito ao concelho. É claro que para opinar no Praça Alta é condição necessária e primeira, a identificação de quem o faz. E isso, os "tais anónimos" se calhar não têm coragem para o fazer.
    Como o Sr. também diz, o Praça Alta é um órgão informativo e como tal "informa". Opinar sobre as informações publicadas cabe a todos que o queiram fazer. E gostava de ouvir alguém dizer que as suas opiniões não foram publicadas no Praça Alta.
    Diz o senhor, como alguns outros "iluminados" já fizeram, que o Praça Alta é orgão informativo da autarquia. Se isso significa publicitar as realizações dessa mesma autarquia, para conhecimento de TODOS os munícipes e ALMEIDENSES espalhados pelo País e pelo Mundo e onde chega o Praça Alta, pois então fico, pessoalmente, muito satisfeito por isso. Como fico satisfeito por ser o Praça Alta órgão de muitas Associações e mesmo particulares, cujas realizações também são publicadas.
    Podem é ter a certeza, pelo menos enquanto eu tiver algo a dizer sobre isso, que o Praça Alta não será "feudo único" de alguém ou de alguns, sejam "eles" quem forem.

    Já agora deixo o mail do Praça Alta, para que os que quiserem e tiverem coragem de expôr publicamente as suas opiniões o façam, respeitando, é claro, as normas previstas na Lei de Imprensa que o jornal tem que respeitar. Força... Ficamos à espera!!!

    pracaalta@gmail.com

    PS: os habituais anónimos, escusam de aparecer a comentar esta minha posição, sem apresentarem factos concretos e verdadeiros, pois apenas terão uma resposta - o silêncio.

    Armindo Pereira (CR34)

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  14. Não sejamos tolos. O arquitecto João Campos poderá até não andar aqui pelo dinheiro, mas também não caiu do céu por “amor” a Almeida…

    A quem se deve todo este novelo empecilhado entre IGESPAR, Direcção Regional, CMA… segundo o que se pode ler pelas anteriores entrevistas dadas pelo próprio presidente da câmara, com todo o seu apoio?

    Isto, apesar do entendimento que seria de esperar tão favorável a ambos os lados, pois que não deixaria de ser também muito conveniente ao currículo do arquitecto subitamente tão conhecedor de Almeida…

    No entanto, basta pegar no seu livro “Portas e poternas de Almeida”, umas das tais edições “espalhadas em lugares públicos” com a marca e deinheiros da C.M.A., para ver que afinal muito do que lá está impresso, já consta de outras publicações, nomeadamente do Dr. José Vilhena de Carvalho… só que agora mais ilustrado com plantas e desenhos… o que, convenhamos, para arquitecto não é nenhum prodígio.

    Consultor da O.N.U. (não parece que seja…), apresentado antes como da Unesco, além das broncas que como técnico acrescentou a Almeida, falta ainda uma análise rigorosa do seu mérito como investigador…

    Mas sobre quem se diz que está a fazer um doutoramento sobre Almeida… todos estes sinais são um fraco prenúncio de valor!

    Seria bom confirmar, já que nem todos andam a dormir…


    Almeidense acordado

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  15. "...via do diálogo é a que melhores resultados originará. Mas esse diálogo tem que ser encarado à partida com humildade, com respeito pelas opiniões dos antagonistas, muita prudência e sensatez."Caríssimo autor estas palavras que me permito citar novamente; porque o faço!?.
    Por cultura democrátia imposta a mim próprio gosto de ter ideias, expô-las, e ler as de outras pessoas, no estrito respeito pelas mesmas, e tendo linha de conta só o tema trazido a debate. Hora parece que HÁ ERROS na condução de todo este processo acerca da Intervenção (!!??) nas Casamatas de Almeida, e também é um facto que se começa a perceber bem que principalmente em termos de relação inter pares a mesma não foi a mais correcta; essa de meter elementos estranhos (acessores, ou outras denominaçãoes) à Autarquia, então para mim nunca a "encaixei" (mesmo em Câmaras ou Juntas, da minha convicção político-partidária).
    Temos Património de muito valor no nosso Concelho de Almeida, que não pode nem deve mal tratado, e muito menos estragado, deve ser sim devidamente preservado porque quem sabe, debaixo de directivas muito precisas, e assíduamente acompanhado, e também que as entidades cuja responsabilidade lhes cabe directamente façam os normais "pontos de situação", e nunca agir à revelia dos canais institucionais; assim não se chaega a lado nenhum e só se cai no descrédito.
    Não acho correctamente ético da minha parte, e só por isso não o faço, mas certamente que entendo o que passa "à volta da intervenção (!?) nas Casamatas de Almeida" e da celeuma que a mesma tem levantado.
    Assim sendo a bem das Casamatas de Almeida, e porque não de todo o seu valioso Património, também para que os Almeidenses continuem a pensar que vale a pena, é bom que as pessoas de direito (neste caso) percebam que estão "condenadas a dialogarem".
    Assim sendo peço em nome da Democracia que: SENHOR PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE ALMEIDA E RESPECTIVO GABINETE TÉCNICO, E SENHOR DIRECTOR REGIONAL DO IGESPAR (CASTELO CASTELO) REUNAM-SE, E FALEM ...

