03 dezembro, 2009

Informação e transparência


Penso que a informação e a transparência no regime democrático devem merecer de todos nós importância relevante. Assim, foi colocada na barra lateral do Almeida Forum, uma hiperligação com o titulo de "Transparência AP", inerente a um site com o mesmo nome.

Qualquer cidadão pode elucidar-se neste site.

A titulo de exemplo publicamos imagens de custos diversos relativos à Câmara Municipal de Almeida.

Basta clicar no seguinte link:  http://transparencia-pt.org/?search_str=nif:506625419

Para verem os dados em formato ampliado, basta clicarem nas imagem que pretendem.







                     
 







20 novembro, 2009

ÉVORA PATRIMÓNIO MUNICIPAL?

Pesquisando no tipo de alertas, reclamações, debates, queixas… deixadas na plataforma digital http://www.autarquias.org/, abaixo referida, encontrei referência a um protesto de um cidadão, que por sua vez remetia para um blogue, onde encontrei este pedaço de prosa que transcrevo em boa parte. São notáveis as semelhanças com outras preocupações manifestadas noutros lugares, desta vez por um habitante de uma cidade com um centro histórico, por sinal classificado como Património Mundial.
Vale a pena ler com atenção e tirar algumas conclusões:



“Querem tirar a alma a Évora?Meses atrás, num dos meus passeios nocturnos, deparo, à distância, com o que me pareceu ser uma qualquer festarola de habitantes de bairro, reunidos à volta de uma mesa…chego-me ao grupo e reparo que, sendo festa, que também o era, mais seria a reunião de uma qualquer corte, podendo-lhe também chamar feira de vaidades. Pois lá estava um senhor todo de preto vestido que discursava sobre um excelente projecto de reabilitação, salvo erro daquele bairro, um conjunto de maquetas que se podia “visitar” enquanto outro senhor as descrevia a um grupo de congratulados cortesãos, as forças vivas da noite, embora predominassem as cores claras.Da plebe, pouco ou nada, não se dava por ela. 3 ou 4 circunstantes, eu incluído e de passagem. À pergunta do sr que com prazer e notória autoridade presidia à sessão da corte, se haveria algum comentário, um plebeu demanda-o sobre as suas torneiras e porta do quintal (salvo erro). Foi encaminhado pela majestática figura para o presidente? da câmara que lhe resolveria o problema…espero que tenha sido a contentoOutro circunstante ousou realçar o facto de a populaça não ter sido conveniente e atempadamente chamada à audiência. Foi negado o facto por membros da corte. O ar decadente daquilo tudo…A mim, pareceu mais uma feira de vaidades à velha portuguesa, em que meia dúzia de cavalheiros se reúnem para se auto-congratularem e se darem, mutuamente, ao prazer de coçarem o ego a cada um, saberão eles porquê.Arrepiou-me, isso sim, ouvir duas daquelas personagens comentar o facto de para fazer uma rua por ali, deitar uns prédiozitos abaixo. Sei que é feio ouvir conversa alheia, mas até me deu ideia que seria importante para aquela gente, que alguém sentisse, por um momento, a importância de eles estarem ali e o poder que detinham.E lembrei-me disto porque, não há muito tempo, tive oportunidade de ver outra maqueta. Da CâmaraAcrópole XXISe da outra pouco vi, com esta recreei-me.Acho que é um excelente projecto se retirarem do centro do modernaço, o Templo de Diana. Fica ali perfeitamente deslocado.Se não, vejamos. Há dinheiro para gastar e tem de ser gasto. Obra tem de ser feita. Évora deverá ser a única cidade com rotundas quadradas. Continue o Sr. que sei agora ser importante e chamar-se Ernesto, a ser original. Leve-se a obra até ao fim…deite-se o Templo abaixo, já que se vai subir o pavimento, e cobrir a seu pódio/base/alicerce faz tanto tempo exposto, afinal só quase completo, e depois com aquelas coisas por cima, muito escaqueiradasTenha a coragem de ficar na história. Sugestão para uma Placa/Memorial em sua homenagem:“Aqui Jaz o Templo de Diana, construído por Romanos incógnitos do Séc. I DC, mandado demolir por mim, Ernesto Augusto, Presidente, circa 2010-2011””O templo tem de ir abaixo.Com ele em pé, esse projecto não passará de um aglomerado de clichés arquitectónicos perfeitamente vulgares, datados, ultrapassados, déjá vu, podiam ser empilhados em qualquer lugar, Lego, péssimo projecto em minha opinião, dando forçosamente a ideia de que, havendo um concurso, o júri teria sempre de aprovar qualquer coisa, por muito má que fosse. Bravo júri que tal obra aprova. Deve ter sido mesmo um caso de consciência “noblesse oblige”, sem remorsos, com honra e dignidade. Dinheiro há para ser gasto, obra tem de ser mostrada, mesmo que envergonhe a cidade (La Palisse). Dê por onde der. Aprove-se, sem vergonha ou pesos de consciência. Que durmam sempre descansados.E na mente de iluminados, para evitar apelar à cultura pato bravense, não basta estudar, melhorar o que existe e manter a alma e harmonia de espaços, tentar manter o espírito e traça originais. Substitui-se, por todo o lado, a calçada, por laje de calcário ou granito, coisa modernaça. E quente ao sol de Évora. Abatem-se árvores, acaba-se com um dos dois únicos jardins da cidade. A plebe, a velharia residente vai sentar-se ao sol, em bancos de pedra, poucos, mas quentinhos. (vai ter repuxos?) Terão sempre uma boa, enorme casa de banho, não sei se à dimensão da sua necessidade, (já poucos os velhotes, restarão os turistas em magote a visitar o espaço modernista estilo centro comercial), por certo à medida do ego presidencial/arquitectural.Lindo aquele bar gaiola-de-vidro,-sauna, alcandorado sobre o troço de muralha romana com o tanque para os patinhos, ao lado. Amenizará a temperatura de tanta pedra a reflectir e armazenar calor. Repuxos? Poderemos chegar ao muro e olhar a Norte?Não se entende como desistiram do estacionamento subterrâneo e mantêm a porta romana abaixo, que nem sequer se vê do bar e a malta que passa por lá, não liga.. Desperdício. Gostei da vontade, talvez oculta, mas eu percebi, de promover o ciclo-turismo ou o uso de Segway, ao implementar sentido duplo em algumas das ruas limítrofes. Boa malha. Se não houver Clientes para as bicicletas, que o Povo mandria e está a ficar velho, amanda-se-lhes com os autocarros para rentabilizar os sanitários.Se optam por não melhorar o que está, se optam por acabar com os jardins da cidade, se optam por lajeados, verdadeiros disparates, (aquele em frente da fundação Eugénio Almeida também fica bem se deitarem a Sé abaixo, assim destoa, aquilo é mais entrada de Hipermercado ou monte alentejano de novo rico), estão a roubar a alma de Évora, estão a roubar-lhe a individualidade, personalidade, a sua identidade, estão a roubar o que a torna única. Mas será que ninguém vê que aquilo é um desastre ?.Tenha termos presidente, esta Cidade não é seu quintal para a andar a forrar de mau gosto..Não a mascare, disfarce só um pouco as rugas que lhe dão dignidade. Não torne a Velha Senhora, numa qualquer Lolita.Este projecto Acrópole XXI, só mostra que, mesmo ganhando as eleições, o sr. não gosta, nem merece a cidade.E chamam-lhe progresso? Estranha gente esta
Da Cultura e seus responsáveis locais(…)”

Por António Souto, 28 de Outubro 2009
in http://evorapatrimoniomunicipal.blogspot.com/

15 novembro, 2009

Cidadãos - autarquias.org

Na sequência da iniciativa anunciada no último Post, de criação de um e-mail para recepcionar questões que os munícipes almeidenses considerem dignos de levar a discussão na Assembleia Municipal, recebi, para divulgação, o seguinte:

Informação - Cidadãos - autarquias.org

Este sítio http://www.autarquias.org/, recentemente disponível, merece ser divulgado, pois as pessoas podem usá-lo para chamar a atenção para passeios que não estão rebaixados, candeeiros no meio dos passeios, passadeiras que deviam ser colocadas algures, etc.
Se os cidadãos não se envolverem, depois não se podem queixar...

