24 abril, 2008

25 DE ABRIL DE 1974 - DIA DA LIBERDADE




25 de Abril de 1974







Nesta data, nunca é demais recordar este homem...O Capitão de Abril.

O Homem que me ensinou com o seu exemplo de vida, os caminhos da liberdade e o significado de ser um homem livre.

Até um dia...Capitão!



SALGUEIRO MAIA


Militar, capitão de Abril: 1944-1992




RUMO AO CARMO

Antes do meio-dia, pelo posto de comando, Salgueiro Maia é informado de que Marcelo Caetano está no Carmo. Deixando forças a guardar os ministérios, avança para lá. Quando entra no Rossio, aparece-lhe pela frente uma coluna militar com uma companhia de atiradores que o Governo enviara para fazer frente aos revoltosos. O Capitão salta do seu jipe e vai perguntar ao comandante da coluna o que está ali a fazer. É-lhe respondido que tem ordens para o prender, mas que está com a Revolução. E também esta coluna é integrada nas forças que avançam para o Carmo.

As edições especiais dos jornais começam a circular. O Rossio, a Rua do Carmo, todo o percurso, está cheio de populares que vitoriam os soldados. Os cravos vermelhos começam a ser enfiados nos canos das G-3. É cerca de 12,30. Diz o capitão: «No Carmo, ao chegar houve desde senhoras a abrir portas e janelas para colocar os homens nas posições dominantes sobre o Quartel, até ao simples espectador que enrouquecia a cantar o Hino Nacional. O ambiente que lá se viveu não tem descrição, pois foi de tal maneira belo que depois dele nada de mais digno pode acontecer na vida de uma pessoa».


Após a intimação para que a guarnição se renda e entregue Marcelo Caetano, não sendo obedecido, Maia recebe ordem do posto de comando para abrir fogo sobre o edifício.


Porém, ele sabe que as granadas explosivas das autometralhadoras num largo apinhado de gente irão provocar centenas de mortes.

Manda disparar armas automáticas para a parte superior do Quartel .

Entra uma primeira vez dentro do edifício, mas não consegue a rendição. Entra uma segunda vez e exige falar com o Presidente do Conselho. Numa antecâmara, Rui Patrício chora como uma criança e Moreira Baptista olha, ausente, o infinito. Deixemos que ele nos descreva o seu diálogo com Marcelo Caetano:
«Marcelo estava pálido, barba por fazer, gravata desapertada, mas digno.
Fiz-lhe a continência da praxe e disse-lhe que queria a rendição formal e imediata. Declarou-me já se ter rendido ao Sr. General Spínola, pelo telefone, e só aguardava a chegada deste para lhe transferir o Poder, para que o mesmo não caísse na rua! Estive para lhe dizer que estava lá fora o Poder no povo e que este estava na rua. Declarou esperar que o tratassem com a dignidade com que sempre tinha vivido e perguntou o que ia ser feito dele. Declarei que certamente seria tratado com dignidade, mas não sabia para onde iria, pois isso não me competia a mim decidir. Perguntou a quem competia. Declarei que a «Óscar». Perguntou quem era «Óscar». Declarei ser a Comissão Coordenadora. Perguntou-me quem eram os chefes. Declarei serem vários oficiais, incluindo alguns generais, isto para que ele não ficasse mal impressionado por a Revolução ser feita essencialmente por capitães.


Perguntou-me ainda o que ia ser feito do Ultramar. Declarei-lhe que a solução para a guerra seria obtida por conversações. Toda esta conversa, tida a sós, teve por fundo o barulho do povo a cantar o Hino Nacional e o Está na hora».

Depois, pouco antes das 18.00, chega Spínola, que embora tenha dito a Marcelo nada ter a ver com o Movimento, rapidamente assume ares de «dono da guerra», no dizer de Salgueiro Maia.



Às 19,30, Marcelo, Moreira Baptista e Rui Patrício entram numa viatura blindada que encostou a traseira à porta de armas do Quartel. Na confusão que se estabelece, com a multidão a gritar «assassinos!», e com os militares a proteger os homens do regime da ira popular, Henrique Tenreiro que deveria também seguir preso no transporte blindado, mistura-se com os populares e escapa-se, gozando mais umas horas de liberdade.



Após a rendição de Marcelo Caetano e a sua saída do Quartel, pode dizer-se que a Revolução estava ganha, embora, ali perto, na Rua António Maria Cardoso, os agentes da PIDE, encurralados como feras dentro da sua sede, disparassem das janelas, matando cinco pessoas
As únicas mortes verificadas durante o 25 de Abril.

A noite iria ser longa.
Muita coisa iria passar-se até que nos ecrãs da televisão os Portugueses tivessem ocasião de ver a Junta de Salvação Nacional, com uns senhores empertigados, com um vago ar de golpistas sul-americanos, viessem, armados em «donos da guerra», ditar as leis de uma Revolução para a qual nada tinham contribuído, deixando na sombra os jovens oficiais que, como Salgueiro Maia, tudo tinham feito, que tudo tinham arriscado.




E DEPOIS, O ADEUS

Naquele dia do princípio de Abril de 1992, no cemitério de Castelo de Vide, quatro presidentes da República (António de Spínola, Costa Gomes, Ramalho Eanes e Mário Soares), vêem descer à terra num modesto caixão o corpo de um dos homens que mais contribuiu para que tivessem podido ascender à mais alta magistratura da Nação.


No dia 4, Fernando Salgueiro Maia fora vencido pela doença.


«O gajo ganhou», dissera ele a um oficial da EPC, referindo-se ao cancro quando se convenceu do carácter terminal da sua doença.

Quem é este homem, vencedor de batalhas, de revoluções, que agora desce à terra, em campa rasa, ao som do «Grândola, Vila Morena»?

Nasce ali, em Castelo de Vide, em 1 de Julho de 1944. Muito novo, fica órfão de mãe. Faz os estudos primários em São Torcato, Coruche, e os secundários no Colégio Nun'Álvares de Tomar e no Liceu Nacional de Leiria. Em 1964, ingressa na Academia Militar.
«Filho de uma família de ferroviários, é a situação de guerra nas colónias que me permite o acesso à Academia Militar, pois o conflito fez perder as vocações habituais, e assim a instituição foi obrigada a abrir as suas portas», diz-nos ele em «Capitão de Abril».

Dois anos depois, apresenta-se na Escola Prática de Cavalaria.

Depois, a guerra.

Porém, tudo se pode resumir a uma breve legenda: Salgueiro Maia, soldado português que à frente de 240 homens e com dez carros de combate da EPC avançou em 25 de Abril de 1974 sobre Lisboa, ocupou o Terreiro do Paço levando os ministros de um regime ditatorial de quase 50 anos a fugir como coelhos assustados, cercou o Quartel do Carmo obrigando Marcelo Caetano a render-se e a demitir-se.


Atingiu o posto de tenente-coronel, recusou cargos de poder.

SALGUEIRO MAIA,

é o mais puro símbolo da coragem e da generosidade dos capitães de Abril.



E quase tudo terá ficado dito.





Joao Neves
____________________
Nota: Este texto foi elaborado com base em diversos depoimentos de intervenientes no 25 de Abril. Entre estes destacamos o livro de Salgueiro Maia «Capitão de Abril», editado pela Editorial de Notícias e a 4ª edição de «Alvorada em Abril», de Otelo Saraiva de Carvalho, também da mesma editora.

17 abril, 2008

18 de Abril - DIA INTERNACIONAL DOS MONUMENTOS E SÍTIOS

A propósito do Centro de Estudos de Arquitectura Militar de Almeida

A Porta Exterior de Santo António foi recentemente alvo de adaptação do seu espaço para a criação de um Centro de Estudos de Arquitectura Militar, denominado de CEAMA. De lamentar que tenha demorado tanto tempo a ser implementado, pois já as conclusões do I Simpósio Internacional de Arquitectura Militar Abaluartada, realizado em Almeida em 1989 (ver fotos), apontavam para a criação de um Centro onde se pudesse estudar e dinamizar essa área específica do saber…


Reconhecendo que mais vale tarde do que nunca, não queria, no entanto, deixar de registar alguns reparos que penso pertinentes, resultantes das obras de adaptação, de forma a prevenir a persistência de erros em intervenções no património histórico de Almeida.


Aparentemente, o mais gritante são as pirâmides de vidro e aço implantadas no exterior da Porta, assentes sobre o lajeado granítico que foi construído à prova de bomba. Como se vê, as ditas pirâmides não podem deixar de ficar mesmo integradas com a robustez do granito, pois a sua fragilidade, apesar de à prova do bom senso, não o é à prova de bomba…



Mas continuando…O piso no interior da porta, foi substituído por seixos rolados escuros, possivelmente do Rio Côa, argamassados com cimento, quando se sabe que, no original, a calçada era de quartzo leitoso e não tinha qualquer tipo de argamassa.

…O piso lateral, constituído por blocos graníticos com desgaste e patina seculares, foi agora revestido com placas alisadas de granito, contrastando uma vez mais, com o aspecto vetusto do conjunto.

…As maciças portas de carvalho também bem antigas, foram simplesmente serradas, aplicando roletes não devidamente enquadrados e aberrantes: as portas eram sólidas e fechadas, e não arregaçadas, pois desse modo não seriam à prova de tiro de arcabuz, como originalmente construídas.