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  16. Armindo.
    Estás a desiludir-me completamente.
    Quem te ouviu quando eras vereador pelo PS, ou na campanha eleitoral do PS ao teu lado e quem te ouve agora, não te reconhece.
    Andas muito preocupado com os anónimos, mas não te preocupas em dares a tua opinião sobre o que vai acontecendo no teu Concelho. Diz o que pensas e clarifica a tua opinião também.
    Sê também corajoso, dá também o exemplo.
    Só não és anónimo também porque te podes dar a esse luxo, mas no entanto não te assumes.
    Não foi só o teu jornal que mudou, foste tu também que mudaste. Não queiras julgar os outros por ignorantes, nem te julgues como o mais lúcido e inteligente.
    Faz um comentário a este post e dá a tua opinião.Eu ainda acredito na tua coragem.

    UM ANÓNIMO.

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  17. Resposta ao Prof. Armindo Pereira.

    "Se isso significa publicitar as realizações dessa mesma autarquia, para conhecimento de TODOS os munícipes e ALMEIDENSES espalhados pelo País e pelo Mundo e onde chega o Praça Alta, pois então fico, pessoalmente, muito satisfeito por isso." - palavras do comentário do Prof. Armindo Pereira.

    1) Professor,longe de mim entrar em controvérsia com a sua pessoa e muito menos com o trabalho que vem desenvolvendo para o Praça Alta,que reswpeito e lhe reconheço.

    2) A minha crítica foi ao Jornal e não a si. Logo não entendo o porquê da sua atitude.Qualquer resposta à minha observação deveria vir,isso sim,do Director do Jornal.Que eu saiba não é esse o seu cargo.

    3) Das palavras acima descritas e extraídas do seu comentário,só tenho que dizer que as partilho totalmente,ou seja,subscrevo-as na íntegra.

    4) Permita-me perguntar então,porque razão o Jornal não seguiu a mesma linha editorial aquando da presidência do Dr. Costa Reis,durante 12 anos? Recordo-me das críticas que eram feitas à Câmara,o que envolvia todo o executivo,do qual hoje ainda faz parte o Professor Batista. Porque razão não foram divulgadas todas as obras levadas a cabo? Porque razão nunca apareceu uma entrevista durante esse tempo,ao Presidente da altura?
    Também sabemos o que os senhores da Câmara pensavam do Jornal.

    5) Como compreenderá,Prof. Armindo,uma mudança assim tão radical de posição em relação à opinião da Câmara,por parte do Jornal,a todos aqueles que o recebemos em casa e o lemos,além de difícil de entender,torna-se no mínimo suspeita. Mas esta é a minha opinião,e olhe que de mais pessoas.

    Um abraço.

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  18. Eu só gostaria de perguntar ao Sr. António Soares o que pensa sobre o “mamarracho” daquele edifício mesmo junto à Câmara Municipal, sobre aquelas armações em ferro e vidro por cima das muralhas, da decoração das portas novas, daquele arranjo nos fossos junto ao Hospital do sangue.
    Só isso.
    Mas, sem divagar, sem se desviar para outros temas e sem insultar ou humilhar.
    Apesar de ser anónimo gostava de saber a sua opinião.
    Só isso.

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  19. No meu comentário escrevi que o Sr. Arquitecto João Campos era consultor da O.N.U, peço desculpa pelo erro pois os seus serviços são prestados para a UNESCO. Pelo engano as minhas desculpas.

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  20. Ao anónimo do dia 28 às 19.44h.
    Terei todo o gosto e frontalidade em responder à sua questão mas com uma condição...identifique-se e de imediato saberá a minha opinião sobre tais intervenções.