Trata-se de uma plataforma digital onde os cidadãos podem alertar os municípios para as mais variadas situações, desde de lixos na via pública, postes de iluminação que não o funcionam, buracos na via pública, equipamento danificado, problemas nos abastecimentos, ou outros tipos de problemas, que muitas das vezes as Câmaras Municipais não têm conhecimento.

Os cidadãos podem acompanhar as respostas das autarquias aos alertas apresentados por outros cidadãos, como também participarem nesses mesmos alertas adicionando comentários.

O sítio autarquias.org permite também a criação de debates por cidadãos que pretendem discutir assuntos que lhes pareçam pertinentes com outros cidadãos e com o próprio município ou questionar a autarquia sobre um assunto do interesse de todo o município, como também a abertura de petições.

Participem neste projecto.
www.autarquias.org

Não deixem de o consultar já, pelo menos para avaliar o seu potencial, e de o adicionar aos Favoritos para utililização futura.

06 novembro, 2009

VOZ PLURAL NA ASSEMBLEIA MUNICIPAL

Com a recente tomada de posse dos novos órgãos autárquicos, um novo capítulo se abre neste Fórum. Não que a vida em Almeida vá mudar por esse facto, pelo menos para a grande maioria, mas porque se sucede a um intenso e vibrante anseio de mudança que não logrou ver o esforço recompensado, apesar das expectativas. As circunstâncias de vitória das forças coligadas estão, à data, mais ou menos escalpelizadas, e os vencidos, vencidos mesmo, mas nem por isso convencidos, conformam-se com acatar os resultados do sufrágio, por respeito às regras democráticas, ainda assim cientes de que foram coerentes com a sua própria consciência e vontade. Portanto, aos poucos, se erguerão novamente da sua desilusão, reagindo ao pó do imenso cansaço e desânimo acumulados, em muitos casos, ao longo de anos.

Não foi o meu caso. Quero dizer, vivi a desilusão, partilho-a sentidamente com mais 2526 almeidenses de um concelho praticamente despovoado, mas compreendo, sem me deixar impressionar, o júbilo de outros 3105 munícipes. Há quatro anos apenas, desviculada da realidade política do concelho, aceitei com natural tranquilidade a decisão dos almeidenses, ignorando o que entretanto fui descobrindo com um olhar mais atento. Não vou falar sobre isso agora. Creio que o mesmo irá acontecendo a muitos outros, à medida que o tempo for passando. Importa, sim, salientar a força dos que acreditam que Almeida tem um futuro que não pode passar ao lado dos próprios almeidenses, e, assim, mantendo a atenção e entrega de sempre, estarei positivamente a defender a convicção de que não é legítimo alguém ser marginalizado por pensar diferente, que a opinião e o envolvimento de todos é fundamental, e que um concelho que não aproveita as sinergias e contributo dos seus munícipes, ou pelo menos seriamente não se esforce por isso, nunca passará da cepa torta, por mais malabarismos que se tentem ou proclamem.

Ignorar o sentir das pessoas, distorcer o que elas dizem, não as saber motivar e espevitar na sua própria iniciativa, é o mesmo que tentar mantê-las num redil, ou conduzi-las como um rebanho apático e submisso (mais indigno, se engodadas), indiferentes que seja para um prometido prado como para um deserto de fragas. O destino não depende delas, estão apenas sujeitas às decisões e caprichos de quem manda. Nunca pactuei com esse tipo de postura nem foi para aprender a sujeição que sempre nos esforçámos por transmitir aos filhos a forte herança de ligação a Almeida.

Este Fórum cedo deu corpo e voz aos que discordam desse fado. A sua frontalidade e atenção aos problemas de Almeida pediam mais colaboração e por isso eu e outros nos associámos. O seu inconformismo tem transportado a expressão de pensamento isolado, tornando-o voz plural, ou pelo menos um logradouro de perspectivas sobre a realidade. Nem tudo pode ser perfeito, mas é muito positiva a possibilidade de expressão e a interactividade de ideias, nem que seja sob anonimato, com a possibilidade do contraditório dentro dos termos da comunicação pública. Poderá ser tanto mais divulgado, dinamizado e enriquecido, quanto mais pessoas colaborarem.

Centro de atenções em tempo de eleições, não se lamenta que tivesse sido utilizado como ponto de referência para procurar remediar erros cometidos, sinal que os protestos até têm fundamento, antes se repudia que se opte por disfarçar o seu valor, denegrindo e deturpando as críticas apresentadas, apelidando-as genericamente de “mentirosas”, quando seria bem fácil vir aqui, ou a outro espaço, desmenti-las uma por uma, categoricamente.

Mesmo assim, há outra razão para continuarmos com a mesma disponibilidade, respeito e lealdade com os que nos acompanham. Além de outros eventuais temas de debate que aqui surgirão e se renovarão à discussão, enquanto membro da Assembleia Municipal, recentemente empossada, na qualidade de independente pelas listas do PS, espero poder retribuir a confiança e responsabilidade depositadas pelos almeidenses, reportando-lhes o trabalho efectuado naquele órgão concelhio, exortando os munícipes a que o sigam mais atentamente e, se possível, participem nas reuniões periódicas, que são sempre públicas e previamente anunciadas.

Reforçando o interesse nessa participação, pareceu-me oportuno criar um endereço de e-mail, não para efeitos de publicação de conteúdos neste blogue, a menos que expressamente solicitado, mas com a exclusiva finalidade de poder receber directamente questões que preocupem qualquer munícipe ou grupo associativo, perante mim identificados, cuja pertinência justifique serem levadas a debate nessa Assembleia, servindo-se da representatividade de um membro eleito para defender os interesses em causa. O endereço é o seguinte:

activacidadania@gmail.com


Sabendo-se que as reuniões se efectuam, em média, 5 vezes por ano, o(a)s interessado(a)s deverão procurar fazer chegar as suas questões, com antecedência relativa às respectivas datas de realização. Um dos pontos previstos para a próxima reunião, previsivelmente em Dezembro, será a discussão de propostas de eventuais alterações ao Regimento da Assembleia Municipal, que se encontra disponível no sítio da CMA, em:

http://www.cm-almeida.pt/documentosonline/assembleia/Paginas/default.aspx


NOTA: A partir de agora, o endereço de e-mail acima indicado, ficará sempre visível, com respectivas condições e garantia, no lado esquerdo da página de abertura deste blogue.
Agradeço ao João Neves a disponibilização para isso neste Fórum.

A informação sobre a tomada de posse da Câmara Municipal e Assembleia Municipal, bem como respectiva composição, encontram-se já também disponíveis na ligação no canto superior esquerdo desta página.

31 outubro, 2009

Ranking de Escolas

Ano após ano a nossa Escola continua classificada em lugares nada dignificantes.
Ano após ano vemos o nome da Escola de Almeida, Escola Básica e Secundária Dr. José Casimiro Matias, nos últimos lugares do ranking nacional.
Desta vez classificou-se no nº 595, entre 604 escolas, em 10º lugar a contar do fim.


Classificou-se como a pior escola do Distrito da Guarda.