… A canalização de esgoto aplicada em plástico colorido destoa no antigo rasgo construído para efeitos de esgoto do lado de fora das Portas. Sendo anacrónica, não custava muito disfarçá-la melhor.

Mas há mais: não houve cuidado em preservar na Praça talvez o único indício visível da ocupação pelas forças francesas, já que o presumível graffiti / gravação sulcada na pedra deixado pelas tropas napoleónicas (ver fotos antiga e actual) que existia no interior da Porta, foi simplesmente apagado por jacto de areia destruidor, tendo a quase totalidade dos pormenores irremediavelmente desaparecido.



… E, como ficou evidenciado na inauguração realizada em Agosto de 2007, foi pena terem-se esquecido da função de um algeroz de esgoto de águas pluviais o que como documenta a foto, com uma chuvada imprevista… inundou o interior da Porta, obrigando os convidados a deslocarem-se aos pulinhos e em bicos de pés. Logo na inauguração! Mas, por incrível que pareça, o erro perdura até hoje… no mesmo ponto, como se não fossem cair mais chuvadas!


Tendo em conta uma intervenção tão pontual, e com gastos de dinheiro alegadamente para valorizar o património, é de lastimar a falta de sensibilidade e cuidado nesta multiplicidade de pormenores - caracterizadores da abordagem feita.

Assim, aos poucos, vai a praça-forte de Almeida sendo desvirtuada da sua singularidade, perdendo a sua vetustez, ao sabor de intervenções pouco consentâneas com a sua histórica e patrimonial valia, que é - não nos esqueçamos- TODO O SEU CONJUNTO. Intervenções estas que vão sendo sempre decididas à revelia dos almeidenses e sem uma abordagem multidisciplinar que pudesse efectivamente contribuir com o mínimo de ponderação e conhecimento para a preservação e revalorização do património histórico da Praça-forte de Almeida, que, a despeito da possibilidade ou não de classificação pela UNESCO, assim vai ficando cada vez mais empobrecida, incaracterística e vulgar.

Por isso, no Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, além de um direito e dever de cidadania, registo estes reparos, em nome de uma capacidade cívica, interventora, tão diferente do “deixa andar” e, porque não dizê-lo, numa expressão de contestação, que julgo partilhada por muitos cidadãos de Almeida e do país, para um acto de afirmação: NÃO À CONTINUAÇÃO DESTE TIPO DE INTERVENÇÃO NO NOSSO PATRIMÓNIO!.

Rui Brito da Fonseca

15 abril, 2008

Agenda Cultural

Acabei de receber mais uma agenda cultural, a segunda do corrente ano.
Como sempre, dei-lhe uma vista de olhos procurando de alguma forma encontrar as principais novidades para este trimestre.
Não me vou pronunciar acerca do conteúdo da mesma. Cabe a quem a elabora definir os temas ali a inserir e destacar.
Em minha opinião, a Câmara Municipal terá que distribuí-la em tempo oportuno, para que as pessoas a possam consultar antes do início do trimestre. É que receber a mesma já passados 10/12 dias, alguns dos eventos já decorreram. Neste por sinal, havia alguns de interesse significativo.
Seja quem for que tem a responsabilidade da impressão da agenda, não pode cometer erros como os verificados nesta edição, principalmente de escrita.
É uma imagem negativa para a própria Câmara.
Aproveitando ainda este espaço, aconselho a que alguém verifique os números de telefone ali inscritos, como pertença de associações. Se ligarmos, para alguns, vamos encontrar pessoas no outro lado da linha que nada têm a ver com a associação.
O motivo principal deste meu apontamento prende-se com dois factos.
O primeiro para a realização de uma visita guiada ao Património do Concelho de Almeida, a primeira. A pergunta que se me afigura de imediato e perante o que se encontra inscrito na agenda, é a quem se destina esta visita? A toda a população do concelho? Aos mais idosos? Aos jovens? Aos alunos do Básico? A estrangeiros?
Estas perguntas surgem-me apenas e só, porque a visita está marcada para o dia 24 de Abril, quinta-feira, dia de trabalho normal para a maioria das pessoas.
O dia a seguir (25 de Abril), até é feriado nacional. E porque não ao domingo? Pessoalmente não posso participar, e como eu, certamente mais pessoas.
Boas razões terão havido para que seja a 24, quinta-feira.
O segundo motivo que me leva a escrever sobre a agenda cultural da Câmara Municipal de Almeida, relaciona-se com a declaração do senhor Vice-Presidente da Câmara.
Atentos ao segundo parágrafo do texto, podemos ler “…..neste trimestre, vos convidamos….”. Vos convidamos? Aceitaria de bom grado a expressão se a mesma fosse dirigida a pessoas de convivência diária ou de confiança pessoal. A questão fundamental é que uma agenda deste tipo e com estas características, certamente ultrapassa fronteiras concelhias, regionais e se provávelmente até nacionais.
Tratar as pessoas por vos, é que me parece falta de decoro.
Não menos grave do que esta questão, temos a afirmação do penúltimo parágrafo.
Termina assim: “….roteiro gastronómico direccionado fundamentalmente para os Restaurantes de Almeida, Vilar Formoso e Concelho.”
Uma pergunta me surge: Almeida e Vilar Formoso não pertencem ao Concelho?
Numa agenda que se pretende e diz cultural, não pode haver afirmações como estas.
Há que corrigir no futuro. E antes da saída da mesma, deve ser feita uma leitura de correcção para evitar gralhas simples, mas que dão uma imagem negativa.
Penso que não é isso que o Executivo pretende.

Câmara de Almeida acusa Arq. José Afonso de inoperância

Câmara de Almeida Acusa Director do IGESPAR da Beira Interior de “inoperância”

Noticia publicada in “Terras da Beira” em 10/Abril/2008.

“O presidente da Câmara Municipal de Almeida, Baptista Ribeiro, confirmou ao Terras da Beira que teve de recorrer aos serviços do IGESPAR em Lisboa para poder avançar com as obras de impermeabilização das Casamatas. A “inoperância” do director regional estava a comprometer a instalação do Museu Histórico-Militar e a utilização de fundos comunitários.”

Penso que será útil e de extrema importância que esta “discussão” se esclareça, com a maior brevidade possível, pelos intervenientes. Pelos vistos será uma discussão entre o Director do IGESPAR e o Presidente da Câmara de Almeida.

Os habitantes de Almeida e até do Concelho, devem saber a verdade toda, uma vez que foram feitas afirmações, de ambos os lados, que eu considero bastante graves, no que respeita ao património arquitectónico e cultural de Almeida.

Diz aquele Semanário “…o Director do IGESPAR, disse ao TB que discordava “profundamente” daquilo que foi feito e que lhe “dói muito ver um monumento com “aquela importância” ser tão “mal tratado”…”.
Por sua vez o Sr. Presidente da Câmara de Almeida “…diz que as afirmações foram feitas de “forma leviana e irresponsável”… afirmando até que “…se José Afonso não pedir desculpas, o presidente da Câmara de Almeida assegura que irá exigir a demissão do arquitecto do cargo que ocupa no IGESPAR…”.

Penso que por respeito aos habitantes deste Concelho se deve apurar a verdade.

Pelo nosso lado resta-nos afirmar que esperamos que desta discussão na “praça pública”, não resulte em quaisquer prejuízos para Almeida, para o seu Concelho e para o nosso Património Cultural.

Pela minha parte termino, e porque já ouvi e li que à para aí projectos de “esplanadas”, “lagos ou lençóis de água” a construir no NOSSO património, com um apelo: POR FAVOR, NÃO MEXAM NO NOSSO MONUMENTO. Por favor não acrescentem nada ao nosso Monumento. LIMPEM-NO E RESTAUREM-NO SIMPLESMENTE, mas de resto, fiquem quietinhos. Não lhe toquem. Ele não precisa de mais nada. Por favor.

João Neves

09 abril, 2008

Assim....não.

No início desta semana fomos confrontados na comunição social com declarações proferidas por um destacado dirigente do Partido Socialista, acusando o Partido Social Democrata de " troca tintas".
Como militante, por enquanto, não posso deixar de manifestar o meu protesto pela ofensa feita.
Se o Partido Socialista quisesse atingir alguém em particular, deveria ter falado no nome da(s) pessoa(s) e não falar na globalidade, porque naquele partido ainda há gente séria, honesta e de palavra.
Recordo-me aquando da campanha eleitoral das últimas Legislativas o que nos foi prometido.
Não haveria aumento dos impostos, não haveria portagens nas SCUTS, etc, etc.
O Povo acreditou e votou maioritáriamente no Partido Socialista.
Eu pergunto se tivessem dito que assim que fossem eleitos aumentariam os impostos, passaria a haver portagens nas SCUTS, não haveria os tais 150.000 postos de trabalho para os recém licenciados, que o desemprego aumentaria, que a maioria dos SAPs sofreriam as reformas que foram feitas, enfim, tudo o mais que nós sabemos.
Será que o POVO teria votado maioritáriamente como o fez? É uma dúvida que tenho.
Na minha terra, na minha região, a uma pessoa que não cumpre o que promete, que falta à palavra dada, não se lhe chama troca tintas, dá-se-lhe um nome muito pior que eu não vou mencionar aqui, só por uma questão de educação e respeito.
Atirar uma pedra para o telhado do vizinho, quando o nosso é de vidro, não me parece uma falta de respeito, nesta situação, atrever-me-ia a dizer que se trata de falta de cultura democrática.
Assim....não.
José Augusto Marques

07 abril, 2008

MULTIUSOS...afinal em que ficamos?????