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  21. Na condição de anónimo, por motivos óbvios. Porque é que a ONU e suas organizações, têm tão baixa cotação ? Já suspeitava porquê. Agora estou melhor elucidado. Muita gente na nossa terra escuda a incompetência atrás de titulos (Professores, Engenheiros, arquitectos) e até de organizações internacionais. Não serão resquicios do subdesenvolvimento, do provincianismo, direi ... do regime feudal? Pergunto: para quando um assessor na CMA que assuma uma função pedagógica e apoie gratuitamente (não será de interesse público ?)todos os que esbarram com a prepotência de quem está do outro lado do balcão, pagos por nós. Perante isto, na preservação do património, assistimos à politica do facto consumado, altamente rentável para as finanças da camara que até podem contratar mais uns assessores para promover a bacoquice das festas da sardinha ao bacalhau, que dá votos que se farta, colestrol e trabalho ao esvaziado centro de saúde. São temas pertinentes para o Praça Alta ganhar credibilidade e deixar de ser uma simples folha oficial, substituindo-se ao site, que apesar de ter sido muito caro nunca está actualizado.

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  22. Apesar da distância a que me encontro não deixo de me preocupar com a minha terra,que é como quem diz,com aqueles que me são muito queridos,pais,irmãos e restante família.
    Assim que fui informado da existência deste espaço,vim logo dar uma vista de olhos.
    Acreditem sinceramente que a minha preocupação aumentou um pouco mais.
    Tenho dificuldade em entender muitas das decisões assumidas por pessoas responsáveis,mandatadas para gerir valores tanto de ordem financeira como patrimonial,de toda uma população desse concelho.lamentávelmente cada vez com menos eleitores.
    O facto de sermos mais pobres em capital humano,não deveria significar que tenhamos que ser ainda mais pobres em capacidade de gestão.
    Mas pelo menos essa é a conclusão a que chegamos.

    A questão das Casamata,seja ela de musealização seja do que for é apenas um item entre muitos.
    A vergonhosa imagem das muralhas quando se entra em Almeida pela porta junto à pousada,é um factor que mostra bem a falta de interesse pelo património de todos nós.
    Muitos sabemos que compete ao IGESPAR a sua conservação,mas também sabemos que compete à Câmara Municipal sensibilizar o mesmo organismo para o efeito. Celebre-se um protocolo entre ambas as partes para que de uma vez por todas possamos ver um momento tão belo e tão raro em toda a Europa,para não falar em todo o Mundo,ainda num estado de conservação muito bom. Se deixarmos andar as coisas como andam,a degradação há-de acentuar-se e mais tarde apontaremos a dedo os responsáveis por tal. Só que tarde de mais.

    Li algures num dos comentários aqui feitos que as pessoas só vinham falar do que estava mal ou do a Câmara fazia de mal,e não falavam do era feito de bom.
    Qualquer pessoa que é eleita para um cargo de tanta responsabilidade é para fazer as coisas bem. È para isso que estão a ser pagos e com valores que a maior parte de todos os munícipes nunca há-de receber na vida. Logo não pode haver erros.
    No mínimo têm que ser competentes.

    Quando os eleitos se preocupam tanto com aqueles que os elegeram,é usual defehderem-nos um pouco mais. Isto é,aliviarem-lhes um pouco mais as taxas.
    A questão dos contadores de facto é caricata. O Governo permite um certo alivio,mas da parte da autarquia... Será que faz assim tanta falta à Câmara o valor que vai cobrar aos seus municipes?
    E ainda falando da factura da água,qual a razão pela qual está a ser cobrada a todos a verba que a entidade bancária cobra à Câmara?
    Quem foi o mentor desta ideia?

    Se eu fosse o responsável acabava de imediato com essa taxa do contador e anulava a cobrança do débito do banco. Para colmatar essa receita,não realizava uma ou duas festas,que ao fim ao cabo só servem para show off e animar o ego dos próprios.

    Não me quero alongar.
    É por estas e por outras que de facto há pessoas e pessoas.

    João Pedro Reis Afonso

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  23. Em relação à intervenção do anónimo do dia 31 de Julho e no que se refere à possibilidade de haver técnicos que possam dar apoio ao munícipe, parece-me da maior importância ter em conta essa perspectiva, pelo menos para as localidades com centro histórico, ou por alguma forma que pretenda efectuar obras de recuperação de construções, condicionadas à arquitectura envolvente.