As 20 Escolas com pior média de CE:

Tipo / Concelho / Escola / Média de CE / Nº de Exames


1. PUB Mesão Frio Escola Básica e Secundária Prof.António da Natividade - Mesão Frio 6,81 180
2. PUB Câmara de Lobos Escola EB23 do Carmo 6,89 318
3. PUB Nisa Escola Básica e Secundária Prof. Mendes Remédios - Nisa 7,01 185
4. PUB Mogadouro Escola Básica e Secundária de Mogadouro 7,08 322
5. PUB Almeida Escola Básica e Secundária Dr. José Casimiro Matias 7,12 151
6. PUB Figueira de Castelo Rodrigo Escola Secundária de Figueira de Castelo Rodrigo 7,19 189
7. PUB Peso da Régua Escola Secundária do Rodo 7,23 110
8. PUB Porto Escola Básica e Secundária do Cerco 7,46 321
9. PUB Loures Escola Secundária de Sacavém 7,47 268
10. PUB Lisboa Escola Secundária Marquês de Pombal 7,48 99
11. PUB Alfândega da Fé Escola Básica e Secundária de Alfandega da Fé 7,53 230
12. PRI Porto Externato Académico 7,66 700
13. PRI Porto Externato D. Dinis (StªCatarina) 7,70 646
14. PUB Amadora Escola Secundária Dr. Azevedo Neves 7,74 177
15. PUB Tábua Escola Secundária de Tábua 7,77 249
16. PUB Vinhais Escola Básica e Secundária D. Afonso III - Vinhais 7,78 275
17. PUB Torre de Moncorvo Escola Básica e Secundária Visconde de Vila Maior - Torre Moncorvo 7,83 216
18. PUB Mora Escola Básica e Secundária de Mora 7,86 101
19. PUB Valpaços Escola Secundária de Valpaços 7,89 445
20. PRI Estrangeiro Instituto Diocesano de Formação João Paulo II 7,91 156


Mais que um artigo crítico ou intenção de arranjar culpados para esta situação, a minha intenção será de criar uma oportunidade de debate para esta triste realidade.


Exorto quem de direito a debater esta problemática e, com toda a humildade, tentarmos lutar contra esta triste realidade.


Eu não acredito que os nossos filhos sejam menos inteligentes que os outros.


Será dos alunos?
Será dos professores?
Será do sistema de ensino?
Será das instalações?
Será do equipamento?
Será dos pais ou encarregados de educação?


O que eu sei é que temos a pior Escola do Distrito da Guarda.


Recuso-me firmemente a enterrar a cabeça na areia ou a assobiar para o ar.


Vamos ao debate.


Para ver o ranking, clique aqui:
http://jn.sapo.pt/infos/ranking2009.pdf


João Neves

27 outubro, 2009

Câmaras obrigadas a ter planos de prevenção da corrupção

Carlos Drumond de Andrade um dia disse "...A conquista da liberdade é algo que faz tanta poeira, que por medo da bagunça, preferimos, normalmente, optar pela arrumação...".

Jornal O Interior - 22/10/2009

Associação Nacional de Municípios recomenda a rotatividade dos fiscais de obras nas autarquias



Câmaras obrigadas a ter planos de prevenção da corrupção.




As câmaras municipais deverão adoptar até ao final do corrente ano um plano de prevenção dos riscos de gestão, incluindo os de corrupção, anunciou a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP).

Em colaboração com o Tribunal de Contas, a ANMP elaborou um “Plano-Tipo”, que cada município adoptará e adaptará de acordo com as suas realidades diferenciadas, e que deverá ser posto em prática após a entrada em funções dos executivos saídos das últimas eleições autárquicas. «Somos pioneiros a dar estes passos», declarou o presidente do conselho directivo da ANMP, Fernando Ruas, acrescentando que nesse plano foram identificadas as cinco áreas mais sensíveis, as que poderão gerar mais riscos, que são a contratação pública, concessão de benefícios, recursos humanos, gestão financeira e urbanismo. De acordo com o dirigente, igualmente presidente da Câmara de Viseu, que conta pôr em prática o plano a partir do próximo mês, com estas medidas os municípios dão um «sinal de protagonismo, e mostram que estão claramente na liderança” destas questões, que “são transversais às sociedades e aos Estados».

«O “Plano-Tipo” é um documento que equaciona determinados riscos naturalmente associados à gestão. Nele poderão ser ainda encontrados um conjunto de procedimentos, regras e boas práticas que seguramente contribuirão para uma gestão clara e transparente das entidades públicas», refere uma nota de imprensa da ANMP. Por cada departamento municipal, e tendo em conta as cinco áreas, são identificados os responsáveis e os potenciais riscos, e indicadas boas práticas e procedimentos para as prevenir, explicou o autarca.

Dando alguns exemplos, Fernando Ruas revela que na área do urbanismo se considera importante nomear um «gestor de procedimentos», ou a rotatividade das funções de fiscalização.

Nos recursos humanos a não intervenção nos procedimentos de selecção e avaliação de pessoal  com relação de proximidade.


Anualmente cada município elaborará um relatório sobre a forma como está a decorrer este plano anti-corrupção e de prevenção dos riscos associados à gestão. Trata-se de uma exigência que decorre da entrada em funcionamento do Conselho de Prevenção da Corrupção (CPC), criado pela Lei n.º 54/2008, de 4 de Setembro, que aprovou uma Recomendação sobre “Planos de gestão de riscos de corrupção e infracções conexas”, nos termos da qual as entidades públicas devem elaborar e aprovar os seus planos de gestão de riscos.


http://www.ointerior.pt/noticia.asp?idEdicao=519&id=25105&idSeccao=6176&Action=noticia#


22.10.2009
...


Apetece-me terminar com algo que alguem disse um dia "...a conquista é um acaso que talvez dependa mais
das falhas dos vencidos do que do génio do vencedor..."

João Neves

18 outubro, 2009

MUSEU NAS CASAMATAS

Há pouco mais de um mês foi inaugurado o Museu Militar em Almeida. Aspiração antiga que vem no seguimento da Sala de Armas que existiu há anos nas Portas de S. Francisco e fora entretanto desactivada. Um museu militar é, na verdade, uma mais- valia em Almeida e faz jus à importante Praça de Guerra que foi, e que vai sobrevivendo, apesar da delapidação do seu todo abaluartado que há anos vem sofrendo…
Estão ali representadas algumas mostras cronológicas do armamento e artes militares ao longo da existência humana até à I Guerra Mundial. Penso que se devia investir um pouco mais sobre o papel militar de Almeida, mas talvez com o tempo isso venha a acontecer, desde que a direcção do museu se mostre dinâmica e atenta.

Muito recentemente, visitei um museu em tudo análogo ao de Almeida, estruturado igualmente a partir do Museu Militar de Lisboa que forneceu, para além das peças, a maioria da descrição museológica. O Museu, instalado no Forte de Santa Luzia em Elvas, apesar de muito interessante, apresenta sinais de sofrer também dos mesmos males de estar parcialmente instalado num local problemático para o efeito, nomeadamente algumas casamatas integradas nesse pequeno forte, ainda que aí (e bem) tenham aproveitado os baluartes exteriores para recriar equipagens das baterias de artilharia. Contudo, no interior, apesar de bem apetrechado, parte do equipamento multimédia deixou de funcionar adequadamente devido à humidade, a ponto de numa das salas, o piso estar levantado como resultado de infiltrações de água.

E, em Almeida?
Como já anteriormente salientado, e não apenas por afirmações da minha lavra, há a considerar que o local escolhido (as Casamatas do Baluarte de S. João de Deus) é o menos adequado em termos de humidade em toda a vila. E apesar do valor ali gasto (a informação municipal refere 720.314,64 euros), do dispendioso e sofisticado sistema de desumidificação aí montado, que além de gastador em termos de energia, funcionando ininterruptamente, será impotente - a fazermos fé no parecer do grande especialista Coronel e Engenheiro Sousa Lobo, que deixou o alerta: “ainda que lhe retirem a terra das coberturas, vão ter sempre os pés na água, pois o local é de cota baixa, e a humidade, até por capilaridade, vai surgir sempre”. As fotos tiradas no início de Setembro de 2008, já sem terras na cobertura, mas ainda antes das mais frequentes chuvas de Inverno, mostram claramente a humidade surgir do solo e, como se pode ver, a impregnar os expositores que aí aguardavam a musealização.

