Um autêntico ovo de Páscoa foi o que Almeida recebeu neste
tempo de permanente crise que vai infernizando a nossa vivência. Nem tudo, vá
lá, são notícias negativas. Uma agradável surpresa o que a Unesco veio agora
confirmar: ALMEIDA vai mesmo ser classificada como PATRIMÓNIO DA HUMANIDADE!
Eu nem sei como expressar a minha satisfação por tão
inesperada novidade. Confesso que, nos primeiros momentos, fiquei sem palavras.
A justificação para tão meritória distinção baseia-se (e passo a citar do longo
texto justificativo) “…não só no património histórico de que a Vila
de Almeida é detentora por herança, mas particularmente pela qualidade
integrativa das novas construções dentro
e fora do Centro Histórico, constituindo uma harmónica linguagem de formas e
soluções entre o antigo e o moderno…”
Mais à frente, enumeram-se mesmo os exemplos que causaram boa impressão e que terão contribuído para
tal distinção: “… a feliz incorporação das
soluções construtivas modernas, como os arranjos junto às majestosas
Portas da Praça, a inclusão de novos materiais e formas (vidro e aço) no todo
abaluartado; a geometria de recentes construções dentro do perímetro urbano numa simbiose construtiva
de grande sensibilidade…”
Enfim, os encómios
são diversos, e até alguns por que, pessoalmente em tempos, não demonstrei total
agrado, foram tidos como mais valia, lendo-se que “… constitui um circuito
turístico e ecológico, acessibilizando uma visão
da vila exterior em 360º consubstanciada
numa funcional e utilíssima ciclovia…”
Quem diria!
Bem, meus leitores , eu sempre advoguei que as obras que a CMA tem andado a
fazer ao longo destes últimos anos são de grande alcance, apesar de, poucas
vezes, concordar com as soluções propostas. Agora, só me resta dar os parabéns,
juntando a minha voz de aplauso aos preclaros decisores e notáveis académicos
que secundam a CMA e dizer-lhes
publicamente: BEM-HAJAM!
Rui Brito Fonseca
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