João, como é um assunto de grande importância para a nossa terra, e sabendo que és um homem que buscas as verdades dos factos, gostaria que desses a este tema o ênfase que merece.

Abraço.

Mas em que ficamos?

De A Máscara a 3 de Abril de 2008 às 11:21 (Blog AmigoPiri)

Cá para mim era um quilo e meio de multiusos em cada freguesia…!Em Almeida não se construiu primeiro um multiusos porque a Junta de Freguesia da altura não foi capaz de encontrar um terreno para o efeito! Porque Almeida não tem um multiusos?! Uma pergunta simples. Dá pena que anos após ano, teimosamente, se celebre a Feira do Fumeiro naquela data e naquele lugar! Eu sei que a teimosia tem um objectivo. Espera-se que os festejos de Pinhel acabem e os Carnavais de cidade Rodrigo mudem a data!!!!!!!!!!!! Quanto ao Picadeiro, quando o Piri fizer uma montagem de uma cobertura para aquele espaço, a responsável do mesmo, fará a obra! Lindo!
Abraço.

O blog do Castelo responde a uma critica efectuada pelo comentador "A MÁSCARA", referente a construção de um multiusos em Almeida.

Sexta-feira, 4 de Abril de 2008.

Prémio do comentário politicamente mais desonesto:
«Em Almeida não se construiu primeiro um multiusos porque a Junta de Freguesia da altura não foi capaz de encontrar um terreno para o efeito! »
Autor desta preciosidade: Máscara

Comentário do Blog do Castelo:
Este é o excerto de um comentário da autoria do Máscara a um dos posts do blogue Amigopiri .
É certo que os blogues acolhem tudo, a verdade e a mentira, o elevado e o soez, a ideia clara e o objectivo escuso, as boas intenções e a as segundas intenções, a postura digna e o oportunismo rasca. Talvez esteja aí, nessa potencial dualidade, a força da blogosfera democrática, apesar do descrédito que alguns insistem em lhe instilar.
Esta frase do Máscara cuja classificação deixo ao vosso alvedrio aqui fica, sem mais comentários da minha parte.

A MÁSCARA Responde:

De a máscara a 6 de Abril de 2008 às 23:18 (Blog do Castelo)

...Ti, só agora tive possibilidade de ver o teu comentário de sexta-feira, 4 de Abril e não podia deixar de responder.Reparei que o meu comentário provocou-te alguma emotividade! Parece que ficaste um pouco chateado?!
Até posso compreender tal atitude.
Será que foi uma reacção à consciência que te assalta, sempre que se fala em multiusos, e ela te diz que nem tudo foi feito para que Almeida tivesse um?!
Ti, podes pintar as coisas com as aguarelas literárias e com as ironias que tiveres (e tens muito), que não mudam a realidade e a verdade dos factos.
Eu estava presente nessa Assembleia Geral em que o Presidente da Câmara da altura, agora Presidente da Assembleia (Costa Reis), disse mais ou menos o seguinte, dirigindo-se a ti: “Senhor Presidente da Junta, arranje-me um terreno hoje que eu faço-lhe o pavilhão multiusos amanhã.”
Passado todo este tempo muitas interrogações podem ser feitas!O desafio teve apenas como motivo a luta partidária?!A Junta não conseguiu arranjar o terreno?!Depois de responder a estas duas perguntas muitas outras se podiam fazer.
Mas uma coisa é certa, Almeida não tem, nem é prioridade do actual Presidente da Câmara, um pavilhão multiusos e continua a fazer actividades à chuva!
Considero que foi um fracasso político da Junta, como outros, por não ter aproveitado o momento.
Mas já por várias vezes dei comigo a pensar se esta obra, para mim fundamental, como tive oportunidade de o dizer na última campanha política, não será para Vós uma obra secundária!
É que nunca vi nenhuma acção, com força capaz, de a reivindicar!
Para terminar agradeço a imagem do personagem triste, ingénuo e sonhador… Uma imagem que deveras me assenta bem! Ingénuo enquanto inocente, mas puro!

Abraço

P.S. - Este artigo foi-nos enviado por um Anónimo. Porque consideramos que é assunto de interesse primordial para a Freguesia de Almeida, e porque transcreve realmente os escritos nos dois Blogs citados, aqui o publicamos.

04 abril, 2008

Porque os blogs também podem ter esta função...

A pedido do Agrupamento de Escuteiros 1071, de Ferreira do Alentejo,
agradeço que façam passar esta mensagem para todos os vossos contactos.

A SARA MARIA ARSÉNIO FRANCO de 7 anos,
residente em Ferreira do Alentejo,
precisa urgentemente de encontrar um dador de medula
com as seguintes características:

G.S. - A POSITIVO - 2ª FASE - HOSPITAL D. ESTEFÂNIA

Vamos esgotar esforços para tentar ajudar esta criança a encontrar um dador compatível!


Basta reenviarmos este mail e fazer com que ele chegue ao maior número de pessoas possível.

Contactos: 966083327/ 968589896


03 abril, 2008

POR ONDE ANDA A DEMOCRACIA

Mário Crespo. Jornalista

Pronto!
Finalmente descobrimos aquilo de que Portugal realmente precisa: uma nova frota de jactos executivos para transporte de governantes.
Afinal, o que é preciso não são os 150 mil empregos que José Sócrates anda a tentar esgravatar nos desertos em que Portugal se vai transformando.
Tão-pouco precisamos de leis claras que impeçam que propriedade pública transite directamente para o sector privado sem passar pela Partida no soturno jogo do Monopólio de pedintes e espoliadores em que Portugal se tornou.
Não precisamos de nada disso.
Precisamos, diz-nos o Presidente da República, de trocar de jactos porque aviões executivos "assim" como aqueles que temos já não há "nem na Europa nem em África".
Cavaco Silva percebe, e obviamente gosta, de aviões executivos. Foi ele, quando chefiava o seu segundo governo, quem comprou com fundos comunitários a actual frota de Falcon em que os nossos governantes se deslocam.Voei uma vez num jacto executivo.
Em 1984 andei num avião presidencial em Moçambique.
Samora Machel, em cuja capital se morria à fome, tinha, também, uma paixão por jactos privados que acabaria por lhe ser fatal.
Quando morreu a bordo de um deles tinha três na sua frota. Um quadrimotor Ilyushin 62 de longo curso, versão presidencial, o malogrado Antonov-6, e um lindíssimo bimotor a jacto British Aerospace 800B, novinho em folha.
Tive a sorte de ter sido nesse que voei com o então Ministro dos Estrangeiros Jaime Gama numa viagem entre Maputo e Cabora Bassa.
Era uma aeronave fantástica.
Um terço da cabina era uma magnífica casa de banho. O resto era de um requinte de decoração notável.
Por exemplo, havia um pequeno armário onde se metia um assistente de bordo magro, muito esguio que, num prodígio de contorcionismo, fez surgir durante o voo minúsculos banquetes de tapas variadíssimas, com sandes de beluga e rolinhos de salmão fumado que deglutimos entre golinhos de Clicquot Ponsardin. Depois de nos mimar, como por magia, desaparecia no seu armário.
Na altura fiz uma reportagem em que descrevi aquele luxo como "obsceno".
Fiz nesse trabalho a comparação com Portugal, que estava numa craveira de desenvolvimento totalmente diferente da de Moçambique, e não tinha jactos executivos do Estado para servir governantes.Nesta fase metade dos rendimentos dos portugueses está a ser retida por impostos. Encerram-se maternidades, escolas e serviços de urgência.
O Presidente da República inaugura unidades de saúde privadas de luxo e aproveita para reiterar um insuspeitado direito de todos os portugueses a um sistema público de saúde.
Numa altura destas, comprar jactos executivos é tão obsceno como o foi nos dias de Samora Machel.
Este irrealismo brutalizado com que os nossos governantes eleitos afrontam a carência em que vivemos ultraja quem no seu quotidiano comuta num transporte público apinhado, pela Segunda Circular ou Camarate, para lhe ver passar por cima um jacto executivo com governantes cujo dia a dia decorre a quilómetros das suas dificuldades, entre tapas de caviar e rolinhos de salmão. Claro que há alternativas que vão desde fretar aviões das companhias nacionais até, pura e simplesmente, cingirem-se aos voos regulares.
Há governantes de países em muito melhores condições que o fazem por uma questão de pudor que a classe que dirige Portugal parece não ter.Vi o majestático François Miterrand ir sempre a Washington na Air France.Não é uma questão de soberania ter o melhor jacto executivo do Mundo.
É só falta de bom senso. E não venham com a história que é mesquinhez falar disto.
É de um pato-bravismo intolerável exigir ao país mais sacrifícios para que os nossos governantes andem de jacto executivo.
Nós granjearíamos muito mais respeito internacional chegando a cimeiras em voos de carreira do que a bordo de um qualquer prodígio tecnológico caríssimo para o qual todo o Mundo sabe que não temos dinheiro.

Mário Crespo, escreve à 2ªf no JN

02 abril, 2008

DESMENTIDO DIA DOS ENGANOS

Claro que era brincadeira do 1º de Abril essa do metro de superfície em Almeida!