Para além deste aspecto de dificuldade de conservação física do local, do espólio e aparelhagens que ali se encontram, há um outro que, em termos de património arquitectónico e histórico da fortaleza, é muito mais significativo quanto à sua adulteração: como noutra altura referi, as casamatas de Almeida eram locais que protegiam tanto as pessoas como os bens materiais dos bombardeamentos que a Praça esteve sujeita ao longo da história. Em tempo de paz, serviram de armazéns para produtos agrícolas e outros. Contudo, em termos históricos, tiveram um funesto papel como presídios durante as Lutas Liberais, na primeira metade do Séc. XIX. Ali estiveram instaladas as terríveis prisões, onde padeceram e morreram muitos liberais às mãos do regime absoluto de D. Miguel e seus seguidores. Ali, centenas e centenas de seguidores do liberalismo, por terem ideias democráticas e humanistas que vieram a resultar no moderno estado de direito, sofreram atrozmente. E agora, que testemunho físico podemos mostrar, veiculando o que os antepassados das novas gerações padeceram como lutadores da Liberdade?

O fundamental desvaneceu-se, pois as obras de adaptação ao museu, adulteraram todo o ambiente que, apesar de soturno, conservava uma autenticidade única, com todas as valências didácticas para transmitir aos visitantes a luta surda e a penosidade a que os seus antepassados, émulos da liberdade, foram sujeitos. Essa atmosfera carregada de memória, intensa na algidez dos espaços húmidos e tenebrosos, foi desvirtuada, vulgarizada, afinal para ali se instalar um normal museu multi-época, com unidades museológicas descontextualizadas do espaço Casamatas em si, um museu que poderia perfeitamente ter sido instalado noutros locais, sem beliscar o património arquitectónico e histórico da Praça-forte, e certamente com menores custos, tanto de adaptação como de manutenção. Não faltariam espaços em Almeida para albergar um museu histórico-militar desse género, ao passo que as Casamatas, pela sua especificidade histórica, poderiam e deveriam ter uma musealização excepcional, impossível de se conseguir noutro espaço. Isto, para não falar no terrível tratamento exterior, sem nenhuma contemporização pela dignidade histórica do lugar!

Por isso, não posso estar de acordo com um dos oradores, aquando da sua inauguração, que referiu que quem gosta de História tem que gostar do museu histórico-militar de Almeida. Sim, quanto à sua existência, mas NÃO naquele sítio - e muito menos daquela forma! Deixa-me até perplexo como é que agora, num cartaz eleitoral, por detrás dos candidatos, na montagem das perspectivas do Monumento que é a Fortaleza de Almeida, reclamando o “seu lugar lugar na Humanidade”, se tenha aproveitado para entremear precisamente o ângulo mais infeliz da recuperação das Casamatas. Pelo que conheço das posturas que fomos observando ao longo dos tempos mais recentes, só pode ser mesmo mais um acto de birra… ou sobranceria perante a indignação já manifestada relativamente àquela proeminência bizarra implantada como monta-pratos, lava-loiças… ou lá o que é! Não passa despercebida a mensagem: aquele sinal de ostentação de uma obra polémica como foi a recuperação das Casamatas deixa uma leitura muito inquietante da promessa, reafirmada em promessa eleitoral, de requalificação do Largo 25 de Abril, até pela garantia pública que foi dada pelos mesmos de que já a tinham aprovada, bem como da zona envolvente do Castelo!
Caso tais intenções se mantenham, confiemos que os Almeidenses saberão dar a resposta adequada, no momento certo, a essa provocação!

Rui Brito Fonseca

12 outubro, 2009

BAPTISTA RIBEIRO GANHA AS ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS

A Coligação PPD/PSD-CDS/PP venceu as Eleições Autárquicas em Almeida.

Baptista Ribeiro foi assim mandatado para mais um mandato à frente dos destinos do Concelho de Almeida, de forma inequívoca.

Como democrata que sou envio daqui os meus sinceros parabéns a António Baptista Ribeiro.

Desde cedo este blog se manifestou claramente como oposição à sua politica.

Desde a apresentação da Candidatura de Orlindo Vicente a estas eleições que a apoiei de forma clara.

O Eleitorado do Concelho disse de sua justiça.
E o voto popular é soberano.
Assim, o Concelho vai continuar a ser gerido por António Baptista Ribeiro e a sua equipa.

Da minha parte resta-me manifestar ao novo Presidente vitorioso, em face da sua vitoria contundente e clara, que tenha um novo mandato impoluto no que diz respeito aos princípios democráticos, que ouça com a humildade que o cargo o impõe, todos os seus Munícipes e que os respeite sejam eles de que cor partidária forem, e assim contribua, também de forma clara, para que tenhamos um Concelho mais solidário e mais justo onde a liberdade não seja palavra vã.

No que diz respeito ao Almeida Fórum, vamos continuar o nosso caminho, com serenidade mas sempre atentos aos altos interesses de Almeida e do seu Concelho, de uma forma critica e livre, mas onde a verdade não seja palavra fútil.

Parabéns Prof. António Baptista Ribeiro pela vitória clara que alcançou.

Parabéns Dr. Orlindo Vicente pela campanha digna, correcta e séria que personificou.

João Neves

07 outubro, 2009

ORLINDO VICENTE e a FORÇA DE ACREDITAR



FORÇA DE ACREDITAR…uma candidatura abrangente


... Dar vida à vila de Almeida intramuros, fazendo com que os habitantes e os agentes económicos regressem a esse espaço, através de acções concretas...






... Implementar no Balneário das Termas da Fonte Santa uma Clínica de Medicina Física e de Reabilitação, reforçando, assim, a viabilidade daquele equipamento e simultaneamente a criação de postos de trabalho qualificados no concelho...

... Procurar adquirir o Quartel das Esquadras e instalações do Antigo Convento de Nossa Senhora do Loreto, no interior do perímetro amuralhado de Almeida, a fim de serem recuperados e requalificados como espaços de âmbito sociocultural...

... Construir um estaleiro e oficinas municipais, dignificando as condições de quem lá trabalha...


... Adequar espaços concelhios para realização de exposições que promovam os nossos produtos regionais e alojem iniciativas culturais, nomeadamente em Almeida...













... Prosseguir o Projecto de Classificação de Almeida como Património da Humanidade, pela UNESCO, aprofundando o conhecimento relativo à importância histórico-cultural desta Praça-Forte, a todos os níveis, procurando prevenir as tentações e especulações de um falso desenvolvimento, e criando maiores condições de sustentabilidade para a sua comunidade...





... Concertar programa de incentivo ao repovoamento sociologicamente diversificado do centro histórico de Almeida, de forma a assegurar a sua sustentabilidade habitacional e dinâmica empresarial, que assegure o bem-estar geral da população com reflexos positivos na actividade turística...


... Concretizar uma politica fiscal municipal moderada e atractiva no âmbito do IMI, IMT, taxas e licenças, bem como IRS, baixando este último...



... Fomentar novas fontes de energia renováveis...


... Promover a requalificação ambiental dos recursos fluviais, designadamente da despoluição da Ribeira de Toirões, Rio Seco e Rio Côa...


... Descentralizar algumas reuniões do executivo camarário e da Assembleia Municipal para as freguesias, a fim de “in loco” se equacionarem soluções para os problemas de
cada localidade...


... Construir, na margem esquerda do Rio Côa, uma infra-estrutura de desporto e lazer, com piscinas descobertas, de forma a servir a população do concelho...


... Criar o Gabinete o Cidadão para permitir, aos cidadãos em geral e sobretudo aos mais idosos e emigrantes, o tratamento de todos os processos, sem burocracia e sem grandes perdas de tempo...


