07 outubro, 2009

ORLINDO VICENTE e a FORÇA DE ACREDITAR



FORÇA DE ACREDITAR…uma candidatura abrangente


... Dar vida à vila de Almeida intramuros, fazendo com que os habitantes e os agentes económicos regressem a esse espaço, através de acções concretas...






... Implementar no Balneário das Termas da Fonte Santa uma Clínica de Medicina Física e de Reabilitação, reforçando, assim, a viabilidade daquele equipamento e simultaneamente a criação de postos de trabalho qualificados no concelho...

... Procurar adquirir o Quartel das Esquadras e instalações do Antigo Convento de Nossa Senhora do Loreto, no interior do perímetro amuralhado de Almeida, a fim de serem recuperados e requalificados como espaços de âmbito sociocultural...

... Construir um estaleiro e oficinas municipais, dignificando as condições de quem lá trabalha...


... Adequar espaços concelhios para realização de exposições que promovam os nossos produtos regionais e alojem iniciativas culturais, nomeadamente em Almeida...













... Prosseguir o Projecto de Classificação de Almeida como Património da Humanidade, pela UNESCO, aprofundando o conhecimento relativo à importância histórico-cultural desta Praça-Forte, a todos os níveis, procurando prevenir as tentações e especulações de um falso desenvolvimento, e criando maiores condições de sustentabilidade para a sua comunidade...





... Concertar programa de incentivo ao repovoamento sociologicamente diversificado do centro histórico de Almeida, de forma a assegurar a sua sustentabilidade habitacional e dinâmica empresarial, que assegure o bem-estar geral da população com reflexos positivos na actividade turística...


... Concretizar uma politica fiscal municipal moderada e atractiva no âmbito do IMI, IMT, taxas e licenças, bem como IRS, baixando este último...



... Fomentar novas fontes de energia renováveis...


... Promover a requalificação ambiental dos recursos fluviais, designadamente da despoluição da Ribeira de Toirões, Rio Seco e Rio Côa...


... Descentralizar algumas reuniões do executivo camarário e da Assembleia Municipal para as freguesias, a fim de “in loco” se equacionarem soluções para os problemas de
cada localidade...


... Construir, na margem esquerda do Rio Côa, uma infra-estrutura de desporto e lazer, com piscinas descobertas, de forma a servir a população do concelho...


... Criar o Gabinete o Cidadão para permitir, aos cidadãos em geral e sobretudo aos mais idosos e emigrantes, o tratamento de todos os processos, sem burocracia e sem grandes perdas de tempo...


... Criar as infra-estruturas necessárias de apoio ao sector agrícola, nomeadam
ente o mercado de gado...


... Dinamizar o Gabinete de Apoio ao Agricultor, de forma a eficazmente poder esclarecer os lavradores sobre as medidas de politica agrícola, apostando nas potencialidades do meio rural, incluindo serviços de certificação de comercialização de alguns produtos regionais, bem como a criação de denominações de origem...


... Criar, tal como a Lei o determina,
o Conselho Municipal da Juventude...

... Providenciar refeições gratuitas a todas as crianças da educação pré – escolar e a todos os alunos do 1º ciclo do ensino básico...



... Facultar gratuitamente manuais escolares a todos os alunos do 1º ciclo do ensino básico...


... Instituir um apoio financeiro anual no valor de 20% da propina máxima a nível nacional a todos os alunos do concelho que frequentem o ensino superior cujo aproveitamento seja positivo. Este valor será acrescido em 30% sempre e quando o aluno seja economicam
ente carenciado ou quando obtenha uma média anual igual ou superior a 14 valores...


... Promover o gosto pela natação, colocando, de forma gratuita, à disposição dos Agrupamentos de Escolas do nosso concelho os dois complexos de piscinas para que todos os alunos tenham pelo menos uma aula de natação por mês...





Desenvolvimento Sustentável, Emprego e Bem-estar

Apoiar a economia social, contribuindo para a coesão, a luta contra a exclusão e a pobreza, a criação de bem-estar social com programa de incentivos à criação do próprio emprego

Promover a fixação de jovens no concelho, (…) criando condições para regressarem ao concelho

Criar infra-estruturas de apoio à actividade empresarial, nomeadamente um parque de negócios e um Gabinete de Apoio ao Investidor, para estimular iniciativas do sector produtivo

Criar uma plataforma digital de informação e divulgação de produtos e serviços relacionados com o Turismo, (…) de forma a favorecer o seu peso na economia local

Incentivar o desenvolvimento das qualificações profissionais

Reforçar o princípio das transferências municipais para as freguesias

Reforçar a eficiência e eficácia da administração autárquica conducente à redução de custos e tempo no atendimento ao cidadão

Requalificar o espaço envolvente à EN 332, na vila de Almeida, desde o Arrabalde de Sto. António até ao Bairro da Taipa

Protecção Ambiental e Desenvolvimento Rural

Apoiar actividades geradoras de emprego que assentem na biodiversidade e protecção ambiental, como factor de complementaridade do sector do Turismo, Termalismo e Lazer;

Aproveitar as potencialidades das energias renováveis e elaborar Plano Municipal de Eficiência Energética (…)

Melhorar o aproveitamento dos recursos hídricos com recuperação dos açudes do Rio Côa e Ribeira de Toirões e construção de mini – hídricas

Dinamizar e apoiar o cooperativismo e associativismo no sector agrícola (…)

Incentivar a prática do turismo rural e agro-turismo

Valorizar o património paisagístico, edificado e gastronómico das diferentes freguesias e estimular a revalorização de práticas ancestrais identitárias

Urbanismo, sustentabilidade e integração social

Melhorar os núcleos urbanos das nossas aldeias e vilas, criando espaços de melhor habitabilidade, lazer, convívio e coesão social

Criar um serviço de apoio ao munícipe para orientação e apoio na recuperação de imóveis degradados nos centros e núcleos históricos

Implementar sistemas inteligentes de economia e eficiência energética em edifícios públicos


Património como valor estratégico

Elaborar o Inventário do Património de Almeida (incluindo o não classificado), (…) para uma melhor gestão do seu potencial estratégico

Definir Planos Específicos de Intervenção e Salvaguarda do património edificado(…), dando início a uma verdadeira política de recuperação, reconstrução e revitalização integrada dos núcleos urbanos históricos, que possa servir de instrumento de apoio à prevenção e resolução de arbitrariedades

Elaborar um Plano Estratégico do Desenvolvimento do Turismo no concelho de Almeida

Potenciar a vantagem de proximidade que a vizinha Espanha confere ao concelho do ponto de vista do Turismo, (…) para assegurar uma maior permanência e intercâmbio cultural e económico na região;

Apostar na dinamização de rotas turísticas e processos cooperativos com os diversos territórios vizinhos, (…) com o objectivo de conquistar segmentos de mercado com maior poder aquisitivo

Optimizar, como eixo estratégico, a existência de um recurso termal, as práticas de saúde e bem-estar, as terapias naturais e diferentes modalidades de manutenção física e tratamentos anti-stress

Construir Parque de Campismo e Praias Fluviais que vão além da sazonalidade, junto ao Rio Côa, (…) potenciando o interesse deste curso de água para actividades desportivas e de lazer

Melhorar, de forma integrada, as acessibilidades aos lugares de valia patrimonial, assim como, ordenar e arranjar os espaços envolventes de algumas das construções e monumentos degradados

