23 maio, 2012

Apreciação e votação de prestação de contas do ano 2011


PARA CONHECIMENTO DOS INTERESSADOS:

Relativamente à Apreciação e Votação de Prestação de Contas do ano de 2011, justifico o meu voto com a seguinte declaração:
Observo o estado da economia do meu país e o desemprego galopante, tenho visto onde andaram os dinheiros a ser aplicados, incluindo os fundos comunitários que supostamente deveriam ajudar a desenvolver as economias locais e foram aplicadas em obras megalómanas, inúteis uma grande parte – e até danosas! Em Almeida, concretamente, vejo um cravo faustoso de granito com fundos de mármore onde ainda faltam uns repuxos a funcionar num município que contesta os valores da factura da água que todos temos de pagar. Vejo livros publicados que não se vendem por capricho, quando poderiam constituir um encaixe de receita, piscinas construídas que se fecham por falta de gente e de incapacidade de suportar custos de manutenção, ciclovias a ser construídas para fantasmas diários da qual se aproveitarão apenas alguns filmes e cartazes de promoção de outros interesses, organizados em “eventos”, que tornam a ser esporádicos e não geradores de qualquer progresso consistente, e ouço na mesma que nenhuma obra se deixará de fazer se houver algum fundo comunitário que a comparticipe. As prioridades reais do desenvolvimento do concelho, da salvaguarda da autenticidade e originalidade do património diversificado, do desenvolvimento educativo e profissional dos jovens, do bem-estar das comunidades, da atracção e fixação dos habitantes, vão sendo descuradas e eternamente adiadas, a não ser que daí resulte alguma propaganda política ocasional.

Por tudo isso, e muito mais que aqui não cabe, por muito que as os números pareçam bater sempre mais ou menos certos, sabendo nós todos como tudo isso se processa, a mim, que não sou contabilista nem me impressionam essas contas, mas continuo a ver uma execução orçamental deficitária em relação à capacidade do município gerar receita, a partir daquilo que observo e ouço, não posso concordar com esse rumo, muito menos com esses gastos em obras de puro fachadismo, quando há tanta necessidade autêntica, esquecida e negligenciada nas freguesias e na sede do concelho, por onde vejo desfilar vaidades pessoais e interesses tácitos, certamente pouco recomendáveis, mas que continuam a processar-se à vista de todos, com toda a indiferença e prejuízo de alguma hipótese de desenvolvimento efectivo no concelho. Daí o meu voto contra.

Maria Clarinda Moreira, 27.04.2012

7 comentários:

  1. A Sr.ª realmente não tem vergonha na cara. Fala de livros que não se vendem???? Então não se lembra de uma pilha enorme deles que está no espaço de uma garagem e com os quais os pobres recreadores tiveram que "alombar" numa tipografia falida???? Quem os mandou fazer???? Lembra-se minha sr.ª??? Tenha vergonha.....

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    1. Maria Clarinda Moreira24 de maio de 2012 às 23:11

      Relativamente ao comentário do Anónimo de 23 de maio 23:16:

      Lamento saber que há mais livros que não estão a ser vendidos, pois tratando-se sobretudo de uma colecção comemorativa do Bicentenário da Guerra Peninsular, sugeri na altura do seu lançamento que, além dos normais períodos das Recriações, fossem feitas promoções especiais e de quadras festivas a preços convidativos, que se tornariam não apenas um encaixe financeiro mas uma forma de promoção de Almeida e do seu importante passado histórico. Os livros não se vendem sozinhos, muito menos se fechados em arrecadações. É preciso iniciativa.

      Mas na alusão aqui feita, reportei-me a uma edição de um dos livros impedido pelo Executivo de ser posto à venda, edição essa feita em 2007 – e a pedido expresso do Presidente da CMA - porventura precisamente no monte que está a apodrecer numa garagem, pois soube a gráfica pouco depois dessa edição fechou.

      O caso foi levantado na AM, terminando com o Presidente da mesa a proibir o uso da palavra para impedir um esclarecimento, e mandando até suspender a sessão, como foi oportunamente denunciado neste fórum em posts anteriores. Nomeadamente a publicação “CARNAVAL SEM MÁSCARAS”, de 8 de Março 2011. É favor confirmar.

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  2. ...os cobardes não merecem qualquer contraditório...mas ainda bem que este resolveu dar um tiro no pé...para quem quiser consultar a questão dos livros guardados não sei onde...



    http://forumalmeida.blogspot.pt/2011/03/carnaval-sem-mascaras.html

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  3. Ainda para esclarecimento e poupar trabalho ao comentário do indolente de 23/Maio/2012 aqui se transcreve parte do post de "Carnaval sem máscaras" de 8/Março/2011 e sobre um livro da Colecção do Bicentenário da Guerra Peninsular, da autoria do Eng. Ángel de Luis Calabuig, intitulado “Las Fortificaciones de la Raya – La Prueba de Fuego”.

    Assim...