    A implementação de um serviço, por parte das autoridades decisoras, que apoiasse o cidadão que pretenda recuperar a sua casa nesses locais, seria um mais valia bem apreciada por todos, poupando ao munícipe uma série contratempos, contrariedades e despesas supérfluas – um autêntico calvário- quando pensasse efectuar obras de reconstrução, ou mesmo de raiz, da sua casa.

    Quem teve alguma vez de fazer obras nas suas casas, sabe, infelizmente, ao que me refiro, já que se contam pelos dedos de uma mão, aqueles projectos de arquitectura e/ou engenharia que foram aprovados “à primeira”.

    Um serviço técnico que proporcionasse ao interessado, as alternativas que poderia escolher, aconselhando, estudando em conjunto, conjugando os desejos do munícipe e os limites que lhe eram impostos.

    Esse sim, seria um verdadeiro serviço positivo, de utilidade pública e ajudaria certamente também a não criar um estigma ao cidadão que pretende construir em local histórico, contribuindo-se, assim também, para contrariar uma cada vez maior desertificação desses centros históricos.

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  24. Ora bem, perante tanta contributiva opinião, penso que é por demais evidente que no "estado actual da situação", devem ser a Câmara Municipal de Almeida e o seu Gabinete de Arquitectura, mais o Director do IGESPAR(Castelo Branco) e seus colaboradores, que se terão que "entender" democráticamente, e depois a bem desta mesma admissibilidade informarem conjuntamente, qual o resultado dessa mesma Reunião, e de preferência que chegue a TODOS os Almeidenses, de uma forma simples e concisa, mas que TODOS SAIBAM; (Ex.: afixação de sûmula da Reunião nos Placrds das Juntas de Freguesia do Concelho, ou porque não, os Srs. Presidentes de Junta convocarem uma Reunião Extraordinária de Executivo de Freguesia Pública, para assim informarem/ouvirem a População de cada uma das Freguesias).
    Será que é "exigir muito" o que se escreveu!?.
    Penso que as pessoas só exigem isto e nada mais.

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  25. Ao Anónimo do dia 28 de Julho 14.33

    Tinha aqui prometido que não responderia a anónimos, mas como este comentário me é directamente dirigido lá vou perder a cabeça.
    "Amigo" (sim, pois penso que pelo comentário serás um dos meus "amigos"), como deves saber, desde que voluntariamente renunciei ao cargo de vereador independente eleito nas listas do PS, já lá vão quase seis anos, não mais me envolvi em qualquer actividade política, nem emiti qualquer opinião pública sobre o que vai acontecendo no concelho.
    Não percebo pois como podes comparar o que eu dizia antes e agora(???)... Não há nada para comparar.
    Quanto a ser corajoso, podes ter a certeza que, se quisesse tomar qualquer posição pública não o faria de certeza como anónimo!!!!
    Mas como não quero, porque assim o decidi, não vejo onde está a falta de coragem...
    Quanto à questão do "lúcido e inteligente": lúcido felizmente ainda considero que seja e muito; inteligente, sei perfeitamente quais são as minhas limitações, ao contrário de muitos, e nunca me considirei superior a ninguém, nem mesmo aos anónimos. Mas podes ter a certeza que considero uma das minhas atitudes mais inteligentes dos últimos anos, o ter renunciado ao cargo de vereador e ter-me afastado totalmente da vida política.
    Portanto, meu "amigo", se quiseres saber a minha opinião, terás que contactar-me (ajpereira1@gmail.com) e talvez se possa arranjar qualquer coisa!!! Caso contrário podes "esperar sentado".
    Quanto à coragem, para quem é anónimo, estamos conversados.
    E não te preocupes com este meu "afastamento", voluntário e inteligente, pois consigo dormir tranquilo todas as noites. Tu consegues?

    PS: Quanto ao "meu jornal" nem respondo, pois deves saber que não tenho nenhum. Apenas sou um elemento da redacção do PRAÇA ALTA.

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  26. Como afirma o Senhor Manuel Norberto Forte e bem, é preciso boa vontade de ambas as partes. Estou plenamente de acordo.
    Mas, infelizmente, é isso que não há.
    Mas sabe porque não existe essa boa vontade? Porque se olha muito para o umbigo, porque não há humildade suficiente para aceitarmos as opiniões dos outros.

    Sem essa humildade é muito dificil podermos chegar a um concenso.

    E quem sofre com esta forma de estar?

    João Neves

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