Criar uma rede de informação turística, estruturando e criando uma equipa alargada de guias especializados que possibilite (…) acesso à informação e aos equipamentos públicos, num calendário e num horário adequado a todos os interesses

Promover e apoiar políticas de qualificação e intensificação da formação profissional para o sector turístico

Criar parqueamento que permita um fácil acesso às zonas turísticas e comerciais do concelho (…)


Cidadania e Instituições Políticas

Disponibilizar on-line actos, serviços e procedimentos administrativos da autarquia, contribuindo para a sua divulgação e desburocratização

Institucionalizar processos de consulta sistemáticos à sociedade civil, através dos Conselhos Municipais

Criar o Gabinete de Apoio às Juntas de Freguesia, de forma a dar-lhes todo o apoio técnico e administrativo necessário à consecução dos seus projectos

Educação, Cultura, Juventude, Desporto e Acção Social

Colocar na Componente de Apoio à Família dos jardins-de-infância um(a) animador(a) sócio-cultural, procurando uma maior compatibilidade com os horários profissionais dos pais

Desenvolver a educação e formação de adultos e a educação permanente em regime de parcerias educativas

Melhorar a rede de transportes escolares através de aquisição de viaturas que permitam transportar os alunos e prestar serviços à população e Associações do concelho, quando necessário

Candidatar o concelho de Almeida (…) à criação de um Centro Ciência Viva, como espaço interactivo de divulgação científica

Alargar a cobertura pública da oferta da educação pré-escolar no concelho

Promover estágios profissionais, preferencialmente para jovens licenciados do concelho

Facultar o acesso à Internet sem fios e de sinal aberto em espaços públicos, em todo o concelho

Promover e apoiar iniciativas sobre profilaxia e combate ao tráfico de droga (…) higiene alimentar, saúde oral, sexualidade, segurança, vacinação, alcoolismo e sida, em articulação com os serviços competentes

Desenvolver e apoiar Campos e Actividades de Férias e dinamizar a Casa da Juventude em articulação com as associações

Criar, no âmbito do Gabinete de Apoio ao Investidor, o Centro Municipal de Apoio ao Jovem Empresário (…)

Conceder apoios específicos ao associativismo desportivo (…) baseados em planos e relatórios de acção e premiar clubes/associações pela relevância dos resultados desportivos obtidos

Pôr em funcionamento uma política de parcerias entre as diversas IPSS (…) a fim de implementar uma rede de equipamentos e respostas sociais, partilhar recursos humanos, técnicos e físicos, maximizando a satisfação das necessidades

Apoiar crianças e jovens em risco e uma melhor integração de minorias étnicas, mulheres ou crianças em situação de violência doméstica, mães adolescentes e/ou solteiras.

Apoiar as I.P.S.S. do concelho no sentido de serem desenvolvidos Centros de Dia/Assistência Nocturna

Promover o apoio domiciliário aos idosos

Implementar o Conselho Municipal de Saúde, com a Missão de elaborar o Plano de Promoção da Saúde

01 outubro, 2009

BAIRRO DA LATA...a mim não me mentem mais!





Recordo-me dos tempos que vivi na primeira casa, no sentido Almeida-Malpartida, do então “Bairro dos Retornados”. Ano de 1978. Vivia então com os meus Pais, naquela pequena e minúscula casinha, onde ainda hoje a hera plantada por meu Pai cresce com toda a vivacidade.
Recordo-me dos frios no Inverno e do forno em que aquelas casas se transformavam no Verão.
Recordo-me da última casa do chamado “Bairro da Lata”, do lado esquerdo no sentido Almeida-Malpartida, onde vivi quando já casado e com o meu filho ainda de tenra idade.
Recordo-me que, no Inverno o meu despertador eram pingos de água que me caíam em cima da face.
Recordo-me a dor que sentia quando a meio da noite tínhamos que mudar o nosso filho da sua cama para a nossa porque caía água na camita dele.
Recordo-me dos gritos de pavor da minha esposa porque estava um morcego na casa de banho.
Enfim, recordo-me da tristeza que sentia meu Pai quando nos queixávamos das condições que não tínhamos e da tristeza que eu próprio sentia por não poder oferecer melhores condições de vida aos meus.
Mas também me recordo que há 16 anos que as promessas de construção de um novo bairro para alojar todos os residentes do tal “Bairro da Lata” são lembradas em todas as campanhas eleitorais.
Das promessas que Costa Reis fazia, quando em campanha eleitoral, aos residentes neste bairro e da alegria que eles demonstravam ao ouvirem as suas palavras.
Recordo-me com muita mágoa, quando em 2001, andando eu na companhia de Costa Reis, em campanha politica para as eleições de então, das palavras que dirigiu à minha Mãe e da satisfação que ela demonstrou ao ouvir atentamente as promessas do então Presidente da Câmara.
Recordo-me também das promessas que Baptista Ribeiro e José Alberto Morgado fizeram em 2005, em mais uma campanha eleitoral às autárquicas.
Também estive presente numa reunião, em representação de minha Mãe, com todos os residentes deste bairro, no Salão Nobre da Câmara Municipal e ouvi Baptista Ribeiro e José Alberto Morgado afirmarem que o Bairro que pretendiam construir seriam moradias a custos controlados, mas que seriam para venda ao preço de 600,00 euros por metro quadrado ( 120 contos por m2, em moeda antiga), quando o preço da construção no mercado rondava os 90 contos por m2. Aqui comecei a ver e ouvir o desânimo daquela gente que encheu o dito Salão, a revolta de alguns por se sentirem enganados.
Não é por prazer que toda aquela gente reside em casas com aquelas condições. Se são obrigados a ali residirem é porque não têm, nem possibilidades económicas nem condições para um qualquer banco lhes conceder um crédito à habitação.
Agora, é preciso descaramento vir afirmar, ao fim de tantos anos de promessas, que afinal “se quiserem uma casa têm que pagar 120 contos/m2 por cada uma”.

Não, Dr. Costa Reis o Senhor a mim não me engana mais!

Não Prof. Baptista Ribeiro, a mim o Senhor não mente mais!

Não, José Alberto em ti não acredito!

OS SENHORES NÃO ENGANAM MAIS A MINHA MÃE!

Escusam de voltar a este bairro com as mesmas promessas de há 16 anos, pois já ninguém acredita em vós.

Estou curioso qual será a forma que vão utilizar para tentarem enganar as gentes daquele bairro mais uma vez.
Será que virá mais uma “Primeira Pedra” ?
O que será desta vez?
Estou curioso.

No entanto, atrevo-me a afirmar que Baptista Ribeiro, José Alberto Morgado e Costa Reis não vão mais mentir às gentes do “Bairro da Lata”.

Utilizem os estratagemas que quiserem. Lancem quantas “primeiras pedras” quiserem, ali NÃO MENTEM MAIS NENHUMA VEZ!

João Neves

30 setembro, 2009

Assim...não...é muito feio.



É desta a forma insultuosa, suja, cobarde, injuriosa que os adversários da FORÇA DE ACREDITAR usam no combate político.
Hoje é a injuria, amanhã a ofensa e todos os dias o alastrar boatos porcos, sujos, falsos e, mais uma vez, cobardes.
É esta a postura politica dos adversários de Orlindo Vicente.
É por estas razões que o nosso povo diz que a politica é porca.
Não...não é a politica que é porca.
Certas e determinadas pessoas é que deveriam ser banidas da vida politica.