... Criar as infra-estruturas necessárias de apoio ao sector agrícola, nomeadam
ente o mercado de gado...


... Dinamizar o Gabinete de Apoio ao Agricultor, de forma a eficazmente poder esclarecer os lavradores sobre as medidas de politica agrícola, apostando nas potencialidades do meio rural, incluindo serviços de certificação de comercialização de alguns produtos regionais, bem como a criação de denominações de origem...


... Criar, tal como a Lei o determina,
o Conselho Municipal da Juventude...

... Providenciar refeições gratuitas a todas as crianças da educação pré – escolar e a todos os alunos do 1º ciclo do ensino básico...



... Facultar gratuitamente manuais escolares a todos os alunos do 1º ciclo do ensino básico...


... Instituir um apoio financeiro anual no valor de 20% da propina máxima a nível nacional a todos os alunos do concelho que frequentem o ensino superior cujo aproveitamento seja positivo. Este valor será acrescido em 30% sempre e quando o aluno seja economicam
ente carenciado ou quando obtenha uma média anual igual ou superior a 14 valores...


... Promover o gosto pela natação, colocando, de forma gratuita, à disposição dos Agrupamentos de Escolas do nosso concelho os dois complexos de piscinas para que todos os alunos tenham pelo menos uma aula de natação por mês...





Desenvolvimento Sustentável, Emprego e Bem-estar

Apoiar a economia social, contribuindo para a coesão, a luta contra a exclusão e a pobreza, a criação de bem-estar social com programa de incentivos à criação do próprio emprego

Promover a fixação de jovens no concelho, (…) criando condições para regressarem ao concelho

Criar infra-estruturas de apoio à actividade empresarial, nomeadamente um parque de negócios e um Gabinete de Apoio ao Investidor, para estimular iniciativas do sector produtivo

Criar uma plataforma digital de informação e divulgação de produtos e serviços relacionados com o Turismo, (…) de forma a favorecer o seu peso na economia local

Incentivar o desenvolvimento das qualificações profissionais

Reforçar o princípio das transferências municipais para as freguesias

Reforçar a eficiência e eficácia da administração autárquica conducente à redução de custos e tempo no atendimento ao cidadão

Requalificar o espaço envolvente à EN 332, na vila de Almeida, desde o Arrabalde de Sto. António até ao Bairro da Taipa

Protecção Ambiental e Desenvolvimento Rural

Apoiar actividades geradoras de emprego que assentem na biodiversidade e protecção ambiental, como factor de complementaridade do sector do Turismo, Termalismo e Lazer;

Aproveitar as potencialidades das energias renováveis e elaborar Plano Municipal de Eficiência Energética (…)

Melhorar o aproveitamento dos recursos hídricos com recuperação dos açudes do Rio Côa e Ribeira de Toirões e construção de mini – hídricas

Dinamizar e apoiar o cooperativismo e associativismo no sector agrícola (…)

Incentivar a prática do turismo rural e agro-turismo

Valorizar o património paisagístico, edificado e gastronómico das diferentes freguesias e estimular a revalorização de práticas ancestrais identitárias

Urbanismo, sustentabilidade e integração social

Melhorar os núcleos urbanos das nossas aldeias e vilas, criando espaços de melhor habitabilidade, lazer, convívio e coesão social

Criar um serviço de apoio ao munícipe para orientação e apoio na recuperação de imóveis degradados nos centros e núcleos históricos

Implementar sistemas inteligentes de economia e eficiência energética em edifícios públicos


Património como valor estratégico

Elaborar o Inventário do Património de Almeida (incluindo o não classificado), (…) para uma melhor gestão do seu potencial estratégico

Definir Planos Específicos de Intervenção e Salvaguarda do património edificado(…), dando início a uma verdadeira política de recuperação, reconstrução e revitalização integrada dos núcleos urbanos históricos, que possa servir de instrumento de apoio à prevenção e resolução de arbitrariedades

Elaborar um Plano Estratégico do Desenvolvimento do Turismo no concelho de Almeida

Potenciar a vantagem de proximidade que a vizinha Espanha confere ao concelho do ponto de vista do Turismo, (…) para assegurar uma maior permanência e intercâmbio cultural e económico na região;

Apostar na dinamização de rotas turísticas e processos cooperativos com os diversos territórios vizinhos, (…) com o objectivo de conquistar segmentos de mercado com maior poder aquisitivo

Optimizar, como eixo estratégico, a existência de um recurso termal, as práticas de saúde e bem-estar, as terapias naturais e diferentes modalidades de manutenção física e tratamentos anti-stress

Construir Parque de Campismo e Praias Fluviais que vão além da sazonalidade, junto ao Rio Côa, (…) potenciando o interesse deste curso de água para actividades desportivas e de lazer

Melhorar, de forma integrada, as acessibilidades aos lugares de valia patrimonial, assim como, ordenar e arranjar os espaços envolventes de algumas das construções e monumentos degradados

Criar uma rede de informação turística, estruturando e criando uma equipa alargada de guias especializados que possibilite (…) acesso à informação e aos equipamentos públicos, num calendário e num horário adequado a todos os interesses

Promover e apoiar políticas de qualificação e intensificação da formação profissional para o sector turístico

Criar parqueamento que permita um fácil acesso às zonas turísticas e comerciais do concelho (…)


Cidadania e Instituições Políticas

Disponibilizar on-line actos, serviços e procedimentos administrativos da autarquia, contribuindo para a sua divulgação e desburocratização

Institucionalizar processos de consulta sistemáticos à sociedade civil, através dos Conselhos Municipais

Criar o Gabinete de Apoio às Juntas de Freguesia, de forma a dar-lhes todo o apoio técnico e administrativo necessário à consecução dos seus projectos

Educação, Cultura, Juventude, Desporto e Acção Social

Colocar na Componente de Apoio à Família dos jardins-de-infância um(a) animador(a) sócio-cultural, procurando uma maior compatibilidade com os horários profissionais dos pais

Desenvolver a educação e formação de adultos e a educação permanente em regime de parcerias educativas

Melhorar a rede de transportes escolares através de aquisição de viaturas que permitam transportar os alunos e prestar serviços à população e Associações do concelho, quando necessário

Candidatar o concelho de Almeida (…) à criação de um Centro Ciência Viva, como espaço interactivo de divulgação científica

Alargar a cobertura pública da oferta da educação pré-escolar no concelho

Promover estágios profissionais, preferencialmente para jovens licenciados do concelho

Facultar o acesso à Internet sem fios e de sinal aberto em espaços públicos, em todo o concelho

Promover e apoiar iniciativas sobre profilaxia e combate ao tráfico de droga (…) higiene alimentar, saúde oral, sexualidade, segurança, vacinação, alcoolismo e sida, em articulação com os serviços competentes

Desenvolver e apoiar Campos e Actividades de Férias e dinamizar a Casa da Juventude em articulação com as associações

Criar, no âmbito do Gabinete de Apoio ao Investidor, o Centro Municipal de Apoio ao Jovem Empresário (…)

Conceder apoios específicos ao associativismo desportivo (…) baseados em planos e relatórios de acção e premiar clubes/associações pela relevância dos resultados desportivos obtidos

Pôr em funcionamento uma política de parcerias entre as diversas IPSS (…) a fim de implementar uma rede de equipamentos e respostas sociais, partilhar recursos humanos, técnicos e físicos, maximizando a satisfação das necessidades

Apoiar crianças e jovens em risco e uma melhor integração de minorias étnicas, mulheres ou crianças em situação de violência doméstica, mães adolescentes e/ou solteiras.

Apoiar as I.P.S.S. do concelho no sentido de serem desenvolvidos Centros de Dia/Assistência Nocturna

Promover o apoio domiciliário aos idosos

Implementar o Conselho Municipal de Saúde, com a Missão de elaborar o Plano de Promoção da Saúde

01 outubro, 2009

BAIRRO DA LATA...a mim não me mentem mais!