Não vai haver nenhum metro, nem vídeo vigilância ...por ora, mas é verdade que a obra arquitectónico-decorativa da estação do dito metro existe, e está lá. Exactamente como na foto e no sítio indicado!

Provavelmente, terá escapado de qualquer rede de metropolitano e foi parar à Praça-forte que dá pelo nome de Almeida, construída e reconstruída entre o séc. XVII e XIX, mas que há quem teime em a modernizar à força com essas importantes mais valias...

Tal como se anuncia com o projectado espelho de água à entrada das Portas de S. Francisco.

- Ó S. Francisco, vê lá bem o que vão fazer perto das tuas portas!

Quando Almeida tiver todas essas modernidades, vai ver os turistas a duplicar, pois todos quererão ver estações de metro, pirâmides de vidro, espelhos de água, candeeiros de campo de futebol, granitos e mais granitos polidos e casas tipo tupperware.Viva tantos modernismos!
Agora sim! Almeida vai entrar no futuro!

01 abril, 2008

METRO DE SUPERFICIE EM ALMEIDA


A foto apenas mostra em antecipação o que será o metro de superfície, que brevemente começará a ser construído em Almeida. Contudo, uma das estações já está construída. Fica junto às Casamatas, perto da Roda dos Expostos. Se o leitor ainda não a descobriu é porque não tem visitado Almeida ultimamente…

Mas para além deste grande melhoramento que será o metropolitano de superfície, esperam-se ainda em breve mais valias, como a construção de um lago à entrada nas Portas de S. Francisco e também um sistema de videovigilância, para proteger os turistas nas ruas desertas em Almeida, do mais moderno que há, muito semelhante ao que se está a instalar nas grandes cidades do litoral. Parabéns a todos!

27 março, 2008

28 de Março - DIA NACIONAL DOS CENTROS HISTÓRICOS


28 de Março - Dia Nacional dos Centros Históricos


Desconhece-se se Almeida comemora esta efeméride. O sítio oficial da CMA nada diz nesse sentido. É lamentável, já que Almeida e várias freguesias do concelho possuem centros e núcleos históricos cuja importância merece ser relevada, não apenas no Dia Nacional, mas em cada dia que passa.

Na verdade, é essencial comemorar as identidades locais, realçando o que é intrinsecamente das populações, não só para conhecimento dos forasteiros, mas também e especialmente para auto-estima e consciência dos habitantes que têm nos seus centros históricos a génese das suas raízes. Nunca é demais realçar essa ligação telúrica que cada um de nós tem com o local onde nasceu, viveu momentos do seu despertar ou do seu crescimento interior: são essas raízes que nos prendem à vida, aos nossos semelhantes e onde também predominam as memórias que nos acompanham durante a existência.

Pelas condicionantes dessa mesma existência, os seres vivos vão inexoravelmente desaparecendo e cada um de nós vai ficando mais fragilizado, sendo a renovação das gerações o grande contrabalanço dessas perdas. Por isso, há marcos que são (ou deveriam ser) mais perenes e importantes não só para as nossas referências pessoais mas também como testemunhos da História e da sociedade local, herança do nosso passado comum, factor de identidade, e legado aos vindouros. No entanto, tal só acontece se os conservarmos, preservando-os quando necessitam, deixando-os permanecer como símbolos de épocas que nos precederam e, portanto, fazendo parte da nossa História comum.


No concelho de Almeida, sobretudo na sua sede, os testemunhos da História constituem ainda expectativa de uma valorização económica local, já que o potencial monumental contribuiria para uma crescente atracção turística que, devidamente aproveitada, traria certamente maior bem-estar aos que ali residem. Porém, não é isso que tem acontecido, por muito que se apregoem números extraordinários de visitantes. Será, como justificam as entidades tutelares, apenas por inércia dos seus habitantes?


Ou será porque nunca houve um efectivo (e afectivo) esforço com a terra, em respeito pela sua identidade? São esses centros ou núcleos históricos que não só muitas vezes ficam votados ao esquecimento por cada um de nós, mas, pior ainda e como cada vez mais vem acontecendo, no desvairado investimento pelas entidades administrativas responsáveis (veja-se não só as intervenções na sede do concelho, mas também, por exemplo, no chamado “arranjo urbanístico” no largo da Igreja de Vilar Formoso…) ficam absolutamente descaracterizados e violados por projectos, materiais e formas discrepantes, ao gosto das modas do momento que apenas repugnam os habitantes na sua memória identificativa e repelem os desejados visitantes, por os tornarem vulgares e desfeados.


Outras vezes, com o argumento do desenvolvimento - que nunca chegará por essa via - na conivência com projectos particulares, os centros históricos ficam sujeitos a implantes lesivos por profissionais para quem a alma do lugar é apenas um pedaço de terreno onde os laços que cada um de nós tem com o ambiente não passam de sentimentalismos bacocos.

Recentemente, o centro histórico de Almeida viveu grande polémica com um edifício soberbamente erigido no coração da Praça da Liberdade, junto ao edifício da Câmara, com manifesta e expressiva discordância dos almeidenses, enquanto os técnicos continuaram a vociferar para os “leigos” que se tratava de uma “jóia, um bijou, uma preciosidade”. Hoje tem uma tabuleta afixada: “VENDE”.
- Tanta polémica… para este desfecho!

Também o “Terras da Beira” de 27.03.2008 continua a trazer notícias sobre o projecto da recuperação das Casamatas. Segundo essa fonte, enquanto a autarquia se esforça por ir directamente a Lisboa, ultrapassando o parecer negativo do IGESPAR de Castelo Branco, o seu director, Arq. José Afonso, afirma que “dói muito” ver um monumento “com aquela importância, ser tão mal tratado”. O que se passa? Se o projecto é mesmo válido, porque precisa de contornar as delegações regionais? Será apenas uma polémica entre técnicos, como outras que Almeida já presenciou, ou temos de estar prevenidos com mais obras precipitadas que em vez de valorizar apenas degradam os nossos monumentos?



Por tudo isto, e muito mais, o Dia Nacional dos Centros Históricos em Almeida deve ser uma data não apenas para reflexão sobre os locais históricos mas sobretudo para uma consciencialização exigente junto de nós próprios e particularmente junto das entidades administrativas, não deixando intervir sem o conhecimento público naquilo que apenas lhes está confiado por um mandato político.

Será que já não é mais do que tempo de gritar que “o rei vai nu”?


Rui Brito da Fonseca

CASAMATAS DE ALMEIDA


Em entrevista ao Jornal Terras da Beira, o Director do IGESPAR (ex-IPPAR) critica fortemente a intervenção que a Câmara Municipal de Almeida está a fazer na impermeabilização das Casamatas, para ali ser instalado o futuro Museu Histórico-Militar.
Perante estas afirmações de José Afonso, Director do IGESPAR, importa colocar aqui várias questões, nomeadamente:
- Diz aquele responsável que a opção da autarquia provocou danos (ou está a provocar?) no imóvel, nomeadamente no refechamento de juntas e aberturas de vãos entre as várias casamatas.
- Afirma José Afonso que "dói muito ver um monumento com aquela importância ser tão mal tratado".
- O processo foi mal conduzido pela Câmara (ou não?) ao ser apresentado o novo projecto ao IGESPAR em Lisboa, sem dar conhecimento à Delegação de Castelo Branco, que é quem superintende estes assuntos no âmbito da Beira Interior.
- A Câmara Municipal de Almeida tem um acordo com o Exército para instalar nas Casamatas um Museu Militar, entretanto a obra não está a ser acompanhada pelo Director tutelar dos Museus Militares, a quem cabe a última palavra.
Meus Senhores algo se passa que ninguém entende e ninguém sabe ou está devidamente esclarecido. O que tem a dizer de tudo isto o Sr. Arquitecto João Campos, actual consultor da Câmara Municipal de Almeida. Se este Senhor não serve para bem servir Almeida e o seu Património, porque não foi já demitido?
Voltaremos em breve com mais esclarecimentos sobre este tema...pois é tempo de se dizer basta no que se refere às autenticas agressões a que o nosso património tem vindo a ser sujeito.
Até breve.
João Neves

26 março, 2008

Feira Medieval em Castelo Mendo


Sábado 5 de Abril

Festim Medieval e Espectáculo de Fogo sobre lendas da terra – Lenda das Amoreiras de
D. Dinis e dos bichos-da-seda.




