Começo hoje a publicar aqui o texto que apresentei na AM de Almeida como despedida dos meus trabalhos naquele órgão no dia 16 de setembro. Calculo o pouco interesse que tenha para uma grande parte dos almeidenses, conformados e indiferentes que estão quanto à situação política do seu concelho, apesar do início da campanha eleitoral que hoje começou. Mesmo assim, achei que devia dar-lhes conta do esforço, que em boa verdade quase considero debalde pelas razões que facilmente adivinharão, de assídua participação e intervenção pessoal nas sessões da AM, durante o mandato que termina, conforme confirmarão pelas actas, por muito condicionadas que sejam!
Dada a extensão do texto (são 4 anos em perspectiva...), este será repartido em partes, até à sua conclusão, pois não tenho outra possibilidade de comunicar com aqueles almeidenses que eventualmente esperam alguma satisfação do que foi o empenho assumido em sua representação.
Dada a extensão do texto (são 4 anos em perspectiva...), este será repartido em partes, até à sua conclusão, pois não tenho outra possibilidade de comunicar com aqueles almeidenses que eventualmente esperam alguma satisfação do que foi o empenho assumido em sua representação.
Exmos. Senhores,
Sendo
previsivelmente a última vez que participarei nesta AM, quero fazer uma
reflexão sobre este meu acto cívico de, juntamente com outras pessoas, defender
pontos de vista para a defesa dos interesses de Almeida.
Começo por
agradecer aos colegas de bancada o convite que há quatro anos me foi feito para
assumir um compromisso de que falaria sempre de acordo com a minha própria
opinião, já que previamente deixara claro que não seria por motivações
ideológicas ou partidárias que aceitava integrar a sua lista. Em abono da
verdade, registe-se que o PS, bancada de que fiz parte e à qual coube o papel
de oposição em minoria, nunca esboçou qualquer tentativa de me pressionar para
um enfileiramento de opinião ou sentido de voto, como todos puderam sobejamente
verificar. Nisso, não só cumpriram escrupulosamente a condição acordada como
souberam dar uma demonstração de respeito efectivo pela pluralidade de opinião
que junto de mim afirmaram defender!
Mas não é de
partidos que quero falar. Acedi tornar-me membro desta Assembleia no mandato
que agora termina, porque discordava profundamente do rumo que Almeida decidira
traçar para este concelho, em particular para a sua apregoada “Estrela do
Interior”, que tem levado tratos de polé nos últimos anos, com desperdício de
recursos e oportunidades de bradar aos céus. Essa discordância total, que não dissimulo,
serviu inclusive para uma propalada justificação de ódio pessoal contra a
pessoa que dirige os destinos desta Câmara, com base num alegado despeito por
não ter continuado uma colaboração anteriormente prestada, envolvendo a
família e amigos, num esforço de dinamização cultural para uma maior
visibilidade da importância histórica de Almeida. Esperava que ajudasse a tirar
o Concelho da estagnação e opacidade em que há muito estava mergulhada. Na
altura, acreditei que era possível - e bati-me a fundo por isso.
(Continua...)
Nenhum comentário:
Postar um comentário