Recordo-me dos tempos que vivi na primeira casa, no sentido Almeida-Malpartida, do então “Bairro dos Retornados”. Ano de 1978. Vivia então com os meus Pais, naquela pequena e minúscula casinha, onde ainda hoje a hera plantada por meu Pai cresce com toda a vivacidade.
Recordo-me dos frios no Inverno e do forno em que aquelas casas se transformavam no Verão.
Recordo-me da última casa do chamado “Bairro da Lata”, do lado esquerdo no sentido Almeida-Malpartida, onde vivi quando já casado e com o meu filho ainda de tenra idade.
Recordo-me que, no Inverno o meu despertador eram pingos de água que me caíam em cima da face.
Recordo-me a dor que sentia quando a meio da noite tínhamos que mudar o nosso filho da sua cama para a nossa porque caía água na camita dele.
Recordo-me dos gritos de pavor da minha esposa porque estava um morcego na casa de banho.
Enfim, recordo-me da tristeza que sentia meu Pai quando nos queixávamos das condições que não tínhamos e da tristeza que eu próprio sentia por não poder oferecer melhores condições de vida aos meus.
Mas também me recordo que há 16 anos que as promessas de construção de um novo bairro para alojar todos os residentes do tal “Bairro da Lata” são lembradas em todas as campanhas eleitorais.
Das promessas que Costa Reis fazia, quando em campanha eleitoral, aos residentes neste bairro e da alegria que eles demonstravam ao ouvirem as suas palavras.
Recordo-me com muita mágoa, quando em 2001, andando eu na companhia de Costa Reis, em campanha politica para as eleições de então, das palavras que dirigiu à minha Mãe e da satisfação que ela demonstrou ao ouvir atentamente as promessas do então Presidente da Câmara.
Recordo-me também das promessas que Baptista Ribeiro e José Alberto Morgado fizeram em 2005, em mais uma campanha eleitoral às autárquicas.
Também estive presente numa reunião, em representação de minha Mãe, com todos os residentes deste bairro, no Salão Nobre da Câmara Municipal e ouvi Baptista Ribeiro e José Alberto Morgado afirmarem que o Bairro que pretendiam construir seriam moradias a custos controlados, mas que seriam para venda ao preço de 600,00 euros por metro quadrado ( 120 contos por m2, em moeda antiga), quando o preço da construção no mercado rondava os 90 contos por m2. Aqui comecei a ver e ouvir o desânimo daquela gente que encheu o dito Salão, a revolta de alguns por se sentirem enganados.
Não é por prazer que toda aquela gente reside em casas com aquelas condições. Se são obrigados a ali residirem é porque não têm, nem possibilidades económicas nem condições para um qualquer banco lhes conceder um crédito à habitação.
Agora, é preciso descaramento vir afirmar, ao fim de tantos anos de promessas, que afinal “se quiserem uma casa têm que pagar 120 contos/m2 por cada uma”.

Não, Dr. Costa Reis o Senhor a mim não me engana mais!

Não Prof. Baptista Ribeiro, a mim o Senhor não mente mais!

Não, José Alberto em ti não acredito!

OS SENHORES NÃO ENGANAM MAIS A MINHA MÃE!

Escusam de voltar a este bairro com as mesmas promessas de há 16 anos, pois já ninguém acredita em vós.

Estou curioso qual será a forma que vão utilizar para tentarem enganar as gentes daquele bairro mais uma vez.
Será que virá mais uma “Primeira Pedra” ?
O que será desta vez?
Estou curioso.

No entanto, atrevo-me a afirmar que Baptista Ribeiro, José Alberto Morgado e Costa Reis não vão mais mentir às gentes do “Bairro da Lata”.

Utilizem os estratagemas que quiserem. Lancem quantas “primeiras pedras” quiserem, ali NÃO MENTEM MAIS NENHUMA VEZ!

João Neves

30 setembro, 2009

Assim...não...é muito feio.



É desta a forma insultuosa, suja, cobarde, injuriosa que os adversários da FORÇA DE ACREDITAR usam no combate político.
Hoje é a injuria, amanhã a ofensa e todos os dias o alastrar boatos porcos, sujos, falsos e, mais uma vez, cobardes.
É esta a postura politica dos adversários de Orlindo Vicente.
É por estas razões que o nosso povo diz que a politica é porca.
Não...não é a politica que é porca.
Certas e determinadas pessoas é que deveriam ser banidas da vida politica.

Agora entendo porque razão Manuela Ferreira Leite afirmava que a Madeira de Jardim era o paraíso da liberdade e da democracia. Não terá Jardim aqui excelentes seguidores?
Fica a interrogação.

Se porventura Baptista Ribeiro e o PSD são estranhos a este panfleto, desafio-o a demarcar-se publicamente.

No entanto, permitam-me afirmar que nada acontece por acaso.

Não é por acaso que o PSD sofreu em 2005 uma divisão, quando um grupo de independentes, que não diziam nada ao Partido Social Democrata, praticou um autentico assalto ao poder às estruturas politicas concelhias do PSD e se instituíram Candidatos à Câmara, sem a aprovação dos seus militantes, de acordo com os estatutos do Partido. Como não será por acaso que o PSD perdeu militantes entre os quais eu próprio, Joaquim Fonseca e José Augusto Rodrigues.
Que o diga o Dr. Costa Reis se tiver coragem para isso.
Com este Senhor estávamos habituados a fazer campanhas politicas com lisura, seriedade e sem recorrer a criticas sujas e mentiras vergonhosas.
Mas, enfim, parece que até o Dr. Costa Reis perdeu o verniz, o que, no que me diz respeito pessoalmente, lamento imenso e me desilude.

Fica aqui a minha satisfação pela forma como Orlindo Vicente e os seus candidatos estão a fazer a sua campanha politica.
Sem criticas injuriosas, com verdade, com educação, com muita humildade, com respeito pelos adversários e pelas suas ideias.
Só assim a política e os políticos poderão ser dignificados.

É com esta postura que se definem e reconhecem os vencedores.

João Neves

23 setembro, 2009

QUE TURISMO PARA ALMEIDA?

Aparecem com regularidade nas caixas de correio do grande Porto, e certamente por todo o lado pois se trata uma agência de viagens com venda directa, um folheto de divulgação de excursões turísticas. A vários destinos de Portugal e Espanha, mas também a outros pontos badalados de turismo massificado espalhados pelo mundo.



Numa das faces do folheto (sempre com 2 propostas diferentes), chama a atenção o convite para uma visita a Almeida - “VENHA CONHECER: ALMEIDA – 1 DIA”. Apresentada como uma “Imperdível!!! aldeia histórica”, consulto o verso para ver o programa e as condições: em várias datas diferentes, como se pode verificar, o conteúdo é sempre o mesmo.



Depois de uma viagem de autocarro, um pequeno-almoço já incluído num restaurante não especificado, com apresentações publicitárias da própria agência. O segundo parágrafo refere que “Depois de almoço” se fará uma “VISITA À BELÍSSIMA LOCALIDADE DE ALMEIDA”. “Localidade?” Aí detenho mais a atenção: começa na “Agência de Turismo” (???), passa pela Câmara Municipal, Centro de Estudos (de quê???), Picadeiro Del-Rey, Roda dos Expostos (como sabemos, normalmente fechada), “Casamantas” (CASAMANTAS??? – Não deve ser uma venda “mantas”… Deve, com certeza, referir-se às “Casamatas”! Terá alguma coisa a ver com a recente retirada de “mantas” da cobertura? E, sem falar na Porta Nova (que não parece merecer a pena…), vai-se às Portas Duplas de Santo António, onde prometem que “assistiremos a um vídeo que conta a história da aldeia”. A “história da aldeia”??? Repare-se, com minúscula(!) não é, de certeza, a História da importância da Fortaleza de Almeida já que nem fala desta em lado nenhum… nem nada que se pareça com o seu papel como Praça-Forte na História de Portugal. É uma “aldeia histórica”, seja lá o que isso for…
Há finalmente tempo livre para provar “a ginja - bebida típica da região” (vá lá, não incluída…) e logo“Regresso a casa”.