Dia 6 de Abril - Domingo

10h – Abertura do Arraial
11h – Cortejo do Almotacem e do Meirinho
12h – Danças e Bailias
13h – Comeres e Beberes nas tabernas do mercado
14 h- Auto dos Histriões
15h – Malabarismo e acrobacias
16h- Torneio de armas a cavalo
17h - Exercício de falcoaria
18 - Juízo de heréticos
19- Encerramento da feira

20 março, 2008


Um abraço do
João Neves

09 março, 2008

MOVIMENTO CÍVICO DO CONCELHO DE ALMEIDA

Movimento Cívico do Concelho de Almeida

Há algum tempo atrás escrevi, neste espaço, um artigo cujo título era “A RIVALIDADE VILAR FORMOSO/ALMEIDA E AS ALTERNATIVAS POLÍTICAS PARA O CONCELHO DE ALMEIDA”. Foi um tema que suscitou alguma discussão não só no Almeida Fórum como noutros blogues da região. Como habitualmente, apareceram as perguntas retóricas, inquisidoras e despropositadas acerca do que o “Sr. Mário Martinho (Jr.) (e companhia) já fez pelo nosso concelho”.
Antes de escrever concretamente sobre o título deste artigo gostaria de dizer a essas pessoas que, em lugar algum, eu disse ou escrevi que já fiz isto ou aquilo pelo concelho de Almeida. Jamais arvorei a condição de “iluminado”, como foi insinuado, nem me auspicio “salvador da pátria” algum, como outros comentaram. No entanto, e que fique claro, penso pela minha cabeça! Tenho as minhas ideias e sei analisar o rumo que para este nosso concelho tem sido traçado.
É triste que os fanatismos partidários de algumas pessoas tenham o poder suficiente para lhes toldar as ideias e ofuscar a realidade nada encorajadora a que o concelho está votado…

Faz-me confusão que não se entenda que querer o melhor para o concelho, debater ideias, tentar congregar esforços para se encontrar uma saída para esta zona, não tem de ser, invariavelmente, uma procura de protagonismo ou de anseio por um “tacho”. Ou não se entenda, ou não dê jeito entender!

Já deu para ver, pelos comentários recorrentes, que uma das forças políticas do concelho está incomodada com a possibilidade, ainda que remota, de se constituir uma terceira lista autárquica. Da mesma forma é possível ver que, pelo silêncio estratégico e por alguns dos comentários anónimos encomendados, a outra força política tem estado a “esfregar as mãos” com tal perspectiva.

Acredito que ainda seja cedo para ambas as posições!

Como conclusão do meu artigo acima referido, deixei, na altura, questões no ar, por um lado acerca da capacidade das duas forças políticas que habitualmente se nos apresentam a votos para inverterem a situação de pobreza do nosso concelho, e por outro lado sobre a pertinência e capacidade dos que não se identificam com as anteriores se “sentarem a uma mesa e pensarem num rumo melhor para este concelho”.

É aqui que “encaixa” este artigo que agora escrevo.

Um movimento cívico é constituído por um conjunto de pessoas com o objectivo de defender uma causa, defender ideais, lutar contra uma qualquer injustiça, fazer ouvir opiniões de um grupo de cidadãos ou simplesmente de reunir informação, ideias e capacidades que possam ajudar ou acrescentar uma perspectiva nova aos decisores em funções. É desta forma que tem de ser entendido o conceito de movimento cívico.
Muito raramente um movimento cívico surge com o objectivo primário de criar uma alternativa política ou de permitir uma candidatura seja a que eleições forem. Estes casos são pontuais, embora, por ventura, possam ser os mais conhecidos pelo mediatismo de que se revestem. São exemplos destes movimentos cívicos os criados em torno das candidaturas de Manuel Alegre e Helena Roseta em eleições recentes.
No outro prato da balança podemos encontrar centenas de movimentos cívicos cujos objectivos não passam por candidaturas a coisa alguma. São exemplos destes movimentos cívicos os seguintes: “Avisar toda a gente”, “Movimento cívico pela linha do Tua”, “Movimento cívico em defesa do Mercado do Bolhão”, “Movimento porta 65 fechada”, entre muitos outros.

Numa linha intermédia dos dois tipos anteriores existem outros movimentos cívicos cujo objectivo central não se reveste de uma obrigatoriedade de criação de uma lista política alternativa, mas que, se assim for necessário, esteja em condições de a apresentar. É exemplo destes movimentos, o movimento cívico “Pensar Fânzeres”. E, relativamente a este último, parece-me pertinente apresentar um extracto da explicação da sua formação, datada de 2005:

MOVIMENTO CIVICO “PENSAR FÂNZERES”
Porque é urgente um rumo, uma ambição para a Vila de Fânzeres. Porque é urgente mudar, mudar para evoluir, um grupo de cidadãos fanzerenses, independentes e de diversos quadrantes políticos decidiu constituir o Movimento Cívico "PENSAR, FÂNZERES".
O Movimento Cívico "PENSAR, FÂNZERES" surge da necessidade de "agitar" os fanzerenses face à inoperância e inércia reinante na Vila, de modo a ser um veículo das suas reivindicações junto do poder local e central, a fim de proporcionar-lhes uma maior qualidade de vida.

É engraçado, que lido o extracto, e fazendo o exercício de trocar os “fanzerenses” pelos almeidenses, ficamos com a noção exacta de que, pelas mesmas razões, é premente a criação do “Movimento Cívico Pensar Almeida”, que, com este ou outro nome, congregue pessoas, cidadãos, vontades e capacidades de todos os quadrantes políticos e/ou ideológicos, de todas as freguesias, idades e motivações, para que se PENSE a sério o concelho de Almeida.

Reitero a ideia de que um movimento cívico no concelho de Almeida e em prol do concelho de Almeida não tem de forçosamente ter o objectivo de se constituir, à posteriori, como uma lista eleitoral alternativa. O que tem obrigatoriamente é de ajudar a pensar o futuro do concelho, debater, alertar, intervir… Em último caso, deverá estar preparado para se apresentar aos eleitores.

Poder-se-á, então, colocar a questão: “Mas, afinal, um movimento cívico deste tipo deverá ou não criar, a seu tempo, uma lista eleitoral que represente as suas ideias e convicções?”

A resposta a esta questão está na posse das duas forças políticas habituais do concelho. São elas que, com os seus actos e projectos farão com que surja ou não a tal alternativa. Sim, porque, em primeira instância, um movimento cívico que pretende impulsionar o desenvolvimento de um concelho só poderá ser visto pelas forças políticas como um aliado que defende a mesma causa.

É de todo o interesse de qualquer partido político com aspirações no concelho o aproveitamento das ideias e opiniões que possam surgir das pessoas com capacidade que possam vir a integrar este movimento. É importante ouvir. É importante saber escutar uma abordagem diferente da nossa para um mesmo problema.

Esta congregação de esforços seria o ideal, porém, face aos clubismos que permanentemente se têm manifestado, não acredito que esta interacção venha a ser efectiva.

Falta exactamente um ano para vermos no que vai dar esta abordagem…

Em síntese, considero indispensável, possível e favorável, a criação de um movimento cívico que pense com seriedade e abnegação no futuro do concelho de Almeida.
Considero que existem pessoas dos vários quadrantes politico-ideológicos suficientemente capazes e disponíveis para levar este projecto avante de uma forma competente e estruturada.
Considero, ainda, que está na hora de avançar!

Pelo concelho de Almeida, pelas suas gentes, por TODOS NÓS!

Mário Martinho (Jr.)

08 março, 2008

HOMENAGEM

Vamos dedicar uma página todos os meses, a uma Associação e/ou Instituição do Concelho de Almeida, com artigos, imagens, histórias e demais comentários, em jeito de homenagem, contribuindo assim para que o esforço que tem sido prestado pelo Voluntariado da nossa região fique registado. Vamos correr o Concelho e fazer todo o possível para não nos esquecermos de nenhuma instituição, associação ou iniciativa da chamada sociedade civil.


Iniciamos esta página com uma associação que já não está no activo, mas que nunca foi “abatido ao efectivo”, ou seja, em qualquer altura se pode dar-lhe vida.
Começo por esta Associação, porque é uma associação que me deixou imensas saudades, porque faz parte da minha história de vida e da história de vida de muitos e muitos de vós, porque ainda hoje, quando se fala dela, muitos olhos se humedecem, com saudade... muita saudade.

Refiro-me à

SECCÇÃO DESPORTIVA DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE ALMEIDA.



Quem não se lembra da sigla S.D.B.V.A.?

Quem não se recorda do MELHOR CLUBE DO DISTRITO DA GUARDA?

Sim, o melhor Clube do Distrito da Guarda, eleito por vontade da Associação de Futebol da Guarda.
Não fomos nós que o afirmámos. Foi o Distrito que por quase unanimidade o afirmou na altura. Para que conste.

Muitos de nós, recordam-se concerteza da movimentação, no Estádio de Almeida,nos dias de treinos, de mais de 100 atletas, a sua esmagadora maioria jovens de tenra idade. Meninos que faziam as nossas delicias ao evoluírem no campo, com as suas habilidades natas, que “obrigavam” a encher de gente o estádio de Almeida e a lotarem os autocarros para irem ver os seus meninos a Coimbra, a Viseu, Aveiro, Vila Real, Porto ou Guimarães e outros locais do País.
Quando digo aqui, que este Clube esteve representado no Campeonato Nacional Português, nos 3 escalões, ou seja em Iniciados, Juvenis e Juniores numa mesma época,e por diversas vezes, claro que não digo nada de novo para muitos de nós. Que orgulho ver o nome do nosso Clube e reportagens dos seus jogos, nos Jornais de maior tiragem nacional

Todos nós nos lembramos de ver em Almeida, a jogar contra os nossos rapazes, o Porto, o Guimarães, o Boavista, a Académica e outros emblemas de referência no desporto nacional. Quem não se recorda de ver evoluir em Almeida os Campeões do Mundo de Riad, Fernando Couto, Victor Baía, Morgado, João Pinto,etc,etc.
Eu recordo-me de ver , por exemplo, alguns destes Campeões do Mundo de Riad a darem os parabéns a alguns dos nossos jovens atletas, pelas suas qualidades, pois tinham acabado de realizar um jogo enorme contra o Porto.
Recordo-me com muita saudade de todos os nossos meninos, das suas partidas, das muitas alegrias que as suas vitórias como Campeões do Distrito da Guarda nos proporcionavam.
Como era agradável ver a evolução que os nossos meninos demonstravam de dia para dia.
Claro que cada um de nós tem imensas imagens, gravadas no cérebro, de passagens que hoje nos fazem emocionar.
Quem não se recorda dos nossos Dirigentes, que se dedicavam quase diariamente ao clube.