Agora entendo porque razão Manuela Ferreira Leite afirmava que a Madeira de Jardim era o paraíso da liberdade e da democracia. Não terá Jardim aqui excelentes seguidores?
Fica a interrogação.

Se porventura Baptista Ribeiro e o PSD são estranhos a este panfleto, desafio-o a demarcar-se publicamente.

No entanto, permitam-me afirmar que nada acontece por acaso.

Não é por acaso que o PSD sofreu em 2005 uma divisão, quando um grupo de independentes, que não diziam nada ao Partido Social Democrata, praticou um autentico assalto ao poder às estruturas politicas concelhias do PSD e se instituíram Candidatos à Câmara, sem a aprovação dos seus militantes, de acordo com os estatutos do Partido. Como não será por acaso que o PSD perdeu militantes entre os quais eu próprio, Joaquim Fonseca e José Augusto Rodrigues.
Que o diga o Dr. Costa Reis se tiver coragem para isso.
Com este Senhor estávamos habituados a fazer campanhas politicas com lisura, seriedade e sem recorrer a criticas sujas e mentiras vergonhosas.
Mas, enfim, parece que até o Dr. Costa Reis perdeu o verniz, o que, no que me diz respeito pessoalmente, lamento imenso e me desilude.

Fica aqui a minha satisfação pela forma como Orlindo Vicente e os seus candidatos estão a fazer a sua campanha politica.
Sem criticas injuriosas, com verdade, com educação, com muita humildade, com respeito pelos adversários e pelas suas ideias.
Só assim a política e os políticos poderão ser dignificados.

É com esta postura que se definem e reconhecem os vencedores.

João Neves

23 setembro, 2009

QUE TURISMO PARA ALMEIDA?

Aparecem com regularidade nas caixas de correio do grande Porto, e certamente por todo o lado pois se trata uma agência de viagens com venda directa, um folheto de divulgação de excursões turísticas. A vários destinos de Portugal e Espanha, mas também a outros pontos badalados de turismo massificado espalhados pelo mundo.



Numa das faces do folheto (sempre com 2 propostas diferentes), chama a atenção o convite para uma visita a Almeida - “VENHA CONHECER: ALMEIDA – 1 DIA”. Apresentada como uma “Imperdível!!! aldeia histórica”, consulto o verso para ver o programa e as condições: em várias datas diferentes, como se pode verificar, o conteúdo é sempre o mesmo.



Depois de uma viagem de autocarro, um pequeno-almoço já incluído num restaurante não especificado, com apresentações publicitárias da própria agência. O segundo parágrafo refere que “Depois de almoço” se fará uma “VISITA À BELÍSSIMA LOCALIDADE DE ALMEIDA”. “Localidade?” Aí detenho mais a atenção: começa na “Agência de Turismo” (???), passa pela Câmara Municipal, Centro de Estudos (de quê???), Picadeiro Del-Rey, Roda dos Expostos (como sabemos, normalmente fechada), “Casamantas” (CASAMANTAS??? – Não deve ser uma venda “mantas”… Deve, com certeza, referir-se às “Casamatas”! Terá alguma coisa a ver com a recente retirada de “mantas” da cobertura? E, sem falar na Porta Nova (que não parece merecer a pena…), vai-se às Portas Duplas de Santo António, onde prometem que “assistiremos a um vídeo que conta a história da aldeia”. A “história da aldeia”??? Repare-se, com minúscula(!) não é, de certeza, a História da importância da Fortaleza de Almeida já que nem fala desta em lado nenhum… nem nada que se pareça com o seu papel como Praça-Forte na História de Portugal. É uma “aldeia histórica”, seja lá o que isso for…
Há finalmente tempo livre para provar “a ginja - bebida típica da região” (vá lá, não incluída…) e logo“Regresso a casa”.





Com um programa destes, constantemente repartido por autocarros, em datas diferentes, compreende-se melhor os apregoados números das estatísticas sobre visitantes a Almeida, o orgulho, inchado mas balofo, dos defensores dos magotes que se vêem pelas ruas e nas muralhas, bem como a razão porque vejo sempre os comerciantes de Almeida com a cabeça na mão: o município, aparentemente, oferece tudo. E só sobra o tempo de usar os sanitários.

Ligo para a agência para saber se o almoço é já em Almeida. Não. Em Celorico da Beira. Afinal, nem sequer um dia dura a visita a Almeida. Apenas uma tarde. A do 25 de Setembro de 2009 já está esgotada. Não admira. 11,90 Euros, “o melhor preço do mercado”, com tudo incluído – e ainda se tem direito a uma “linda prenda”!

- Quem resiste ao semelhante? Como é que Almeida sai assim promovida? Quem ganha com isto?
A assim “manter o rumo”, se Almeida conseguir a ambicionada classificação como Património da Humanidade pela UNESCO, que mais estaremos para ver? Irónico é que ainda se encoste a este rumo o slogan “agir com verdade”!
Venham lá com estatísticas…

Maria Clarinda Moreira

17 setembro, 2009

BEM PREGA FREI TOMÁS...



O que é o “património mundial”?

A propósito da candidatura de Almeida a Património Mundial da Humanidade, vale a pena perguntar: saberá uma parte significativa dos cidadãos, e os almeidenses em particular, o que significa pertencer ao património mundial da UNESCO? Alguém lhes explicou o que isso é, as suas vantagens e as suas exigências/obrigações? Houve debate público ANTES do dossier de candidatura ser apresentado? Que eu tenha conhecimento, uma vez mais, a decisão ficou reservada aos denominados “qualificados técnicos”, que elaboraram o referido dossier, e aos políticos do executivo camarário, esquecendo ou achando desnecessário debater em fórum público a decisão e as preocupações da população antes da apresentação oficial do mesmo.

A esmagadora vinda de peritos ao Seminário internacional, há dias promovido nas Portas de Santo António, integrado nas Comemorações do Cerco de Almeida, nada trouxe de novo sobre a importância do assunto, nem sobre os problemas directamente relacionados com esta Fortaleza histórica. Talvez por isso mesmo, a população voltou literalmente as costas a esse encontro de especialistas que ficaram a maior parte do tempo a falar para si próprios. Por outro lado, já se sabia, a sua presença em Portugal não é, só por si, aval positivo ao que se tem realizado em termos de obras locais: os convidados não iam apontar críticas na casa dos generosos anfitriões que os convidaram e suportaram as suas deslocações e estadias. Isso seria uma descortesia. Era interessante ouvir-se, sim, a opinião de peritos verdadeiramente descomprometidos!



Por fim, ainda que muito elogiado pelos apresentadores, o massivo dossier de candidatura é essencialmente uma colectânea de textos técnicos, em grande parte, com abordagens já conhecidas, profusamente ilustrado e luxuosamente apresentado com o objectivo, quiçá, de ser também um aliciante cartão de visita junto da comissão da UNESCO incumbida da análise e aceitação da candidatura a eventual reconhecimento de Património Mundial para Almeida. Até aí, um procedimento expectável e normal. Foi, porém, apresentado com tal carga de discursos inflamados e demagogia (aí sim, já perante uma sala preenchida) que, objectivamente falando, chegou a rondar um pouco a insensatez. Um dos oradores, num rasgo de incontível exaltação retórica, chegou mesmo a rematar que não deveria ser Almeida a almejar ser reconhecida como Património Mundial da UNESCO, mas sim a UNESCO que deveria congratular-se por poder contar com Almeida no seu rol.
Les portugais sont toujours gais!...