Com um programa destes, constantemente repartido por autocarros, em datas diferentes, compreende-se melhor os apregoados números das estatísticas sobre visitantes a Almeida, o orgulho, inchado mas balofo, dos defensores dos magotes que se vêem pelas ruas e nas muralhas, bem como a razão porque vejo sempre os comerciantes de Almeida com a cabeça na mão: o município, aparentemente, oferece tudo. E só sobra o tempo de usar os sanitários.

Ligo para a agência para saber se o almoço é já em Almeida. Não. Em Celorico da Beira. Afinal, nem sequer um dia dura a visita a Almeida. Apenas uma tarde. A do 25 de Setembro de 2009 já está esgotada. Não admira. 11,90 Euros, “o melhor preço do mercado”, com tudo incluído – e ainda se tem direito a uma “linda prenda”!

- Quem resiste ao semelhante? Como é que Almeida sai assim promovida? Quem ganha com isto?
A assim “manter o rumo”, se Almeida conseguir a ambicionada classificação como Património da Humanidade pela UNESCO, que mais estaremos para ver? Irónico é que ainda se encoste a este rumo o slogan “agir com verdade”!
Venham lá com estatísticas…

Maria Clarinda Moreira

17 setembro, 2009

BEM PREGA FREI TOMÁS...



O que é o “património mundial”?

A propósito da candidatura de Almeida a Património Mundial da Humanidade, vale a pena perguntar: saberá uma parte significativa dos cidadãos, e os almeidenses em particular, o que significa pertencer ao património mundial da UNESCO? Alguém lhes explicou o que isso é, as suas vantagens e as suas exigências/obrigações? Houve debate público ANTES do dossier de candidatura ser apresentado? Que eu tenha conhecimento, uma vez mais, a decisão ficou reservada aos denominados “qualificados técnicos”, que elaboraram o referido dossier, e aos políticos do executivo camarário, esquecendo ou achando desnecessário debater em fórum público a decisão e as preocupações da população antes da apresentação oficial do mesmo.

A esmagadora vinda de peritos ao Seminário internacional, há dias promovido nas Portas de Santo António, integrado nas Comemorações do Cerco de Almeida, nada trouxe de novo sobre a importância do assunto, nem sobre os problemas directamente relacionados com esta Fortaleza histórica. Talvez por isso mesmo, a população voltou literalmente as costas a esse encontro de especialistas que ficaram a maior parte do tempo a falar para si próprios. Por outro lado, já se sabia, a sua presença em Portugal não é, só por si, aval positivo ao que se tem realizado em termos de obras locais: os convidados não iam apontar críticas na casa dos generosos anfitriões que os convidaram e suportaram as suas deslocações e estadias. Isso seria uma descortesia. Era interessante ouvir-se, sim, a opinião de peritos verdadeiramente descomprometidos!



Por fim, ainda que muito elogiado pelos apresentadores, o massivo dossier de candidatura é essencialmente uma colectânea de textos técnicos, em grande parte, com abordagens já conhecidas, profusamente ilustrado e luxuosamente apresentado com o objectivo, quiçá, de ser também um aliciante cartão de visita junto da comissão da UNESCO incumbida da análise e aceitação da candidatura a eventual reconhecimento de Património Mundial para Almeida. Até aí, um procedimento expectável e normal. Foi, porém, apresentado com tal carga de discursos inflamados e demagogia (aí sim, já perante uma sala preenchida) que, objectivamente falando, chegou a rondar um pouco a insensatez. Um dos oradores, num rasgo de incontível exaltação retórica, chegou mesmo a rematar que não deveria ser Almeida a almejar ser reconhecida como Património Mundial da UNESCO, mas sim a UNESCO que deveria congratular-se por poder contar com Almeida no seu rol.
Les portugais sont toujours gais!...

Contudo, a ironia das ironias de toda esta agitação mediática, está precisamente patente, ainda que de forma bem mais discreta, no último parágrafo do referido dossier, a pags.364, onde se diz:
“ Pretende-se, exclusivamente, que Almeida cresça, como até aqui, sem prejuízo para a leitura da sua fortaleza, afinal, o seu maior recurso, mesmo que a pressão construtiva aumente como se espera.”


Mas como é possível continuar a haver uma leitura completa e capaz da fortaleza, perante as intervenções construtivas e desintegradas no monumento que têm vindo a ser efectuadas, principalmente nos últimos anos??!!

Será que o edifício tipo caixote junto à Câmara confere uma melhor leitura a uma praça de guerra do Séx-XVII a XIX? As pirâmides de vidro sobre a Porta exterior de Santo António ajudam à leitura do que deve ser um abaluartado à prova de bomba? A azulejaria e granitos semipolidos da porta nova, são uma mais-valia à leitura da fortaleza? Os quartos-de- banho salientes no fosso, as portas em madeira serradas ou feitas de madeira diferente da original, a alteração interior das casamatas e sobretudo do seu exterior, retirando não só as barreiras de terra, a implantação de rodelas de granito sobre os respiradoruros, de bancos em granito polido em redor onde raramente alguém se sentará, um monta-pratos numa esplanada vazia, etc., etc., são elementos que enriquecem a “leitura da fortaleza como o seu maior recurso”?

Ou estamos todos enganados e somos ignorantes, ou somos todos tomados por estúpidos. O que é certo é que nada disto, apesar de património colectivo nacional, e com pretensões a reconhecimento internacional, foi ponderado de forma mais aprofundada e abrangente. Bem prega Frei Tomás… Pior: convive pouco e mal com a recomendação de um dos oradores, Rui Carita que, de forma idónea, deixou a seguinte advertência final: “Almeida está por estudar, falta saber muito sobre esta magnífica fortaleza. E isso não é tarefa para uma ou duas cabeças só…”.

Quanto ao futuro, mais há a temer por este andar: as obras foram apresentadas com elogios de enorme satisfação, seguidas do comentário “mal ou bem, estão feitas. Muito mais há para se fazer!” Aí o peito sofre novo aperto: irá o tal imponente miradouro de betão já projectado, com mais outra esplanada, ser construído sobre outro miradouro natural na zona do castelo? Irão avançar as já aprovadas obras para as Portas de São Francisco, com pedras e repuxos desde o Jardim da Pérgola? Que necessidade de imposição sobre a camada histórica de Almeida é essa? Em que é que valorizam a leitura da Fortaleza? Em que é que aumentam à qualidade de vida dos almeidenses e cidadãos em geral, que amam a História e visitam Almeida à procura dos seus sinais de autenticidade?

As atitudes ficam com quem as tem, e na hora da sua apreciação, esperemos que os almeidenses saibam agir em conformidade.

Rui Brito Fonseca

08 setembro, 2009

DIA FELIZ EM ALMEIDA

Há dias felizes em Almeida. Ou melhor, há momentos em que é bom constatar que, apesar de todas as dificuldades e adversidades, há uma dinâmica e uma força de querer, que consegue ir pondo de pé projectos positivos e consequentes para o desenvolvimento estrutural de uma zona despovoada e envelhecida.



Falo da Aldeia de S. Sebastião, ou melhor, de uma anexa de outra aldeia do concelho, à partida com todas as condições para desaparecer no mapa, não fosse a teimosia dos seus habitantes, cerca de 80, a maioria de idade avançada, no extremo da raia seca, onde as condições de vida nunca foram fáceis!