Da marcação das linhas do nosso “relvado” com cal viva,o terreno completamente congelado pela geada, logo pela manhã, aos Sábados e depois do jogo se realizar à tarde, lá vinham os Dirigentes acompanhados do dedicado e enorme Zé Monaito, para tornar a marcar o Campo, pois no Domingo às 11 horas havia outra vez jogo de outra equipe, e depois deste jogo…torna outra vez a marcar o campo porque no Domingo à tarde havia jogo dos Seniores.
Quem não se recorda dos jogos do bingo, com a sala da antiga velhinha Sede dos B.V.A. cheia de gente, a comer o seu caldo verde e as espetadas preparadas por homens que (alguns deles…) nunca tinham cozinhado na vida, temperadas pelo Telmo Fragoso, auxiliado por muitos outros. Eu recordo-me com muita saudade do convívio que se gerava nestas noitadas que por vezes duravam até às 3 ou 4 da manhã. Eu recordo-me com um sorriso do Manuel Vaz, do nosso Toninho, do Barata e de tantos outros a servirem à mesa os nossos atletas, o jantar confecionado por eles próprios.
Claro que é importante lembrar as esposas dos nossos Dirigentes, pois elas também estavam na Sede do Clube aos Domingos, para ajudar no que fosse preciso, principalmente no que respeita à cozinha e à limpeza das instalações.
Ainda hoje eu faço as minhas espetadas de carne de acordo com o tempero que o Telmo Fragoso e o Manel Vaz me ensinaram.

Deixo aqui um desafio.

Todos nós temos uma história, uma brincadeira, uma passagem cheia de emoção para contar.
Vamos compartilhar com todos tudo o que temos para recordar.

Mandem-me tudo isso que têm para contar para registar aqui e passe a ser património comum.
Mandem-me as fotos que gostariam de ver publicadas. Contem aqui as "partidas" que pregavam uns aos outros.Mandem-me os nomes para ficarem aqui referenciados.

Aqui ficam os primeiros nomes que, eu tomo a liberdade de começar a publicar, gente que fez parte dessa grande obra que foi a Secção Desportiva dos B.V. de Almeida.

Mandem-me por e-mail o nome de:

Um Dirigente
Um Treinador
Um Atleta

Será emocionante e agradável ver esta lista a crescer com os nomes que me forem enviando.

E não se esqueçam das histórias. Começo por uma pequena mas hilariante história:

“…de regresso a casa depois de um jogo de Seniores, salvo erro, em Fornos de Algodres.
A noite já tinha caído, e estava um nevoeiro cerrado.
O Ti Emídio estava concentrado na condução do velhinho autocarro.
Os restantes atletas passavam o tempo de diversas formas, uns a dormir, outros na conversa, na brincadeira uns com os outros.
Estávamos perto do cruzamento de Leomil…
De repente só se ouve uma voz, um berro enorme: “OLHÁ VACA!”…
E o Tí Emídio não está para modas…travões a fundo…um sarrabulho enorme…autocarro parado e o Tí Emídio a perguntar: “Aonde???”… e o Victor Almeida…com uma voz “inocente”...de mansinho... a dizer: “Ali…”, e apontava para um sinal de trânsito triangular com uma vaca desenhada… Claro que o autor da exclamação e da indicação da dita vaca, foi o próprio Victor Almeida.
Eram assim os nossos rapazes, brincalhões, sempre prontos para uma partida - e que partidas…não é Jorge Tiago?…não é Tibério?

Aqui vão os primeiros nomes postados por mim:



DIRIGENTES

António Augusto Ferreira (Toninho)
Américo Gaspar
Prof. Alberto Vilhena de Carvalho
Dr. Carlos Pereira


TREINADORES

Prof. Zé Vaz
Carlos "Palanca"
João Neves
Victor do Pereiro (Vitó)
Fausto

ATLETAS

Victor Correia (Vitó)
Zé Fernando (Albano)
Sino (Alcino Morgado)
Nuno Matias


Era assim a SECÇÃO DESPORTIVA DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE ALMEIDA
Era este o MELHOR CLUBE DO DISTRITO DA GUARDA.


João Neves

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

O Dia Internacional da Mulher é celebrado a8 de Março. É um dia comemorativo para a celebração dos feitos económicos, politicos e sociais alcançados pela mulher.A ideia da existência de um dia internacional da mulher foi inicialmente proposta na viragem do Séc. XX, durante o rápido processo de industrialização e expansão económica que levou aos protestos sobre as condições de trabalho. As mulheres empregadas em fábricas de vestuário e industria textil foram protagonistas de um desses protestos em 8 de Março de 1857 em Nova Iorque, em que protestavam sobre as más condições de trabalho e reduzidos salários.
Existem outros acontecimentos que possam provar a tese como o incêndio na Fábrica da Triangle Shirtwaist, que também aconteceu em Nova Iorque, em 25 de março de 1911, onde morreram 146 trabalhadoras. Segundo esta versão, 129 trabalhadoras durante um protesto teriam sido trancadas e queimadas vivas. Este evento porém nunca aconteceu e o incêndio da Triangle Shirtwaist continua como o pior incêndio da história de Nova Iorque.



Muitos outros protestos se seguiram nos anos seguintes ao episódio de 8 de Março, destacando-se um outro em 1908, onde 15.000 mulheres marcharam sobre a cidade de Nova Iorque exigindo a redução de horário, melhores salários, e o direito ao voto. Assim, o primeiro Dia Internacional da Mulher observou-se a 28 de Fevereiro de 1909 nos Estados Unidos da América após uma declaração do Partido Socialista da América. Em 1910, a primeira conferência internacional sobre a mulher ocorreu em Copenhaga, dirigida pela Internacional Socialista, e o Dia Internacional da Mulher foi estabelecido. No ano seguinte, esse dia foi celebrado por mais de um milhão de pessoas na Áustria, Dinamarca, Alemanha e Suiça, no dia 19 de Março. No entanto, logo depois, um incêndio na Fábrica da Triangle Shirtwaist mataria 140 costureiras; o número elevado de mortes foi atribuído às más condições de segurança do edifício. Além disto, ocorreram também manifestações pela Paz em toda a Europa nas vésperas da Primeira Guerra Mundial. Na Rússia, as comemorações do Dia Internacional da Mulher serviram de estopim para a Revolução Russa de 1917. Depois da Revolução de Outubro, a feminista bolchevique Alexandra Kollontai persuadiu Lenin para torná-lo num dia oficial que, durante o período soviético permaneceu numa celebração da "heróica mulher trabalhadora". No entanto, o feriado rapidamente perderia a sua vertente política e tornar-se-ia numa ocasião em que os homens manifestavam a sua simpatia ou amor pelas mulheres da sua vida — um tanto semelhante a uma mistura dos feriados ocidentais Dia da Mãe e Dia dos Namorados. O dia permanece como feriado oficial na Rússia (bem como na Bielorússia, Macedónia, Moldávia e Ucrania), e verifica-se pelas ofertas de prendas e flores dos homens às mulheres (quaisquer mulheres). Quando a Checolováquia integrou o Bloco Soviético, esta celebração foi apoiada oficialmente e gradualmente transformada em paródia.
No Ocidente, o Dia Internacional da Mulher foi comemorado durante as décadas de 1910 e 1920 mas esmoreceu. Foi revitalizado pelo feminismo na década de 1960. Em 1975, designado como o Ano Internacional da Mulher, a Organização das Nações Unidas começou a patrocinar o Dia Internacional da Mulher.

07 março, 2008

Professores, Ministra e o Governo da Nação



No passado dia 6 de Março, o canal de televisão pública RTP, decidiu convidar para uma entrevista oportuna e interessante à partida, a Ministra da Educação, Dra Maria de Lurdes Rodrigues.
Sabendo que tanto o Benfica como o Sporting no mesmo horário estavam a jogar para as competições europeias com direito a transmissão televisiva, tornava-se óbvio que a escolha de canal era difícil.
Por questões de interesse, em minha casa a RTP ganhou a partida. A questão da avaliação dos professores, ultimamente, tem sido o calcanhar de Aquiles do Governo da Nação. Mas outras áreas têm merecido forte contestação, tanto por parte da população, como de dirigentes sectoriais de outros organismos e também por parte dos partidos da oposição.


Pergunto a mim próprio, se a política que o Ministério da Educação e nomeadamente a senhora ministra está a fazer, foi ou não decidida pelo Partido Socialista antes do sufrágio eleitoral? A política que o Governo do Partido Socialista está a fazer neste momento, foi ou não a que apresentou no seu programa eleitoral aquando das últimas eleições legislativas? Afinal o Governo do Partido Socialista está ou não a cumprir a promessa eleitoral que sufragou a todos os portugueses?