Contudo, a ironia das ironias de toda esta agitação mediática, está precisamente patente, ainda que de forma bem mais discreta, no último parágrafo do referido dossier, a pags.364, onde se diz:
“ Pretende-se, exclusivamente, que Almeida cresça, como até aqui, sem prejuízo para a leitura da sua fortaleza, afinal, o seu maior recurso, mesmo que a pressão construtiva aumente como se espera.”


Mas como é possível continuar a haver uma leitura completa e capaz da fortaleza, perante as intervenções construtivas e desintegradas no monumento que têm vindo a ser efectuadas, principalmente nos últimos anos??!!

Será que o edifício tipo caixote junto à Câmara confere uma melhor leitura a uma praça de guerra do Séx-XVII a XIX? As pirâmides de vidro sobre a Porta exterior de Santo António ajudam à leitura do que deve ser um abaluartado à prova de bomba? A azulejaria e granitos semipolidos da porta nova, são uma mais-valia à leitura da fortaleza? Os quartos-de- banho salientes no fosso, as portas em madeira serradas ou feitas de madeira diferente da original, a alteração interior das casamatas e sobretudo do seu exterior, retirando não só as barreiras de terra, a implantação de rodelas de granito sobre os respiradoruros, de bancos em granito polido em redor onde raramente alguém se sentará, um monta-pratos numa esplanada vazia, etc., etc., são elementos que enriquecem a “leitura da fortaleza como o seu maior recurso”?

Ou estamos todos enganados e somos ignorantes, ou somos todos tomados por estúpidos. O que é certo é que nada disto, apesar de património colectivo nacional, e com pretensões a reconhecimento internacional, foi ponderado de forma mais aprofundada e abrangente. Bem prega Frei Tomás… Pior: convive pouco e mal com a recomendação de um dos oradores, Rui Carita que, de forma idónea, deixou a seguinte advertência final: “Almeida está por estudar, falta saber muito sobre esta magnífica fortaleza. E isso não é tarefa para uma ou duas cabeças só…”.

Quanto ao futuro, mais há a temer por este andar: as obras foram apresentadas com elogios de enorme satisfação, seguidas do comentário “mal ou bem, estão feitas. Muito mais há para se fazer!” Aí o peito sofre novo aperto: irá o tal imponente miradouro de betão já projectado, com mais outra esplanada, ser construído sobre outro miradouro natural na zona do castelo? Irão avançar as já aprovadas obras para as Portas de São Francisco, com pedras e repuxos desde o Jardim da Pérgola? Que necessidade de imposição sobre a camada histórica de Almeida é essa? Em que é que valorizam a leitura da Fortaleza? Em que é que aumentam à qualidade de vida dos almeidenses e cidadãos em geral, que amam a História e visitam Almeida à procura dos seus sinais de autenticidade?

As atitudes ficam com quem as tem, e na hora da sua apreciação, esperemos que os almeidenses saibam agir em conformidade.

Rui Brito Fonseca

08 setembro, 2009

DIA FELIZ EM ALMEIDA

Há dias felizes em Almeida. Ou melhor, há momentos em que é bom constatar que, apesar de todas as dificuldades e adversidades, há uma dinâmica e uma força de querer, que consegue ir pondo de pé projectos positivos e consequentes para o desenvolvimento estrutural de uma zona despovoada e envelhecida.



Falo da Aldeia de S. Sebastião, ou melhor, de uma anexa de outra aldeia do concelho, à partida com todas as condições para desaparecer no mapa, não fosse a teimosia dos seus habitantes, cerca de 80, a maioria de idade avançada, no extremo da raia seca, onde as condições de vida nunca foram fáceis!

No entanto, contrariando todas as previsões e condicionantes, esta aldeia não pára de se inovar: como muitos sabem, partindo da dinâmica de uma simples Associação (a ADCS de S. Sebastião), depois da construção de um Centro Cultural e Desportivo, de uma piscina descoberta, atracção de muitos sobretudo na época estival, de um anfiteatro ao ar livre, de um campo polidesportivo, de bungalows permanentemente ocupados por nacionais e estrangeiros, equipadas com conforto tanto para o Verão como o Inverno… lembraram-se (e não se ficando apenas pela lembrança, meteram mesmo mãos à obra) de construir um Lar para idosos, que é um merecido mimo para todos os que levaram uma vida árdua, uma enorme evidência de dignidade, bom gosto e qualidade, além de uma racional e muito esforçada aplicação de recursos, com criação de postos de trabalho onde estes são tão difíceis de encontrar.


Os presentes na inauguração oficial, que teve lugar no dia 4 deste mês, puderam constatar a enorme alegria, azáfama e merecido orgulho de todos os que trabalharam para conseguir esta magnífica infra-estrutura, já a funcionar em pleno, onde os mais velhos agradecem com versos e canções simples, mas cheias de significado, que emocionam e marcam pela sinceridade.



Depois das intervenções dos oradores convidados, um almoço de confraternização, servido por uma empresa que, contando com enorme afluência de pessoas, esperava a postos, assegurando conforto, quantidade e qualidade de serviço. Apesar disso, um pormenor, aparentemente insignificante, não passou despercebido aos mais atentos: os únicos que não se sentavam e giravam de um lado para o outro a providenciar atenções eram os próprios promotores da iniciativa. Antes do fim da festa, ao abandonar o local, um último relance permitiu observar o presidente da Associação que, a par de outros, ainda de gravata mas já sem casaco, giravam de um lado para o outro, sem parar, a chegar pratos, copos e talheres… para que nada faltasse aos presentes naquele momento de convívio.

Talvez mereça essa atitude ser interpretada como um mero um sinal de boas maneiras. Mas eu achei que é muito mais. É um sinal de irrequietude, de prontidão perante qualquer necessidade e sobretudo de responsabilidade social, que merece o nosso reconhecimento e admiração.

- Parabéns ADCS da Aldeia de S. Sebastião! A aldeia, pequena como é, mostra bem como é capaz. Um exemplo e um estímulo muito encorajador para todos os habitantes de Almeida.

03 setembro, 2009

À MANEIRA...

Afinal Eles também lêem blogues. É claro que sim! Blogues e críticas impressas. E se mais houvesse, há mais tempo, “Eles” teriam andado de outro jeito… Porque é a contar com a apatia e indiferença dos almeidenses que as coisas chegaram a este ponto!

Se dúvidas havia (para nós, nenhuma!), este ano, o extenso Programa da Recriação do “Cerco” de Almeida com respectivo Seminário, Programa de Inauguração das Casamatas, apresentação pública do Dossier de Candidatura das Fortificações de Almeida a Património Mundial e 2º Simpósio de Artes em Almeida constituiu uma extraordinária oportunidade de constatar isso mesmo.

Aí voltaremos, aos poucos, porque a dose é forte e não vamos ser indigestos. Os almeidenses, pouco unidos mas causticados, habituaram-se a ver neste blogue aquilo que tem a preocupação de ser: um Fórum onde, a par de alguns factos relevantes sobre Almeida, os intervenientes se reservam o direito de exprimir as suas opiniões, sem sequer terem a pretensão de reivindicar a razão toda. Sublinho: apenas o direito de exprimirem as suas opiniões! E isto, com consciência de que falar publicamente responsabiliza os autores pela veracidade do que publicam, não só porque subscrevem o que dizem, mas sobretudo porque estão sempre sujeitos ao contraditório, exigindo simplesmente não serem perseguidos e desfeiteados por velhacarias e distorções de toda a espécie!