No entanto, contrariando todas as previsões e condicionantes, esta aldeia não pára de se inovar: como muitos sabem, partindo da dinâmica de uma simples Associação (a ADCS de S. Sebastião), depois da construção de um Centro Cultural e Desportivo, de uma piscina descoberta, atracção de muitos sobretudo na época estival, de um anfiteatro ao ar livre, de um campo polidesportivo, de bungalows permanentemente ocupados por nacionais e estrangeiros, equipadas com conforto tanto para o Verão como o Inverno… lembraram-se (e não se ficando apenas pela lembrança, meteram mesmo mãos à obra) de construir um Lar para idosos, que é um merecido mimo para todos os que levaram uma vida árdua, uma enorme evidência de dignidade, bom gosto e qualidade, além de uma racional e muito esforçada aplicação de recursos, com criação de postos de trabalho onde estes são tão difíceis de encontrar.


Os presentes na inauguração oficial, que teve lugar no dia 4 deste mês, puderam constatar a enorme alegria, azáfama e merecido orgulho de todos os que trabalharam para conseguir esta magnífica infra-estrutura, já a funcionar em pleno, onde os mais velhos agradecem com versos e canções simples, mas cheias de significado, que emocionam e marcam pela sinceridade.



Depois das intervenções dos oradores convidados, um almoço de confraternização, servido por uma empresa que, contando com enorme afluência de pessoas, esperava a postos, assegurando conforto, quantidade e qualidade de serviço. Apesar disso, um pormenor, aparentemente insignificante, não passou despercebido aos mais atentos: os únicos que não se sentavam e giravam de um lado para o outro a providenciar atenções eram os próprios promotores da iniciativa. Antes do fim da festa, ao abandonar o local, um último relance permitiu observar o presidente da Associação que, a par de outros, ainda de gravata mas já sem casaco, giravam de um lado para o outro, sem parar, a chegar pratos, copos e talheres… para que nada faltasse aos presentes naquele momento de convívio.

Talvez mereça essa atitude ser interpretada como um mero um sinal de boas maneiras. Mas eu achei que é muito mais. É um sinal de irrequietude, de prontidão perante qualquer necessidade e sobretudo de responsabilidade social, que merece o nosso reconhecimento e admiração.

- Parabéns ADCS da Aldeia de S. Sebastião! A aldeia, pequena como é, mostra bem como é capaz. Um exemplo e um estímulo muito encorajador para todos os habitantes de Almeida.

03 setembro, 2009

À MANEIRA...

Afinal Eles também lêem blogues. É claro que sim! Blogues e críticas impressas. E se mais houvesse, há mais tempo, “Eles” teriam andado de outro jeito… Porque é a contar com a apatia e indiferença dos almeidenses que as coisas chegaram a este ponto!

Se dúvidas havia (para nós, nenhuma!), este ano, o extenso Programa da Recriação do “Cerco” de Almeida com respectivo Seminário, Programa de Inauguração das Casamatas, apresentação pública do Dossier de Candidatura das Fortificações de Almeida a Património Mundial e 2º Simpósio de Artes em Almeida constituiu uma extraordinária oportunidade de constatar isso mesmo.

Aí voltaremos, aos poucos, porque a dose é forte e não vamos ser indigestos. Os almeidenses, pouco unidos mas causticados, habituaram-se a ver neste blogue aquilo que tem a preocupação de ser: um Fórum onde, a par de alguns factos relevantes sobre Almeida, os intervenientes se reservam o direito de exprimir as suas opiniões, sem sequer terem a pretensão de reivindicar a razão toda. Sublinho: apenas o direito de exprimirem as suas opiniões! E isto, com consciência de que falar publicamente responsabiliza os autores pela veracidade do que publicam, não só porque subscrevem o que dizem, mas sobretudo porque estão sempre sujeitos ao contraditório, exigindo simplesmente não serem perseguidos e desfeiteados por velhacarias e distorções de toda a espécie!

No momento em que publiquei o último artigo, aludi a esse clima em Almeida, carregado de penosidade num esforço de manter a sujeição e compadrio a todo o custo e por todos os meios. Só que agora, e como era de prever, tudo indica que cada vez mais os lobos vão pondo farinha nas patas para se simularem de cordeiros, já sem recorrer aos berros, mas a imperceptíveis olhares e ordens segredadas, sempre a farejar sinais de “polémica” para prontamente reagirem ao mínimo sinal de alerta. Afinal sempre serve de alguma coisa seguir os blogues…




Faz precisamente agora um ano que dei início a uma colaboração escrita neste Fórum, como é óbvio, não sem logo também sofrer retaliações por isso. Mas o contraste entre o que agora podemos observar e a arrogância do que então me levou então à decisão de começar aqui a participar também, a par de outros autores, não podia ser mais flagrante!

Vigorava, na altura, o “quero posso e mando” cuja gota de água foi uma série de propostas de intervenção no centro histórico de Almeida (por ora, como é óbvio, quietinhas na gaveta…) com um Presidente da edilidade a bradar aos microfones que “Quem manda aqui sou eu. Eu fui eleito pelos almeidenses, estou legalmente mandatado para decidir. Nem que seja pela diferença de um voto, quem decide sou eu, e por isso, bem ou mal eu decido”. Todos os presentes ouviram, contestaram, ao vivo ou neste Fórum, disseram o que lhes ia na alma. Era esse o objectivo. E continua a ser! Por assim ser é que nestes quase quatro anos não foram poucos os desiludidos a exprimir a sua decepção, e por muito que se tente apagar isso, é tarde demais! Esses e outros sentimentos estão patentes relendo o que está para trás e continua publicado neste blogue desde a sua existência, favorável ou desfavorável a quem quer que seja.

Porém, subitamente, com o aproximar de um período de eleições, sobretudo após tantos deslizes públicos do género vivamente criticados, e possivelmente com aconselhamento de outro aviso à navegação, vale a pena observar a quase perfeita operação de cosmética que o mesmo orador assim tão “omnipotente”, de repente, sofreu. Não só Ele (com a maiúscula reivindicada num cartaz) como Eles (com maiúscula também, apesar de omissos no mesmo cartaz) pelos nós fundamentais na teia que tecem juntos a “cuidar” de Almeida.


Agora, como puderam constatar os presentes, já não batem o pé. Quando usam o microfone, fazem-no com uma voz controlada e quase delicada, medindo palavra a palavra, expressão pausada, crescendo, crescendo, insuflando-se… e só perto mesmo do fim dos discursos, elogiando-se e cumprimentando-se todos uns aos outros, em fileiras cerradas, tudo culmina numa espécie de apoteose final, mandada ao ar, desafiando os aplausos da assistência. De néscios não têm nada: decidiram trilhar um caminho diferente e, desta vez, vade retro com propostas de projectos desenquadrados. Sentindo tremer o chão em tempo de eleições, toca de agradar à população “oferecendo-lhes” o que mais lhes possa agradar: inaugurações, festas, simpatia, oferta de serviços, assinatura de protocolos e, ao que se sabe, até algum apaziguamento de estômagos mais esfaimados.


Aparentemente exultantes com a estratégia, abraçam-se, felicitam-se e sorriem. Tudo parece perfeito. E à primeira vista, sobretudo para os distraídos, até é: alguns olhares chegam mesmo a brilhar de triunfo, não faltam as expressões de regozijo, as luzes feéricas refulgem por todos os lados… e só uma sombra de tristeza, aqui e ali, denuncia a existência de grades na gaiola dourada!


No meio de tanta agitação, ainda há alguém a apelar à “colaboração de todos”, apesar de outros obviamente preferirem continuar a deixar o ferrão. Nem seria de esperar outra coisa. Está na índole. É por isso que por muito que disfarcem, nada é consistente, nada consegue colar os cacos espalhados pelo chão. Quem é que não se recorda do refrão irreverente da canção: “Demagogia, feita à maneira… é como queijo numa ratoeira!”?

Maria Clarinda Moreira