Haverá razoabilidade no pedido público da demissão/substituição de qualquer ministro? A política de qualquer ministro é ou não decidida pelo Governo em geral?
Se assim for, e estou certo que sim, o pedido de demissão de qualquer ministro, solicitado tanto por manifestantes como por partidos da oposição, está desprovido de conteúdo qualitativo. A pedir demissão, deveria ser a do Governo pela política anti-social praticada para com os mais desfavorecidos.


Mas se atendermos às sondagens publicadas acabamos por verificar que a maioria dos portugueses continua de pedra e cal com o Partido Socialista, logo com a política praticada pelo Governo.


Não obstante esta questão, tenhamos em linha de conta as declarações feitas pelo senhor Presidente da República relacionadas com a política desenvolvida pelo Governo.

Recentemente também o líder da oposição afirmou que o PSD ainda não está preparado para assumir funções governativas.


Não vislumbrando no horizonte outra alternativa a este Governo, nem inclusivamente dentro do próprio Partido Socialista ao próprio líder, parece que nas próximas eleições legislativas o Engº José Sócrates, vai poder passear pela avenida da vitória e não me surpreenderia que conseguisse de novo uma maioria absoluta.


Uma dúvida me assalta, de toda a gente contestatária, quantos não vão de novo voltar a votar no Partido Socialista?

José Augusto Marques

29 fevereiro, 2008

A FALTA DE VERGONHA

O general que dirige o Observatório de Segurança alerta para a chegada de uma explosão social e para a ocorrência de movimentos de cidadãos insatisfeitos.
Garcia Leandro
In Semanário Expresso de 2/02/2008



O modo como se tem desenvolvido a vida das grandes empresas, nomeadamente da banca e dos seguros, envolvendo BCP e Banco de Portugal, incluindo as remunerações dos seus administradores e respectivas mordomias, transformou-se num escândalo nacional, criando a repulsa generalizada.
É consensual que o país precisa de grandes reformas e tal esforço deve ser reconhecido a este Governo (mesmo com os erros e exageros que têm acontecido).
Alguém tinha de o fazer e este Governo arregaçou as mangas para algo que já deveria ter ocorrido há muito tempo.
Mas não tocou nestes grandes beneficiários que envergonham a democracia, com a agravante de se pedirem sacrifícios à generalidade da população que já vive com muitas dificuldades.
O excesso de benefícios daqueles administradores já levou a que o próprio Presidente da República tivesse sentido a obrigação de intervir publicamente.
Mas tudo continua na mesma; a promiscuidade entre o poder político e o económico é um facto e feito com total despudor.

Uma recente sondagem Gallup a nível mundial, e também em Portugal, mostra a falta de confiança que existe nos responsáveis políticos deste regime.

Tenho 47 anos de serviço ao Estado, nas mais diferentes funções de grande responsabilidade, sei como se pode governar com sentido de serviço público, sem qualquer vantagem pessoal, e sei qual é a minha pensão de aposentação publicada em D.R.
Se sinto a revolta crescente daqueles que comigo contactam, eu próprio começo a sentir que a minha capacidade de resistência psicológica a tanta desvergonha, mantendo sempre uma posição institucional e de confiança no sistema que a III República instaurou, vai enfraquecendo todos os dias.

Já fui convidado para encabeçar um movimento de indignação contra este estado de coisas e tenho resistido.

Mas a explosão social está a chegar.

Vão ocorrer movimentos de cidadãos que já não podem aguentar mais o que se passa.

É óbvio que não será pela acção militar que tal acontecerá, não só porque não resolveria o problema mas também porque o enquadramento da UE não o aceitaria; não haverá mais cardeais e generais para resolver este tipo de questões. Isso é um passado enterrado. Tem de ser o próprio sistema político e social a tomar as medidas correctivas para diminuir os crescentes focos de indignação e revolta.
Os sintomas são iguais aos que aconteceram no final da Monarquia e da I República, sendo bom que os responsáveis não olhem para o lado, já que, quando as grandes explosões sociais acontecem, ninguém sabe como acabam. E as más experiências de Portugal devem ser uma vacina para evitar erros semelhantes na actualidade.
É espantosa a reacção ofendida dos responsáveis políticos quando alguém denuncia a corrupção, sendo evidente que deve ser provada; e se olhassem para dentro dos partidos e começassem a fazer a separação entre o trigo e o joio? Seria um bom princípio!
Corrija-se o que está errado, as mordomias e as injustiças, e a tranquilidade voltará, porque o povo compreende os sacrifícios se forem distribuídos por todos.


Afinal não somos só nós que estamos fartos deste estado de faz de conta.
Afinal não somos os únicos a sentir desilusão e decepção em relação à política e aos partidos.
É evidente que subscrevo este artigo do Sr. General Garcia Leandro.

25 fevereiro, 2008

QUARTEL DOS BOMBEIROS...porque pugnamos pela verdade







Porque a verdade estará sempre acima de tudo, e a bem da seriedade, da coerência e porque nunca deixaremos de lutar pelo nosso Concelho e pelas suas gentes, exigimos de quem nos lidera, ou seja, aos Partidos institucionais, que se pronunciem, atravéz dos seus Orgão Concelhios sobre este tema: Quartel dos Bombeiros de Almeida, porque não a verba em PIDDAC?
Penso que será o minimo que se poderá exigir dos nossos partidos politicos, para que se termine de vez com a hipocrisia.
Desafio também o Sr. Presidente da Direcção dos Bombeiros Voluntários de Almeida e Vereador do actual executivo camarário, e por motivos óbvios,que tome a única atitude que se me afigura digna perante os factos publicados: demitir-se.
João Neves

19 fevereiro, 2008

O Balanço da CDU e o Quartel dos Bombeiros de Almeida

Transcrição de parte do Balanço da CDU dos dois anos de mandato do Executivo Camarário, publicado no Jornal Praça Alta nº 153 - de 12 de Fevereiro de 2008:

"...Não queremos acabar esta pequena e necessáriamente concisa avaliação e reflexão sem referirmos a questão do novo Quartel dos Bombeiros de Almeida. Ainda há pouco tivemos ocasião de mostrar que, tanto o PS como o PSD votaram contra a inclusão, proposta pelo PCP, dessa obra em PIDDAC..."

Eu pessoalmente não quero crer...e não tenho comentários...lamento...

Mas estou certo que o nosso Presidente da Câmara Municipal de Almeida e o Senhor Presidente da A.H. dos Bombeiros Voluntários de Almeida que também é Vereador da mesma Câmara pelo PPD/PSD, terão algo a dizer. Ou desmentem esta afirmação da CDU?

João Neves

16 fevereiro, 2008

NOVA ALTERNATIVA PARA ALMEIDA

Um tema recentemente abordado neste espaço de discussão pública, que despertou a consciência de algumas pessoas relativas a uma possível candidatura a Órgãos Autárquicos de independentes, foi aceite por alguns com grande optimismo e esperança.
Outros, não aceitaram a ideia tão bem, e já foram dizendo que a divisão só é prejudicial.
Concordo perfeitamente.
Creio não ser novidade para ninguém de que existe muita gente, o que significa muitos eleitores, de direita (?) que não se revêm no actual PSD e muita gente de esquerda que também se não revê no PS.
Aqueles que há mais tempo partilhamos o gosto pela política, recordamo-nos dos tempos em que os eleitores aguardavam efusivamente pelo dia em que tinham que ir às urnas depositar o seu voto.
Hoje a crise da participação eleitoral nas democracias é bastante generalizada.
Basta para isso analisarmos os últimos actos e verificar a forte percentagem de abstenção.
Poderemos encontrar uma justificação para esta causa/efeito no facto de considerarmos que a democracia está consolidada, não havendo necessidade de intervenção cívica.
Se pelo contrário o índice de participação for muito alto, pode ser interpretado como estando em causa os valores fundamentais do próprio regime democrático.
Aquilo a que temos assistido a nível nacional, é à alternância no poder entre dois partidos políticos, o PSD e o PS.
Os outros, CDS/PP e PC, cada vez perdem mais votos, e depois dizem que foram os que mais ganharam. Enfim...

Voltando à recordação do antigamente, lembramo-nos certamente da mobilização que cada um dos partidos tinha para cada acto eleitoral, mobilização que com o decorrer dos tempos foram ambos perdendo.
Se nos questionarmos do porquê, talvez cheguemos à conclusão de que tem a ver como facto de ambos serem incapazes de renovar as pessoas com cariz de responsabilidades partidárias.
Se os analisarmos, verificamos que as pessoas que hoje se encontram em primeira linha e que têm responsabilidades acrescidas, no antigamente apenas aguardavam a vez de liderança.

Onde está a renovação?
Que é feito dos jovens com capacidade de liderança política?
Porque será que eles não aparecem?
È que os eleitores já sentem necessidade de mudança. Pelo menos de mudança de gente que ao longo do tempo mais não adquiriu de que vícios.
Quando assistimos à derrota de um deles, verificamos que os responsáveis são colocados em lugares de prestígio e privilégio de empresas e chorudos vencimentos.
Por isso se calhar não convém deixar entrar muita gente de qualidade e ambiciosa em fazer mais e melhor.
Porque será que o Movimento de Cidadania criado por um político de renome quando concorrente à última eleição para a Presidência da República obteve uma votação considerável?
Será que o Povo não pretendeu dar um sinal de vontade de mudança?