No momento em que publiquei o último artigo, aludi a esse clima em Almeida, carregado de penosidade num esforço de manter a sujeição e compadrio a todo o custo e por todos os meios. Só que agora, e como era de prever, tudo indica que cada vez mais os lobos vão pondo farinha nas patas para se simularem de cordeiros, já sem recorrer aos berros, mas a imperceptíveis olhares e ordens segredadas, sempre a farejar sinais de “polémica” para prontamente reagirem ao mínimo sinal de alerta. Afinal sempre serve de alguma coisa seguir os blogues…




Faz precisamente agora um ano que dei início a uma colaboração escrita neste Fórum, como é óbvio, não sem logo também sofrer retaliações por isso. Mas o contraste entre o que agora podemos observar e a arrogância do que então me levou então à decisão de começar aqui a participar também, a par de outros autores, não podia ser mais flagrante!

Vigorava, na altura, o “quero posso e mando” cuja gota de água foi uma série de propostas de intervenção no centro histórico de Almeida (por ora, como é óbvio, quietinhas na gaveta…) com um Presidente da edilidade a bradar aos microfones que “Quem manda aqui sou eu. Eu fui eleito pelos almeidenses, estou legalmente mandatado para decidir. Nem que seja pela diferença de um voto, quem decide sou eu, e por isso, bem ou mal eu decido”. Todos os presentes ouviram, contestaram, ao vivo ou neste Fórum, disseram o que lhes ia na alma. Era esse o objectivo. E continua a ser! Por assim ser é que nestes quase quatro anos não foram poucos os desiludidos a exprimir a sua decepção, e por muito que se tente apagar isso, é tarde demais! Esses e outros sentimentos estão patentes relendo o que está para trás e continua publicado neste blogue desde a sua existência, favorável ou desfavorável a quem quer que seja.

Porém, subitamente, com o aproximar de um período de eleições, sobretudo após tantos deslizes públicos do género vivamente criticados, e possivelmente com aconselhamento de outro aviso à navegação, vale a pena observar a quase perfeita operação de cosmética que o mesmo orador assim tão “omnipotente”, de repente, sofreu. Não só Ele (com a maiúscula reivindicada num cartaz) como Eles (com maiúscula também, apesar de omissos no mesmo cartaz) pelos nós fundamentais na teia que tecem juntos a “cuidar” de Almeida.


Agora, como puderam constatar os presentes, já não batem o pé. Quando usam o microfone, fazem-no com uma voz controlada e quase delicada, medindo palavra a palavra, expressão pausada, crescendo, crescendo, insuflando-se… e só perto mesmo do fim dos discursos, elogiando-se e cumprimentando-se todos uns aos outros, em fileiras cerradas, tudo culmina numa espécie de apoteose final, mandada ao ar, desafiando os aplausos da assistência. De néscios não têm nada: decidiram trilhar um caminho diferente e, desta vez, vade retro com propostas de projectos desenquadrados. Sentindo tremer o chão em tempo de eleições, toca de agradar à população “oferecendo-lhes” o que mais lhes possa agradar: inaugurações, festas, simpatia, oferta de serviços, assinatura de protocolos e, ao que se sabe, até algum apaziguamento de estômagos mais esfaimados.


Aparentemente exultantes com a estratégia, abraçam-se, felicitam-se e sorriem. Tudo parece perfeito. E à primeira vista, sobretudo para os distraídos, até é: alguns olhares chegam mesmo a brilhar de triunfo, não faltam as expressões de regozijo, as luzes feéricas refulgem por todos os lados… e só uma sombra de tristeza, aqui e ali, denuncia a existência de grades na gaiola dourada!


No meio de tanta agitação, ainda há alguém a apelar à “colaboração de todos”, apesar de outros obviamente preferirem continuar a deixar o ferrão. Nem seria de esperar outra coisa. Está na índole. É por isso que por muito que disfarcem, nada é consistente, nada consegue colar os cacos espalhados pelo chão. Quem é que não se recorda do refrão irreverente da canção: “Demagogia, feita à maneira… é como queijo numa ratoeira!”?

Maria Clarinda Moreira

24 agosto, 2009

ALMA POR ALMEIDA



A época do Verão é propícia a uma quebra de hábitos, encontro de velhos ou novos amigos e, se possível, distanciação do quotidiano. É também propícia à reflexão e observação das movimentações coloridas, profusamente espalhadas por todo o lado.

Durante um tempo, sem desligar, pus-me calmamente a observar, sobretudo realidades diferentes, comparando e reflectindo. Essa distanciação ajuda a relativizar preocupações, permitindo um outro alento, uma espécie de pausa encorajadora, mesmo quando a decepção que sentimos face ao que gostaríamos de ver diferente parece mais insolúvel!

Relativamente a Almeida, fui seguindo a comunicação digital, quando viável, mantendo o cordão de atenção. E assim fui tendo a percepção de um ambiente tenso, cindido num vicioso amiguismo e revanchismo que continua a verificar-se e que, previsivelmente, se acentuará nos tempos mais chegados, com o aproximar de eleições.

Optei por não intervir em qualquer debate, à procura do sentir possível que transparece dos comentários, na maioria anónimos face às circunstâncias nepotismo e intimidação, onde não faltam as habituais operações de cosmética, certames mediatizados por quem mais pode no momento, inaugurações em catadupa, cartazes com mensagens patéticas, cartazes de oposição derrubados, silêncio dos inocentes, silêncio dos coniventes, silêncio dos que fingem não ver, silêncio dos que não querem ver… e quanto mais observo, mais me convenço da inteireza de indignação daqueles que sentem que Almeida carece de melhor!

Agora como outrora, sempre que o cotejar pela manutenção de poder esteja em causa, mais se recorre a manobras de charme, para impressionar. Quanto à expressão da diferença de opinião, sobram as mossas, apesar do esforço de terraplanagem. Invoca-se o berço como que a marcar os ungidos, condenando os não crentes desta fé inventada, terrena e passageira. Mete dó a pouca conta em que têm a inteligência dos outros!

Por tudo isto, confirma-se que quanto mais fulminante foi o desengano com o actual executivo, mais espaço de maturação perante a dura realidade bebida, como muitos almeidenses, diariamente em taça de fel. Qualquer discordância e logo passam de suspeitos a proscritos. É este maniqueísmo de “quem não é por mim é contra mim” que fui sentindo cada vez mais entranhado. Apesar de não ser recente o contacto com esta terra, que sempre conheci um tanto desperdiçada e alvo de interesses mais ou menos inefáveis, nunca a vi com um cariz tão profundamente inquinado como nestes últimos anos!

