03 maio, 2013

...depois não diga que não avisei Sr. Silva...





"Quando as tropas norte-americanas libertaram os campos de extermínio nas áreas conquistadas às tropas nazis, o general Eisenhower ordenou que as populações civis alemãs das povoações vizinhas fossem obrigadas a visitá-los.

Tudo ficou documentado.
Vemos civis a vomitarem.
Caras chocadas e aturdidas, perante os cadáveres esqueléticos dos judeus que estavam na fila para uma incineração interrompida.
A capacidade dos seres humanos se enganarem a si próprios, no plano moral, é quase tão infinita como a capacidade dos ignorantes viverem alegremente nas suas cavernas povoadas de ilusões e preconceitos.
O povo alemão assistiu ao desaparecimento dos seus 600 mil judeus sem dar por isso.
Viu desaparecerem os médicos, os advogados, os professores, os músicos, os cineastas, os banqueiros, os comerciantes, os cientistas, viu a hemorragia da autêntica aristocracia intelectual da Alemanha.
Mas em 1945, perante as cinzas e os esqueletos dos antigos vizinhos, ficaram chocados e surpreendidos.

Em 2013, 500 milhões de europeus foram testemunhas, ao vivo e a cores, de um ataque relâmpago ao Chipre.

Todos vimos um povo sob uma chantagem, violando os mais básicos princípios da segurança jurídica e do estado de direito.
Vimos como o governo Merkel obrigou os cipriotas a escolher, usando a pistola do BCE, entre o fuzilamento ou a morte lenta.
Nos governos europeus ninguém teve um só gesto de reprovação.
A Europa é hoje governada por Quislings e Pétains.

A ideia da União Europeia morreu em Chipre.
As ruínas da Europa como a conhecemos estão à nossa frente.

É apenas uma questão de tempo.
Este é o assunto político que temos de discutir em Portugal, se não quisermos um dia corar perante o cadáver do nosso próprio futuro...como nação digna e independente."



"União Europeia morreu em Chipre"

por VIRIATO SOROMENHO MARQUES - DN 26-03-2013







...eu...bom...eu fico enjoado, agoniado e até repugnado com alguns colunistas e aspirantes a fazedores de opinião da nossa praça, quando opinam em defesa dos rapazes que desde Lisboa e dos centros de poder atiram para a desgraça milhões...quando desviam o olhar ao verem a tristeza que coabita no quintal do seu vizinho...mas eles...esses mesmos aspirantes a  prepotentes, sabem que os rapazes que eles seguem religiosamente, estão a destruir a vida dos seus amigos e companheiros...talvez ignorem que a praga poderá chegar um dia ao seu quintal...talvez...veremos...


João Neves




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