E para as eleições autárquicas?
É um facto de que não podemos colocar o problema da mesma forma.
Mas não deixam de estar em causa pessoas apoiadas pelos partidos, os quais muitas das vezes nem sequer auscultam as bases/militantes.
No nosso concelho já temos a experiência de listas de independentes que a sufrágio eleitoral, conseguiram em alguns casos um apoio mais relevante do que alguns partidos.
Uma lista de independentes pode albergar várias tendências políticas, mas o objectivo é um só, a defesa unânime da freguesia e/ou do concelho.
Não estou a defender com esta minha ideia a criação do que quer que seja, pretendo e tão só levar a debate ideias já manifestamente conversadas entre residentes e não residentes no nosso concelho.
Sei que alguns deles, com valor qualitativo, manifestaram o desejo de colaborar só nesta situação.
Assim, parece-me que aqueles que tiverem o arrojo de se tornarem eficazes numa prática de base ideológica sólida e transparente, de um projecto claro e amplamente divulgado com situações bem definidas, estará certamente numa das melhores condições para poder ganhar um próximo acto eleitoral.


José Augusto Marques

15 fevereiro, 2008

MAIS UM ALMEIDENSE EM CENTROS DE DECISÃO NACIONAL

Mais um Almeidense nomeado para um alto cargo.

É um homem com enorme prestigio em Almeida, nomeadamente no aspecto do voluntariado.

O Futebol de Almeida conhece-o bem, pois foi Presidente do Clube.

Pelo que me contam é um exímio caçador e os Srs. Caçadores de Almeida conhecem-no bem.

É Deputado da Assembleia Municipal de Almeida, para onde foi eleito pelo Partido Socialista.

Todos sabem que para além da sua competência,inteligência e dinamismo, é pessoa com exemplar humildade e amigo do seu amigo.

Sei que os Almeidenses vão receber esta noticia com muita satisfação.

Eu, pessoalmente, no curto espaço de tempo que tambem era Deputado naquela Assembleia Municipal, em bancada diferente, mantive fortes, mas sempre sadios debates com este Senhor da Vila de Almeida.


Foi nomeado


SUB-DIRECTOR DA REGIÃO CENTRO

DO

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA


Senhor Engenheiro
ANTONIO JÚLIO GOMES PATRICIO



Parabéns Sr. Engº Patricio e... até aos próximos debates.


Abraço.


João Neves


03 fevereiro, 2008

A RIVALIDADE VILAR FORMOSO/ALMEIDA...


A RIVALIDADE VILAR FORMOSO/ALMEIDA E AS ALTERNATIVAS POLÍTICAS PARA O CONCELHO DE ALMEIDA

De acordo com o título que escolhi, quero neste artigo abordar dois assuntos importantes.

A rivalidade entre as duas maiores freguesias do concelho, Vilar Formoso e Almeida, é uma realidade que existe há muito tempo e que se exprime das mais variadas formas.
Está presente ao nível desportivo entre os dois clubes de futebol, ao nível do desempenho escolar das suas escolas, ao nível das festas e romarias, ao nível da eterna disputa acerca da legitimidade do posicionamento da sede do concelho, entre muitas outras coisas, maiores ou menores, mas que não passam despercebidas.
Está, igualmente, muito presente na hora de escolher os três ou quatro primeiros lugares das listas que, de quatro em quatro anos, se perfilam para serem as preferidas dos munícipes do concelho de Almeida. Sim, porque como é sabido e corrente, lista que se preze e que pense em ganhar as eleições autárquicas cá pelas nossas terras tem de ter uma figura de Almeida e outra de Vilar Formoso nos quatro primeiros lugares, caso contrário, a tal rivalidade de que falo encarregar-se-á de inviabilizar a possibilidade de vitória da mesma.

Perguntar-me-ão: “A rivalidade é assim tão má?”, “Não é possível que a rivalidade ajude ambas as freguesias a promoverem, a cada dia, melhores e mais actividades para superarem a outra e com isso ajudarem o concelho a crescer?”

A resposta é fácil e evidente! Neste caso, a rivalidade, é má para Almeida, é má para Vilar Formoso e pior… é PÉSSIMA para o concelho de Almeida.

E porquê?

Este fenómeno da rivalidade é normal, cultural e de certa forma tolerável ao nível das opiniões e actos pessoais e particulares. O mesmo não é verdade quando estas rivalidades são indirectamente impulsionadas e patrocinadas pelo poder político local.

Atente-se aos seguintes casos recentes:
Fizeram-se umas piscinas “municipais” em Almeida e outras piscinas “municipais” em Vilar Formoso. Fez-se um Pavilhão Multiusos em Vilar Formoso e faz-se outro em Almeida. Quem ganha com estes investimentos? Ganha Almeida? Ganha Vilar Formoso? Não!! Perde o concelho de Almeida que vê verbas preciosas serem desbaratadas em prol de políticas de caça ao voto, em que o conceito é: “se Almeida tem, Vilar Formoso tem de ter, se não nas “próximas” estamos queimados…”


Ainda há uns dias atrás estava eu a conversar com uns amigos num espaço público, onde estava presente um amigo com responsabilidades concelhias (que por vários motivos não convém, nem tem lógica identificar, não obstante a conversa ter sido pública). Apresentei os argumentos que escrevi no parágrafo anterior e perguntei-lhe a sua opinião, ao que ele me respondeu:
“Queres a minha opinião pessoal ou política? Pois bem (continuou), a minha opinião pessoal é que embora sustentáveis esses investimentos são errados e ridículos, mas a minha opinião política é que tem de ser assim!” E disse mais: “Da mesma forma a CM de Almeida submeteu a orçamento externo adicional a colocação de relva no campo de futebol de Almeida e se este vier aprovado, a Câmara Municipal, pagará o relvado para o campo de futebol de Vilar Formoso…”

Ora bem, esta discordância entre as opiniões pessoais coerentes e as opiniões políticas que apenas têm em mente garantir votos nas duas principais freguesias do concelho são elucidativas da pobreza de política e dos políticos que nós temos. Bem como são, indirectamente, promotoras da rivalidade que, ao invés, teriam obrigação de diminuir e combater como forma de união do concelho e de distribuição justa e razoável dos dinheiros públicos do mesmo.
Concordo que essas infra-estruturas são importantes do ponto de vista do social, só não têm é de existir SEMPRE em número par.

Se querem continuar a distribuir o dinheiro neste tipo de política “arrevezada”, pelo menos façam obras diferentes nas duas freguesias. Piscinas para ti, multiusos para mim, zona industrial para ti, teatro para mim… etc…etc…

Quanto à tal sustentabilidade apregoada, convém deixar claro que essa administração danosa que se traduz em prejuízos anuais astronómicos é um empecilho que não permite aplicar tais somas de dinheiro em outros investimentos bem importantes e em falta neste concelho.
Os “milhões” enterrados em obras de caça ao voto deitam por terra a possibilidade de investir em fixação de pessoal, turismo A SÉRIO, entre outras coisas fundamentais.

Quanto ao segundo assunto importante:

Está mais do que provado que estes sucessivos autarcas da mesma cor não têm conseguido tirar o concelho de Almeida da pobreza, da desertificação, do isolamento.

São factos!

Também são factos que a alternativa que sucessivamente se lhes apresenta de quatro em quatro anos, com a outra cor, não tem conseguido cativar as gentes do nosso concelho, não sei se por falta de estratégia política, se por má constituição das equipas, se por falta de projectos cativantes e aparentemente seguros ou se por outros motivos. A verdade é que, se por um lado fica a dúvida do que conseguiriam fazer, por outro fica a certeza que nem eleitos ainda conseguiram ser.

A estas duas considerações anteriores junto o facto de ambas as “forças” que se têm submetido a votos se apresentarem nitidamente desgastadas, como prova a diminuição dos apoios, a ambas, por parte de pessoas inteligentes, capazes e com peso concelhio que em tempos as apoiaram e/ou integraram.

Ficam as seguintes perguntas pertinentes:

Será que é por um desses dois caminhos que tem, inevitavelmente, de seguir o curso do nosso concelho?

Será que são essas as melhores possibilidades para o “leme” do nosso concelho?

Não será altura dos que, por não partilharem destas políticas ocas e à deriva, se dissociaram das respectivas facções, pensarem em algo mais do que fazerem comentários em blogues?

Se as ideias são válidas e o grupo (devidamente reunido) é representativo, por que não sentarem-se a uma mesa e pensar num rumo melhor para este concelho?

Ficam as questões, fica o tema para pensarem e para debate, fica o repto, fica o conselho para o concelho!

Comentem…

Mário Martinho (Jr.)

01 fevereiro, 2008

FEIRA DO FUMEIRO EM ALMEIDA


Sábado - 2 de Fevereiro

15:30 - Sessão de Abertura
- Atribuição do Prémio de Melhor Aluno
- Actuação de Coro Etnográfico

21:30 - Organista Beto

Domingo - 3 de Fevereiro

15:00 - Passeio de Automóveis Antigos
- 1º Mega Passeio de Motas TT - Almeida
- Rancho Folclórico
21:30 - Tributo aos Xutos e Pontapés


Segunda Feira - 4 de Fevereiro

15:00 - Animação de Rua
21:30 - Espectáculo Musical "LINDA" Pica de Enfermeira


Terça Feira - 5 de Fevereiro

15:00 - Desfile de Carnaval
17:30 - La Passion Flamenca