Tento então vislumbrar a eventualidade de manutenção deste tipo de ambiente em Almeida, depois das próximas eleições autárquicas. E percorre-me uma sombra de apreensão perante tal cenário. Desvanecido o verniz de alguma contenção estratégica, logo as garras se aguçariam para mais investidas. Não, desta vez não me refiro especificamente ao património físico, embora saiba que esse seria o primeiro a continuar a sofrer de fúria interventiva, até com dentes mais incisivos para projectos aparentemente postos em gaveta. Falo do património humano, de uma constante opressão que procura por todas as formas e meios definhar a alma almeidense. Falo não apenas de intimidações pela via judicial, mas também daquelas outras subterrâneas, toupeirescas, visando dividir os cidadãos. Falo daquela mesma sanha contra uma opinião discordante, quer vociferada aos microfones contra a chamada “crítica paralizadora”, quer a consentida por escrito, em tom despudoradamente ameaçador e com distorsão da contestação. Como se não bastassem as imposições, ainda é sonegada a indignação dos almeidenses. Nem quando se trata de um monumento ao 25 de Abril os habitantes podem ter voto na matéria quando, ironicamente, deveria funcionar como um símbolo de conquista de liberdade! Ou do (des)arranjo urbanístico que o pretende acompanhar, na sua Porta de entrada...
Aqui, sente-se bem a desenfreada autoridade de um par de técnicos habituados a impor e adivinha-se o triunfo de querer passar por cima de toda a contestação, com o beneplácito e patrocínio da tutela. Esta continua sem entender que é justamente um progresso equilibrado, em respeito pela vontade colectiva e espírito do lugar, e não um simulacro dele em projectos de modernização. Enfim!

Aos poucos, parece que aos almeidenses foi sendo vedado o direito de decidir algo por vontade própria! É certo que não é só de agora. Mas agravou-se. Entranhou-se o medo, a hipocrisia e a apatia, como tentativas de sobrevivência, o que só favorece a prepotência e impede um desenvolvimento consciente e participativo. Recordo o simbolismo do desespero do herói Louvadeus da obra “Quando os lobos uivam”, de Aquilino Ribeiro, recriada numa série filmada há uns anos precisamente em Almeida. (Hoje dificilmente a escolha de um dos principais cenários recairia aqui devido aos diversos enxertos descontextualizados no centro histórico, incluindo o tupperware posto defronte à Câmara…) O protagonista prefere imolar-se pelo fogo na sua própria terra, a ver a mesma e os seus direitos ancestrais ficarem nas mãos rapinadoras do negócio forçado, com todas as promessas de bem-estar e desenvolvimento, que ele sente falsas. Aquelas cenas finais sobre as Portas de Santo António são disso bem eloquentes!

Em 2009, a prova de fogo será enfrentar este cerco atrofiador. Unidos os almeidenses nesse objectivo estarão mais preparados para o esforço que se segue. Nada poderia ser como agora, não apenas pela maturidade demonstrada, mas porque fica claro que nenhuma equipa sensata e inteligente ousará continuar a sustentar-se e a ir tão longe neste desprezo pelo sentir dos munícipes. Na resistência de um povo o que mais conta é a determinação e a participação colectiva. Sobre isso, Almeida pode ir buscar exemplos dignos à sua memória e envolvimento histórico: Napoleão, o grande estratega, subestimou a força das pequenas guerrilhas e a inércia de um exército anglo-luso que aguardava o momento oportuno para intervir. Ninguém acudiu à Praça-forte de Almeida, que perdeu o seu castelo e caiu. Foi usada como uma peça no xadrez do jogo pelo poder. Mas o invasor acabaria expulso do país, com uma derrota que se multiplicaria por outras por toda a Europa, onde não faltaram os soldados desta guarnição beirã.

Murcho pelo tempo, o grito “Alma até Almeida!”, parece agora reduzido a uma fórmula de despedida. Sem ver que em tempos de competição económica global, é leviano acreditar que alguém olhará pelos interesses de uma terra se não forem os seus próprios habitantes. Por muito tentador que pareça, não serão quaisquer candidaturas a resolver os problemas e dificuldades do concelho. Só uma boa aplicação dos projectos com o envolvimento de todos. Há exemplos do que tem acontecido noutros lugares que o comprovam. E porque há decisões que têm de ser tomadas na hora certa, é cada vez mais inadiável que os almeidenses recusem permanecer assim divididos e humilhados!

12 agosto, 2009

PAINEL DE PINTURAS RUPESTRES COM 5.000 ANOS DESTRUÍDO NA MALHADA SORDA


No Parque Arqueológico do Vale do Côa


Painel de pinturas rupestres com cinco mil anos destruído em Almeida


Um dos painéis de granito com pinturas rupestres, com cerca de cinco mil anos, encontrado há sete anos na área da freguesia de Malhada Sorda, concelho de Almeida, foi destruído. O Parque Arqueológico do Vale do Côa (PAVC) lamenta o sucedido, considerando que existiu a “clara intenção” de fazer desaparecer aquele achado arqueológico.

A figura pré-histórica "foi completamente destruída, tendo sido lavada e repicada com a clara intenção de a fazer desaparecer, o que de facto foi conseguido", lamentou António Martinho Baptista, arqueólogo e pré-historiador de arte do PAVC, considerando que se trata de um "crime de lesa-arqueologia". "Apagaram mais de cinco mil anos de História", sublinhou em declarações à Lusa.

Segundo o arqueólogo, o sítio onde se encontra o achado era constituído por dois painéis verticais em granito, "ambos decorados com pinturas pós-glaciares em tons de vermelho". "A mais interessante figura" do conjunto era "uma figura zoomórfica em estilo seminaturalista, a fazer lembrar algumas das representações do Côa e até do Tejo", acrescentou.

Martinho Baptista explica que na figura destruída era visível "uma pequena cabeça perfilada em V, o pescoço fino e o corpo ovalado" de um animal, características que remetem "para a forma tipológica de um cervídeo fêmea".

Martinho Baptista, antigo director do extinto Centro Nacional de Arte Rupestre, relatou que o achado estava em "duas pequenas rochas" que constituam uma espécie de "abrigo" e foi encontrado por um casal residente em Malhada Sorda.

O presidente da Câmara Municipal de Almeida, António Baptista Ribeiro, disse que teve conhecimento do sucedido através do casal de Malhada Sorda que fez a descoberta e que "de imediato" comunicou o caso ao PAVC. "Da parte da autarquia nada mais havia a fazer, a não ser denunciar a situação às autoridades competentes, neste caso o PAVC", referiu.•
O autarca assumiu tratar-se de uma ocorrência que o "preocupa" e disse que "o acto criminoso significa uma perda irreparável" para o património histórico concelhio.

Apesar de descobertas em 2002, o local ainda aguardava «uma melhor oportunidade para o seu estudo». Uma oportunidade que já não se vai verificar, porque foram destruídas em Abril último.

(Lusa - 11.08.2009 - 10h33)


COMENTÁRIO DO ALMEIDA FORUM:


APAGARAM 5.000 ANOS DE HISTÓRIA.


É ASSIM SE CUIDA DO QUE É NOSSO?

10 agosto, 2009

OUTRAS OPINIÕES




Para que não se pense que só os habitantes de Almeida é que contestam todos os ultrajes e disparates que se tem feito em matéria de conservação do Património Histórico, publicámos um artigo do Diário de Coimbra, de 3 de Julho de 2009.




Tenta-se criar a ideia que este blog é maldizente, só pratica a má-língua ou a maledicência. Esta tentativa de denegrir o Almeida Fórum é proeminente, principalmente, quando está em causa criticas à gestão que está a ser feita pelo actual executivo da Câmara Municipal de Almeida.
Já por diversas vezes se notou que o Presidente Baptista Ribeiro se dá mal com o contraditório, seja ele qual for e venha ele donde vier. Não é a primeira vez que ouvimos o Senhor Presidente afirmar, com algum nervosismo e irritabilidade à mistura “…outras opiniões, quais ases da critica paralisadora…” ou referir-se “…aos profetas da desgraça...que só tecem críticas…”.