    ..."Os factos reportam-se a um livro da Colecção do Bicentenário da Guerra Peninsular, da autoria do Eng. Ángel de Luis Calabuig, intitulado “Las Fortificaciones de la Raya – La Prueba de Fuego”. A obra, fruto de vários anos de trabalho, foi oferecida ao município para publicação, o que aconteceu ainda durante o período em que a signatária colaborou com todo o entusiasmo numa série de iniciativas culturais, incluindo a coordenação dessa colecção.
    Contudo, chegou ao seu conhecimento que a obra, lançada em 2007, apesar da procura, até pelo interesse acrescido de nuestros hermanos nela, não se encontra disponível, por alegados “erros de impressão”.
    Estranhando o facto, por nunca ter recebido reclamação nesse sentido e sabendo que, a verificarem-se, a própria gráfica teria sido responsabilizada, o que também não acontecera, constatou que esta anomalia estava associada a uma outra que também lhe causara admiração: a fotografia da capa do livro fora repetida numa edição posterior de uma Revista CEAMA (nº2), em 2008, o que parecia indiciar que havia intencionalidade de fazer confundir a procura das publicações, já que não é normal para edições totalmente distintas da mesma instituição a escolha da mesma imagem para capa, antes o contrário, para acentuar a diferença de autores e conteúdos na mira de captar a atenção dos potenciais compradores e leitores.
    Como documentos ilustrativos dessa inquirição sobre o livro não se encontrar à venda, sem razão válida tanto quanto se sabia, ainda que pago com dinheiros públicos, além da exibição das referidas obras, foi apresentada cópia do valor do orçamento e indicação de aprovação do mesmo no valor de 4.305,00 euros para 1.500 exemplares, consoante confirmação para execução.

    Nenhum destes pormenores pareceu impressionar muito os presentes da AM, provavelmente achando muito normal que o seu Presidente mande publicar obras com dinheiros públicos e depois opte por não as colocar à venda se assim o entender, pois além de pouco habituados a qualquer contestação, quando ela surge, infalivelmente esperam que acabe pulverizada numa rajada de argumentos exaltados que procure descredibilizar a pessoa que levanta objecção."...

    ...querer tentar alterar os factos é, para além de muito mau gosto, de uma falta de inteligência e ignorância atroz...
    ...bom...vindo de quem vem...esta falta de QI até nem é de admirar...

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  4. Diz a Dona Clarinda que a Câmara mandou fazer 1.500 livros da autoria de um Senhor Espanhol. Diz que o custo destes livros foi de 4.300 euros. Diz também que a Câmara de Almeida resolveu não os disponibilizar ao público e tem estes 1.500 livros guardados num qualquer local.
    Dona Clarinda. Perante estes factos tenho que concluir que o assunto é grave. É até muito grave. A Senhora como Deputada da Assembleia Municipal tem por obrigação de saber de como e a quem deve denunciar este acto do executivo da Câmara uma vez que lesa os interesses públicos. A Senhora ou o partido que a Senhora representa saberá tomar as atitudes que deverão tomar no sentido de resolver esta irregularidade e não se ficar por simples publicações neste sítio ou até na dita Assembleia Municipal.
    Se os Senhores registaram esta irregularidade, então tomem a atitude e deixem-se de palavreado inútil. Passem das palavras aos actos. Denunciem o facto. A quem não sei, mas a Senhora e o seu partido tem por obrigação de saber. Caso contrário não estão aí a fazer nada. Chega de tanta presunção e snobismo e façam alguma coisa que de jeito tenha. Ou então vão-se embora.
    Estou farta da pasmaceira e vaidade pessoal dos seus colegas de partido. Chega de palavras e façam algo.

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    1. Maria Clarinda Moreira31 de maio de 2012 às 00:31

      Sra. Anónima(o) do dia 29 de Maio, às 19:07

      Agradeço a sua atenção ao caso mencionado, embora haja outros igualmente gritantes a esbarrar com a indiferença generalizada. Sobre este, esclareço que, além da denúncia pública, manifestei disponibilidade de avançar com uma queixa junto da(s) entidade(s) competente(s). Foi-me dito que, exterior a Almeida, seria “inútil”, enquanto na própria Assembleia Municipal, apenas serve para consumir tempo, que ninguém quer saber do caso. Sinal disso, é o facto de haver membros da referida AM que, tanto de um lado como do outro, abandonaram a reunião sempre que invoquei o assunto. Os outros permanecem calados. Ninguém parece interessado em discutir o desperdício e o dano de uma obra publicada para o lixo. Do lado do Presidente da CMA, saiu a declaração que “enquanto for Presidente da CMA, o livro não será posto à venda”. Se alguém tem conhecimento do(s) órgão(s) que possa resolver eficazmente o assunto, agradeço informe. Avançarei, nem que seja sozinha, pois não encontro motivo suficientemente válido que justifique o atropelo.

      É ainda do conhecimento público que não tenho qualquer partido. Mesmo os colegas da bancada da qual faço parte me reconhecem como independente, respeitando sempre as minhas decisões, conforme o acordo estabelecido quando aceitei integrar as suas listas. É justo que o refira.

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  5. Aproveito este espaço se me for concedido para fazer a seguinte sugestão.
    Sr presidente da camara coloque os livros à venda na proxima feira do livro ao preço de 3€ e aida ganha dinheiro.
    Mas quero desde já adjetivar de Incapaz o senhor presidente porque gasta dinheiro publico na cultura das garagens.
    O povo um dia será mais conhecedor de todos os desáires dessa camara

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