Quero aqui neste espaço esclarecer o Senhor Presidente da Câmara Municipal que este espaço se manterá livre e a prática da democracia será um princípio do qual não abdicamos.

Assim e no que diz respeito ao Património Histórico de Almeida, não abdicamos de dar a palavra aos Almeidenses e de dizer sempre a verdade.

E a bem da verdade venho aqui desmentir categoricamente os articulistas de um artigo publicado no jornal Praça Alta de 14 de Julho de 2009, inerente à apresentação pública do Projecto de Requalificação junto às Portas de S. Francisco, a 25 de Abril de 2009, ao afirmarem que as ideias e projectos referidos “…foram aceites por amplo consenso…”.

Estive presente à Sessão Solene das Comemorações do 25 de Abril, assisti a esta apresentação e quero aqui sublinhar que é completamente falso, repito completamente falso, que este projecto tenha reunido qualquer amplo consenso.
Houve sim, e pelo contrário, grande contestação ao mesmo, nomeadamente com a explanação de alguns erros detectados e indicados pelo Senhor Engenheiro Patrício, Deputado da Assembleia Municipal.





Mas, para que se demonstre que não são só os autores deste blog /ou os seus comentadores a tecer criticas a este mamarracho que se preparam para edificar e a todos os outros que infelizmente já estão implantados, publicamos a seguir cópias da Acta da Assembleia Municipal número cinco de 27 de Setembro de 2006, nas quais se podem ler intervenções de Deputados de diferentes quadrantes políticos, como são o Professor José Monteiro Vaz, o Doutor José Bordalo Matias, o Doutor Henrique Vilhena da Silva.

















Como é de boa prática, publicamos também as respostas do Senhor Presidente da Câmara às referidas intervenções.
















Claro que não concordamos também que se utilizem bombas ou qualquer tipo de explosivos como solução para estes casos, por muito ridiculos que ele sejam.



João Neves

01 agosto, 2009

MANIFESTO SOLIDÁRIO


Manifesto solidário a um “EGO” oprimido



Numa das minhas recentes idas a Almeida ao passar junto da sede de candidatura de António Batista Ribeiro, à Câmara Municipal do nosso concelho, sita na Praça Dr. José Casimiro Matias, deparei-me com o seu “slogan” de campanha impresso num cartaz, exposto bem alto, onde se podia ler:



“BATISTA ...se ele não cuidar de Almeida ...quem cuidará?”



Depois do choque inicial, pela dimensão da prosápia, surgiu do meu íntimo um chamamento de solidariedade para com o “EGO” do dito, pelo simples facto de, enquanto cidadão, ser um defensor de valores e princípios intrínsecos à sã convivência entre iguais e não poder deixar de manifestar, o repúdio pela opressão exercida sobre aquele “GRANDE EGO”, pese embora o opressor ser um homem bem constituído fisicamente, porque em valores éticos já não tenho tantas certezas, não só pelo que faz ao seu próprio “EGO”, como pelos comportamentos que lhe são imputados e alicerçados no que se vê, houve e lê a seu respeito.



Pobre “EGO” inflamado, que pelo tamanho que tem, deve sentir-se o mais agrilhoado da sua espécie e certamente com uma existência infeliz.
Como defensor, e também praticante, dos princípios e valores que devem nortear todos os cidadãos conscientes da sua responsabilidade cívica, no exercício da cidadania, dos quais destaco a solidariedade, não posso deixar de contribuir para que tamanho “EGO” possa ser libertado.



Assim, deste fórum, apelo a todos os almeidenses amantes da liberdade que, como eu, se sentem incomodados com a opressão exercida sobre esse agrilhoado “EGO”, lhe proporcionemos, com a nossa força e crença, a liberdade.



Com essa libertação, também Almeida se sentirá livre num futuro próximo.




Desejo para gerir os destinos da nossa terra alguém que, pelo seu carácter, saiba unir e respeitar todos os almeidenses, mesmo nas suas diferenças, e que seja uma referência reconhecida, alguém que não tenhamos dúvidas nos representará com a dignidade e a elevação que merecemos, alguém com um “EGO” equilibrado.





Cumprimentos



Américo Rocha


22 julho, 2009

QUESTÃO DE EDUCAÇÃO...II


Inauguração da Biblioteca Maria Natércia Ruivo.

Diz a Dra. Clarinda Moreira:

“…um outro motivo de perplexidade, esse lamentavelmente já não para mim, mas decerto para muitos dos presentes, foi porque razão o Presidente da edilidade, num momento solene de inauguração de uma consecução que a todos satisfazia e orgulhava, logo após as primeiras palavras de cumprimentos e boas-vindas, justificando com palavras de apreço e atribuição do nome MARIA NATÉRCIA RUIVO àquele espaço, subitamente desatou a gritar crispado contra o que apelidou de “profetas da desgraça”, que só teciam criticas e nada faziam por Almeida, disparando em todas as direcções, misturando alusões de obras feitas com anúncio de obras a concluir, esquecendo-se completamente que as pessoas ali eram convidadas e o orador o anfitrião que as deveria acolher…”

Excerto do artigo publicado no jornal Praça Alta de 14/07/2009.



Decididamente o nosso Presidente da Câmara está a ceder à pressão ou não está a saber lidar com ela.
Mais uma vez a indelicadeza, a falta de postura e de sensibilidade para o cargo que ocupa, traíram Baptista Ribeiro.

Baptista Ribeiro está com os nervos à flor da pele e desata a demonstrar falta de civilidade, a ter poses que não dignificam a instituição de Presidente da Câmara para a qual foi eleito por 90 votos de vantagem. Trata e transforma adversários em inimigos, apenas pelo simples facto de, apesar de vivermos em democracia e em liberdade, se discordar dele. Prefere induzir tentativas de retaliações a familiares de adversários em detrimento da confrontação directa, essa sim saudável e inteligente, pois enquanto simples adversários políticos, podem ser conquistados, mas quando tratados como inimigos dificilmente o conseguirão. Revela assim défice de aptidão para o confronto politico que se aproxima.

Seria bom para Baptista Ribeiro e para a sua novíssima aliança, esperemos que democrática, tivesse um período de meditação, umas férias talvez, e repensasse esta sua postura. Para mim e para a candidatura de Orlindo Vicente preferiríamos que continuasse com esta conduta.

Para terminar penso que também não ficaria mal se terminasse com tanto elogio, tantas loas, tanto louvor a roçar a bajulação ao seu Vice-Presidente José Alberto Morgado, pois este está a demonstrar melhor feição, outro jeito, outra postura e inteligência até para estas questões de eleições autárquicas. Para além de ser ridículo da sua parte, o seu Vereador José Alberto Morgado demonstra na prática que não necessita e até agradecerá.

João Neves

16 julho, 2009

QUESTÃO DE EDUCAÇÃO...

Muito se tem falado por aí ultimamente, na pessoa do João Neves.
De tudo o que se tem dito, muitas coisas são verdade, mas não deixam de dizer também algumas inverdades.
Acreditem sinceramente que não estou muito preocupado com a situação.

Entretanto para os mais críticos à minha pessoa, vou deixar aqui em palavras, o filme de hoje, no que diz respeito ao encontro que tive com o senhor Presidente da Câmara de Almeida, Prof. António Batista Ribeiro.

Logo pela manhã dirigi-me à Câmara Municipal, mais concretamente à tesouraria, para efectuar o pagamento do recibo da água de um amigo.
Após o serviço feito, saí.
Vejo então o senhor Presidente sair da viatura oficial e dirigir-se à escadaria.
Encontro frente a frente inevitável. Em fracções de segundos questionei-me qual seria a reacção do senhor, perante a minha pessoa, depois de ter dito a meu respeito, o que disse.
Como sou pessoa educada, não fugi à minha responsabilidade e num gesto de Homem ao passar lado a lado com ele, cumprimentei-o dando-lhe os bons dias ao mesmo tempo em que lhe estiquei a mão.
Houve da sua parte o mesmo gesto, mas com palavras que não esperava ouvir da sua boca.
Sem parar e sem abrandar o passo e sem me olhar, olhos nos olhos, balbuciou que não me deveria cumprimentar, mas....
Sinceramente a partir daqui não consegui ouvir nada mais do que o senhor Presidente me disse pois continuou a sua passada apressada. Ainda o chamei para falarmos e não me virar as costas numa atitude de pessoa mal-educada. Inconsequente.
Ainda bem que alguém presenciou a cena e testemunhou esta atitude.

Naturalmente que entre nós existem divergências significativas. E muitas.
Mas o facto de não partilharmos a mesma forma de estar na política, pelos actos, posturas, formas e ideias, não significa que tenhamos que ser “inimigos”.
Os homens educados sabem separar as águas. E aquilo que hoje pode ser uma divergência, amanhã pode tornar-se num factor de convergência.
Aliás o senhor Presidente devia saber isso, até porque nas últimas reuniões que tivemos ambos e mais alguns amigos, na sua terra, acabou por concordar com determinadas posições minhas e de demais pessoas, na discussão de um só assunto. Resumindo não fui eu que mudei de opinião, foi ele.

Por minha parte continuarei a ser educado e a respeitar a pessoa do Senhor Presidente da Câmara e o cidadão António Baptista Ribeiro sempre que com ele me cruzar. É esta a minha postura e foi esta a educação que recebi.
Enfim, talvez seja uma questão de chá!

Esta forma como o senhor Presidente Prof. António Batista Ribeiro se me dirigiu, não é novidade para mim. Esperava eu que com o passar do tempo, conseguisse amadurecer politicamente, para conseguir entender que a convivência com os homens, ainda que diferentes, somos todos iguais. Mas não, alguns por mais voltas que o Mundo dê jamais conseguirão compreender a verdade da razão.

Por hoje fico-me por aqui.
Mas prometo voltar dentro de dias. Pois para verificarem que não foi caso isolado, virei dentro de alguns dias publicar a carta que me foi dirigida pelo senhor Presidente da Câmara de Almeida, Prof. António Batista Ribeiro no mês de Novembro de 2007, tinha eu acabado de publicar neste blog o meu segundo artigo “Eça de Queiroz – Ano de 1867”. Quase que não deixou respirar o Almeida Fórum.
Poderão nessa altura tirar mais algumas conclusões no que diz respeito a posturas e formas de estar na política e vida em sociedade.
Até à próxima.


João Neves

04 julho, 2009

ORLINDO VICENTE e a FORÇA DE ACREDITAR


"...Esta recandidatura, que tem por base um plano de acção bem delineado, pretende pôr ponto final a um período de políticas erráticas que ao longo dos últimos anos têm impedido que sejamos um concelho dinâmico, coeso e competitivo. Nos últimos três anos e meio, as políticas de curto prazo e de navegação à vista, por um lado, não permitiram lançar as bases para um desenvolvimento sustentável do nosso território e, por outro, conduziram as finanças municipais para níveis preocupantes..."



"...É necessário governar os destinos do concelho de Almeida com as pessoas e para as pessoas, com isenção, frontalidade e transparência, pelo que estes serão pilares sólidos da próxima governação, caso, como esperamos, esta candidatura seja vitoriosa..."



"...Este aspecto é muito importante, porque, sentindo-se já ventos de mudança, alguns, em jeito de desespero, tentam fazer em meio ano aquilo que três e meio não lhes chegou..."



"...Não. Não foi por falta de meios financeiros. Foi, sim, pela ausência de um rumo, o que agravou o estado em que se encontra o nosso concelho..."


"...Onde está o Bairro Social, prometido vezes sem conta, para Almeida? Pese embora o acordo celebrado com o Governo, este projecto está no papel e, possivelmente, dentro de alguns dias, estará numa maqueta e num Outdoor, para, mais uma vez gerir expectativas..."


"...Onde está o Parque TIR de Vilar Formoso? Esta infra-estrutura, tão necessária ao desenvolvimento do nosso concelho, mais uma vez foi adiada, correndo-se o risco de a perdermos para outros..."


"...Quero, no entanto, congratular-me com a iniciativa do Ministro da Cultura e dos Negócios Estrangeiros que, ao apadrinharem uma candidatura conjunta de Estremoz, Marvão, Elvas, Valença e Almeida a Património da Humanidade, virá, com toda a certeza, quando for aprovada, ajudar a divulgar esta vila e, consequentemente, potenciar a dinamização económica, social e cultural do concelho de Almeida..."
"...Assim, entre outras políticas, é necessário implementar, após definição e aprovação de Planos de Ordenamento específicos, uma política de recuperação, reconstrução e revitalização dos núcleos urbanos, com especial acuidade do núcleo histórico de Almeida, nomeadamente através da isenção do Imposto Municipal Sobre Imóveis (IMI) durante 10 anos para os imóveis objecto de operações de reabilitação urbana, afectas maioritariamente a fins habitacionais, e isenção de IMT sobre as aquisições de prédio urbano ou de fracção autónoma de prédio urbano destinado exclusivamente a habitação própria e permanente, na primeira transmissão onerosa do prédio reabilitado. Com esta medida, e o “devolver” das pessoas ao centro histórico de Almeida, a candidatura de Almeida a Património da Humanidade sairá reforçada..."


"...A coesão social é outro factor a ter em conta no desenvolvimento de qualquer sociedade. Assim, também nesta área, é necessário actuar de forma concertada. Pôr em funcionamento uma política de verdadeiras parcerias entre as diversas Instituições Particulares de Solidariedade Social, bem como entre estas e a Câmara Municipal, a fim de implementar uma rede de equipamentos e respostas sociais, para partilhar recursos, tanto humanos como técnicos e físicos, ou seja, concretizar e aplicar uma verdadeira “Carta Social Municipal”. A criação destas sinergias, associada ao esforço notável das IPSS concelhias, seus dirigentes e dos apoios do Ministério do Trabalho e Solidariedade Social, no qual o meu Amigo Pedro Marques exerce as funções Secretário de Estado, irá permitir alcançar bons resultados. Assim sendo, meu caro amigo Pedro Marques, vou continuar a fazer-te umas visitas, como amigo e como Presidente da Câmara de Almeida..."


"...Com sentido de serviço e responsabilidade, iremos, convosco, contribuir para melhorar a vida no concelho de Almeida..."


"...Convosco e com Alma, temos a Força de Acreditar num Concelho com Rumo..."